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Pine Cliffs Resort, considerado um dos 100 melhores hotéis e resorts pelos Luxury Lifestyle Awards
Hotelaria

Conheça os projetos portugueses vencedores dos Luxury Lifestyle Awards

Os Luxury Lifestyle Awards distinguiram sete projetos hoteleiros e de restauração em Portugal, além de integrarem dois diretores hoteleiros – Victor Cópio, do Tróia Design Hotel, e Nick Roucos, do Bom Porto Hotels – na lista dos 100 melhores General Managers.

Pine Cliffs Resort, considerado um dos 100 melhores hotéis e resorts pelos Luxury Lifestyle Awards
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Conheça os projetos portugueses vencedores dos Luxury Lifestyle Awards

Os Luxury Lifestyle Awards distinguiram sete projetos hoteleiros e de restauração em Portugal, além de integrarem dois diretores hoteleiros – Victor Cópio, do Tróia Design Hotel, e Nick Roucos, do Bom Porto Hotels – na lista dos 100 melhores General Managers.

Os Luxury Lifestyle Awards distinguiram na edição referente a 2024 sete projetos hoteleiros e de restauração em Portugal, além de dois diretores-gerais de hotéis do país.

Na listagem dos 100 melhores Hotéis e Resorts, encontram-se os hotéis Pine Cliffs Resort e Almalusa Baixa-Chiado. Já na lista dos 100 melhores Hotéis e Resorts Sustentáveis, constam o Corinthia Lisbon e a Quinta do Martelo, na ilha Terceira, nos Açores.

Acrescem o restaurante Canalha, na categoria dos 100 melhores restaurantes, bem como os spas do W Algarve (Away Spa) e do Pine Cliffs Resort (Serenity Spa), na lista dos 100 melhores spas pelos Luxury Lifestyle Awards.

Na categoria de melhor General Manager, o destaque nacional recaiu em Victor Cópio, diretor-geral do Tróia Design Hotel, e Nick Roucos, diretor-geral dos Bom Porto Hotels.

Com mais de 20 anos de experiência no setor, Victor Cópio ocupou o cargo de General Manager e Resident Manager na Corinthia Hotels International e Owners Representative no Conrad Algarve, Hilton Vilamoura As Cascatas e Monte Santo Resort. Antes de assumir a direção do Tróia Design Hotel, em 2022, liderou os hotéis SANA Sesimbra e SANA Malhoa.

Já Nick Roucos soma no currículo experiências em grupos como o Millennium & Copthorne Hotels; o Alexandre de Almeida Hotels, onde assumiu a direção de operações; e no Inspira Hotel Management, onde exerceu o cargo de General Manager.

Os Luxury Lifestyle Awards, com 17 anos de história, distinguem os melhores bens e serviços de luxo a nível mundial. Já avaliaram mais de 5.000 produtos e serviços em 400 categorias, em mais de 100 países, ligando consumidores a experiências do setor.

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Legacy Ithos: Novo hotel do grupo Vila Baleira surge após investimento de 10M€

Dedicado a um conceito de turismo de saúde e bem-estar, a nova unidade do Vila Baleira Hotels & Resorts, o Legacy Ithos, surge da reconstrução do antigo centro de talassoterapia do grupo no Porto Santo. Espera-se que o novo hotel abra portas em meados de julho.

Carla Nunes

O grupo Vila Baleira vai contar com um novo hotel no Porto Santo, o Legacy Ithos, fruto de uma remodelação de cerca de 90% do edifício onde funcionava o Baleira Talasso & Spa.

Após um investimento de cerca de 10 milhões de euros, o Legacy Ithos abrirá portas em meados de julho deste ano como um boutique hotel de luxo com 28 unidades de alojamento. Acresce um segmento de saúde e bem-estar, dedicado à talassoterapia, para o qual foi criado não só novas áreas como uma nova marca, o Ora.

“Achamos que Porto Santo consegue responder muito bem a um novo mundo de turismo de saúde e bem-estar muito associado a uma vertente de luxo. Estamos a ir para um patamar que não existe neste momento em Porto Santo”, afirma Gonçalo Teixeira, administrador do grupo Ferpinta, que detém o grupo Vila Baleira Hotels & Resorts.

Para este hotel, o grupo prevê a contratação de 42 trabalhadores, entre as vertentes de hotel e bem-estar.

Esta nova unidade é acompanhada por um rebranding do grupo Vila Baleira Hotels & Resorts, que dedica uma nova imagem ao “maior luxo da atualidade”, o tempo.

Resultados de 2024

Com os resultados do Vila Baleira Hotels & Resorts a “ficaram um pouco aquém das perspetivas em termos de orçamento”, dada a “ambição” do grupo no estabelecimento de métricas e orçamentos, Gonçalo Teixeira afirma que houve uma evolução “positiva” face a 2023, com as receitas a aumentar 12% em 2024 face ao ano anterior.

A ocupação média dos hotéis situou-se entre os 70% e os 75%, Gonçalo Teixeira refere que o destino “continua a ser muito sazonal”. Como explica, “estamos a batalhar todos os dias para esbater a sazonalidade, neste momento não tanto em termos de ocupação, mas em termos de preço, [porque] ainda continua a haver uma quebra gigante em termos de resultados”.

Sobre a aplicação de uma taxa turística de dois euros no Porto Santo durante todo o ano, Gonçalo Teixeira afirma que, se por um lado, o grupo entende que “possa fazer sentido”, estando disponíveis para participar na discussão da sua aplicabilidade na época alta, alerta para a sua aplicabilidade no período de Inverno.

“Percebemos que possa fazer sentido, e teremos obviamente de participar nessa discussão da taxa turística no período de época alta. Porto Santo é uma ilha com muitas dificuldades, muito sazonal, com uma performance negativa nos meses de época baixa. Não nos faz sentido uma taxa turística implementada no inverno, quando os players privados trabalham todos os dias com um desgaste tremendo para podermos trazer clientes para a ilha. Vamos estar a carregar mais negativamente na operação, o que causa grandes entropias no que são as nossas projeções”, termina.

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Immerso conta com novos membros de direção

Gonçalo Menezes e Samantha Martins, profissionais que já se encontravam ligados ao hotel Immerso desde a sua abertura, passam a assumir os cargos de direção e subdireção da unidade hoteleira, respetivamente.

O Immerso, primeiro hotel de cinco estrelas da Ericeira, reforçou a sua direção com novos membros. Desta forma, Gonçalo Menezes passa a assumir o cargo de diretor do hotel, enquanto Samantha Martins desempenha o cargo de subdiretora.

Ambos os profissionais estão ligados ao projeto hoteleiro desde a abertura. Gonçalo Menezes é uma das figuras por trás do conceito e da edificação do Immerso, a par de Pedro Lopes, acionista na Inspire Capital. Já Samantha Martins desempenhou o cargo de diretora de vendas aquando da abertura do hotel, uma função que acumula agora com a subdireção da unidade.

Também Francisco Martinho, antigo sommelier e subchefe de sala, passa agora a responsável de Food and Beverage (F&B), “garantindo maior fluidez no calendário gastronómico” do restaurante da unidade, o Emme, como referido em comunicado. Nesse sentido, estão já em vista jantares a quatro mãos com cozinheiros convidados, show cookings à volta do fogo, noites temáticas e outros eventos gastronómicos.

“A nova direção promete manter-se fiel à premissa inicial do Immerso: trazer ao dia a dia e à experiência do projeto a componente natural, orgânica e descontraída que está na sua origem, e proporcionar um serviço de luxo, mas sempre próximo e descontraído”, como refere o hotel em nota de imprensa.

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PortoBay prepara abertura de nova unidade no Algarve após receitas de 129M€ em 2024

Com uma faturação de 129 milhões de euros nas suas 17 unidades em 2024 – um aumento de 11% face ao ano anterior – o PortoBay traça planos para o seu segundo hotel no Algarve, que deverá abrir portas em julho deste ano. Na Madeira, mais concretamente no Funchal, já começaram as obras para o futuro PortoBay Old Town.

Carla Nunes

Em 2024, o grupo PortoBay conseguiu faturar 129 milhões de euros, um aumento de 11% face ao ano anterior. Destes, 117 milhões de euros corresponderam à faturação das 14 unidades em Portugal (mais 12%) e 12 milhões de euros aos três hotéis que o grupo detém no Brasil (mais 11%).
Com uma subida de 6% face a 2023 no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), o grupo hoteleiro apurou cerca de 26 milhões de euros em resultados líquidos no ano passado.

Os dados foram indicados esta quarta-feira, 12 de março, por António Trindade, CEO do PortoBay, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market. Sobre os mesmos, o CEO referiu que “o nosso maior concorrente é o PortoBay do ano anterior”, antecipando, já para o próximo ano um crescimento de até 5%.

Contudo, refere que “com uma capacidade aérea “esgotada”, no caso de Lisboa, “é difícil fazer previsões”.

Nesse sentido, indica que “tem de haver um esforço de a oferta se adaptar aos constrangimentos da procura”.

“Tem de haver um esforço de a oferta se adaptar aos constrangimentos da procura. Quando tenho um aeroporto totalmente esgotado, até ele conseguir recuperar o aumento de procura, tenho de fazer toda a campanha para aumentar a minha estadia média”, refere, indicando que, na perspetiva da operação “sete clientes a usufruírem uma noite vale tanto como um cliente a usufruir de sete noites”.

No seu entender, este desafio deve ser lançado não só aos hoteleiros, “mas também quer em termos governamentais, quer em termos autárquicos”, por forma a atrair turistas durante mais tempo no destino.

Novas unidades

Agora, o grupo prepara-se para abrir a sua segunda unidade hoteleira no Algarve, o PortoBay Blue Ocean, em “meados de julho”, no edifício do antigo TUI Blue Falésia. Com 350 quartos, este hotel ficará ligado através do jardim ao PortoBay Falésia, de 310 quartos, “abrindo todas as facilidades aos clientes dos dois hotéis”, como refere António Trindade.

Se o PortoBay Falésia estará “mais ligado à vertente desportiva” – razão pela qual o grupo vai abrir, ainda em março, um novo centro desportivo neste hotel – o PortoBay Blue Ocean estará mais associado à vertente lifestyle.

Recorde-se que, através de um acordo de joint venture entre o PortoBay com o grupo Humbria, a propriedade imobiliária do PortoBay Falésia e do atual PortoBay Blue Ocean passou a ser detida em partes iguais pelos dois grupos, como anunciado na BTL do ano passado. À data, foi referido que estava em causa um investimento superior a 150 milhões de euros, que incluía a requalificação dos hotéis.

Na Madeira, António Trindade assegura que já começaram as obras no futuro PortoBay Old Town, no Funchal, um boutique hotel de cinco estrelas que deverá abrir portas em 2027.

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Bensaude Hotels investe 12,5M€ na remodelação de cinco hotéis

No ano em que celebra 90 anos de atividade, a Bensaude Hotels aposta num rebranding com uma nova imagem de marca, a par de um pacote de renovações em cinco hotéis do portefólio. O balanço de 2024, mas também a possibilidade de novas aberturas, foram alguns dos pontos abordados pelo administrador-executivo da Bensaude Turismo durante a BTL– Better Tourism Lisbon Travel Market

Carla Nunes

No ano em que celebra 90 anos de atividade, a Bensaude Hotels aposta num rebranding com uma nova identidade visual, mas também em remodelações.

Este ano, o grupo hoteleiro tem em vista um investimento de 12,5 milhões para remodelar cinco unidades do seu portefólio, nomeadamente o Terra Nostra Garden Hotel; Grand Hotel Açores Atlântico; Terceira Mar Hotel; Hotel do Canal e São Miguel Park Hotel.

No Terra Nostra Garden Hotel, a renovação visa a Casa de Chá, enquanto no Grand Hotel Açores Atlântico será remodelada toda a área de wellness. Já no Terceira Mar Hotel, a intervenção visa a piscina interior e bar exterior.

No caso do Hotel do Canal e do São Miguel Park Hotel, será realizada uma remodelação total de ambos os hotéis.

O valor foi indicado à Publituris Hotelaria por Jorge Aguiar, administrador-executivo da Bensaude Turismo, na BTL– Better Tourism Lisbon Travel Market, onde o grupo apresentou a sua nova identidade visual inspirada nas rotas marítimas que unem os Açores a Portugal Continental, à Europa e ao Continente Americano.

Este rebranding constituiu “o maior investimento feito até hoje” pelo grupo neste segmento, de acordo com Nuno Pavão Borges, diretor de comunicação e marketing do grupo Bensaude.

“Precisávamos que a marca fosse mais conhecida. E são 90 anos. Somos das cadeias mais antigas a nível nacional, e a verdade é que isso não é muito percecionado a nível nacional”, refere Nuno Pavão Borges.

2024 com melhorias “em todos os indicadores”

Do balanço da atividade em 2024, Jorge Aguiar refere que o grupo “melhorou em todos os indicadores”, com resultados acima de 2023.

No ano passado, o preço médio registou melhorias, com subidas entre os 10% e os 15%.

“Não só nos Açores, mas em Portugal inteiro, os nossos preços antigamente estavam muito depreciados. Merecíamos mais, com o que disponibilizamos a quem nos visita”, defende o administrador-executivo da Bensaude Turismo.

Já nas taxas de ocupação, o aumento foi entre os 2% e os 3%. Não sendo “proporcional” ao aumento do preço médio, Jorge Aguiar aponta para a necessidade de não degradar o nível de serviço com ocupação excessiva. Com a “shoulder season” a “melhorar”, o administrador indica que os hotéis do grupo registaram ocupações entre os 70% e os 75% em outubro, “fruto de congressos e reuniões”.

O ano de 2024 trouxe uma “intensificação do mercado norte-americano” para os hotéis da Bensaude Hotels, com este a tornar-se no principal mercado. Seguiram-se os mercados nacional, alemão e francês.

Apesar do crescimento, Jorge Aguiar vê o ano de 2025 como um período de “consolidação”.

“Não acreditamos em crescimentos até infinito. Estamos com algum receio pelo mercado norte-americano, que é um dos nossos principais mercados. As medidas políticas que estão a ser tomadas vão ter impacto real na vida das pessoas e a nossa expectativa é que pelo menos mantenham os fluxos atuais”, admite.

Possibilidades de expansão

Com mais duas unidades hoteleiras a integrar o portefólio da Bensaude em sistema de arrendamento desde o ano passado – nomeadamente o Hotel do Caracol e o Caloura Hotel – o grupo admite “olhar para outras oportunidades que possam surgir nos Açores, mas nunca em produtos de volume”, como refere Jorge Aguiar.

“Não vamos fazer hotéis de 150 quartos. O caminho para os Açores, na nossa opinião, sobretudo em São Miguel, não é esse, mas produtos de valor acrescentado, que resultem de reabilitação urbana e que qualifiquem o destino”.

Já a nível nacional, o administrador afirma estarem “ativamente atentos” a oportunidades a nível nacional, olhando com preocupação para o número de aberturas hoteleiras na capital.

“Preocupa-nos o que se está a passar em Lisboa. A oferta está a crescer, de grande qualidade. Mas se alguém acha que vai correr bem aumentar a oferta desta forma e não aumentar a concetividade e a porta de entrada, alguma coisa neste raciocínio vai falhar”.

Por esse motivo, um segundo hotel em Lisboa, “só se for uma boa oportunidade”. Contudo, o administrador acredita que “vai ser difícil”.

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Formação

Castelo Branco negoceia “parceria internacional” para dinamizar novo Centro de Estudos Gastronómicos

O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, revelou à Publituris Hotelaria que a autarquia procura uma parceria internacional que ajude à “dinamização e operação” do novo centro, avançando que há já negociações com um instituto internacional de formação e investigação gastronómica.

Inês de Matos

O Centro de Estudos Gastronómicos que a Câmara Municipal de Castelo Branco está a construir deverá contar com uma “parceria internacional” para dinamizar e operar a infraestrutura, que deverá estar pronta antes do prazo de execução, previsto para 2027, avançou à Publituris Hotelaria Leopoldo Rodrigues, autarca de Castelo Branco, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, o novo Centro de Estudos Gastronómicos visa a “formação de profissionais da área da cozinha, mas também do serviço de mesa e bar”, além de “um trabalho de investigação associada à gastronomia, com a incorporação de produtos locais”.

“Pensando na importância da gastronomia para as dinâmicas turísticas, desde o início do mandato que estamos a construir um projeto que reputamos de muita importância, uma Escola de Chefs ou Centro de Estudos Gastronómicos. Foi um projeto que iniciámos em 2022, neste momento já estamos em obra”, explicou Leopoldo Rodrigues.

O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco revelou que a autarquia está já a trabalhar no sentido de estabelecer uma parceria internacional que ajude à “dinamização e operação” do novo centro, avançando apenas que já há negociações com um instituto internacional de formação e investigação gastronómica.

O novo espaço fica localizado no centro da cidade de Castelo Branco, concretamente na Rua de Santa Maria, e tem 2027 como prazo de execução, ainda que o autarca acredite que seja possível antecipar a abertura da infraestrutura.

“O prazo de execução prevê que esteja concluído em 2027, mas ainda recentemente falei com o empreiteiro que me disse que é provável que se consiga antecipar”, acrescentou Leopoldo Rodrigues, considerando que “a gastronomia local tem condições para ser uma grande marca do concelho de Castelo Branco”.

Presença templária dá origem a novo centro de interpretação

Além do novo Centro de Estudo Gastronómicos, a autarquia de Castelo Branco está também a recuperar e adaptar a Igreja de Santa Maria do Castelo, localizada dentro do castelo, para receber um novo centro de interpretação dedicado à presença templária na cidade.

“Castelo Branco é uma terra templária, o castelo é templário e para valorizar ainda mais essa memória, estamos com outra obra em curso que é o Centro de Interpretação Templário, que fica localizado numa alcáçova do castelo, na Igreja de Santa Maria do Castelo”, revelou ainda Leopoldo Rodrigues.

De acordo com o autarca, o novo espaço “será muito focado no digital – com hologramas e apresentações – mas também com a presença física de elementos que foram recolhidos”.

A abertura do Centro de Interpretação Templário está prevista para junho ou julho deste ano.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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Alojamento

AP Hotels & Resorts fatura 64 milhões de euros em 2024

Após faturar 64 milhões de euros com as nove unidades hoteleiras do seu portefólio, o grupo AP Hotels & Resorts encontra-se a alargar a capacidade do AP Lago Montargil Conference & Spa, que passará a contar com mais 19 quartos. Na capital, o futuro hotel do grupo na Praça da Figueira, no edifício da Confeitaria Nacional, deverá abrir portas em 2026.

Carla Nunes

O grupo AP Hotels & Resorts faturou cerca de 64 milhões de euros nas suas nove unidades em 2024. O valor foi adiantado por Emanuel Freitas, General Manager do grupo, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market.

De acordo com o General Manager, o crescimento foi assente no valor de tarifa média diária (ADR), com o hotel AP Adriana a manter-se como a unidade com melhor desempenho do grupo.

“Se anteriormente o hotel fechava no início de novembro e reabria muito próximo da Páscoa, este ano abriu a 30 de janeiro”, refere Emanuel Freitas.

Nos hotéis do Algarve, a procura é dominada pelo mercado inglês, tendo-se verificado um crescimento do público holandês em 2024, a par do norte-americano. Já no AP Dona Aninhas, a única unidade do grupo a norte, em Viana do Castelo, os Caminhos de Santiago têm trazido diversos públicos ao hotel, da Austrália à China, passando pelos Estados Unidos da América.

Por outro lado, no AP Sines, unidade que surgiu da reconversão do antigo Sinerama Hotel e que o grupo tem em operação há cerca de um ano e meio, tem predominado o mercado corporativo. O aparthotel de três estrelas adquirido à Teixeira Duarte pelo AP Hotels & Resorts encontra-se agora na reta final de remodelações, com a finalização de uma piscina exterior e outra de interior.

O General Manager do grupo faz ainda notar que o grupo tem assistido a um crescimento do cliente direto, que atualmente representa 25% do total de reservas e receitas – um ponto que o profissional associa à “consolidação do produto e fidelização do cliente”.

Novas remodelações em 2025

Do conjunto de remodelações para este ano, o grupo tem em vista a construção de mais 19 quartos no AP Lago Montargil Conference & Spa, que deverão estar terminados “em meados de maio, para ter as unidades disponíveis para venda no verão”. A este junta-se o AP Eva Senses, em Faro, que contará com uma nova área de spa até junho, estando também previsto o crescimento do número de quartos do hotel.

Já o futuro hotel do grupo em Lisboa, situado no mesmo edifício da Confeitaria Nacional, na Praça da Figueira, passa a contar com uma nova data de abertura: 2026.

“As licenças estão agora em bom caminho. Estamos na fase de concurso com os empreiteiros das várias especialidades e pensamos que vamos arrancar a obra em breve. Houve alguns atrasos por causa das especificidades de ser um edifício pombalino, e de ter de manter algumas características do próprio edifício”, explica o General Manager do AP Hotels & Resorts.

Com previsões de crescimento em 2025 “muito elevadas” face aos resultados de 2024, Emanuel Freitas afirma que o grupo mantém-se atento a novas oportunidades de crescimento do portefólio.

“O nosso objetivo neste momento passará por Porto e Lisboa, o que não significa que se surgirem oportunidades no Algarve [não possamos considerar]. Temos algumas situações em análise: poderá passar por construção de raiz ou de aquisição, remodelação e, depois, operação”, termina.

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Celina Dhanani, Chief Executive Officer do DH Hotels, grupo que trabalha em parceria com a City Hotels | Créditos: Just Frame It
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DH Hotels reabre portas do Hotel Residencial Infante Santo

Localizado na Avenida Infante Santo, em Lisboa, o hotel datado de 1957, desenhado pelo arquiteto Abel Pessoa, ganha uma nova vida pela mão do grupo DH Hotels, que após obras de remodelação pretende abrir as portas da unidade em agosto deste ano.

Carla Nunes

O grupo DH Hotels, que conta com um hotel em Lisboa, vai crescer a sua operação na capital com a abertura de uma nova unidade no antigo Hotel Residencial Infante Santo.

Após obras de remodelação, é esperado que o hotel abra portas em agosto deste ano como um quatro estrelas superior com 40 quartos, salas de reuniões, ginásio e um rooftop com vista para o rio.

A informação foi adiantada à Publituris Hotelaria por Celina Dhanani, Chief Executive Officer do DH Hotels, durante a BTL. De acordo com a profissional, o projeto surge de um investimento de cerca de 20 milhões de euros, distribuídos entre a aquisição do edifício ao INATEL e a respetiva remodelação.

“A arquitetura vai ser mantida. Vamos tentar aproveitar tudo o que existia em termos de linhas de orientação, de design dos anos 50. Queremos manter a identidade do edifício, com algum modernismo”, explica a Chief Executive Officer, que indica que o projeto de arquitetura ficará a cargo da Arquipeople.  Já a decoração do hotel será dedicada ao mar, dada a “proximidade ao Rio Tejo”.

O hotel estará “vocacionado para turismo MICE e de saúde”, de acordo com Celina Dhanani, dada a proximidade ao hotel de “infraestruturas ligadas à saúde”.

Com a abertura desta nova unidade na Avenida Infante Santo, o DH Hotels espera não só alargar o portefólio, como também desenvolver “outra área de hospitalidade”, com o arrendamento de escritórios.

“Queremos criar sinergias entre os nossos hotéis com esses espaços, para que os clientes que estejam em situação de turismo de negócios e reuniões, caso não queiram ficar na unidade, tenham um espaço exterior para fazerem as suas reuniões”, explica Celina Dhanani.

Com o Lisbon Arsenal Suites a receber mercado americano, italiano, francês e do sul da Europa, a expectativa de Celina Dhanani é a de que esta nova unidade atraia também o mercado asiático.

O DH Hotels, que já conta com um hotel na capital, o Lisbon Arsenal Suites, é parceiro do City Hotels, grupo hoteleiro com quatro unidades em Lisboa: o Lisbon City Hotel; o Lisbon City Apartments & Suites; o Lisbon City Hollywood Hotel e o Lisbon City Inn Hotel.

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Hotel Mundial vai contar com 500M2 de área de MICE e novo restaurante

O Hotel Mundial está a ser sujeito a um processo de requalificação que arrancou há cerca de dois anos e que vai motivar um investimento total de 20 milhões de euros, que já inclui também a nova área de MICE da unidade.

Inês de Matos

O Hotel Mundial apresentou esta terça-feira, 11 de março, a primeira fase de requalificação que transformou toda a zona de receção e bar da unidade hoteleira de quatro estrelas, que vai agora passar por novas intervenções que a vão dotar de uma área de MICE com 500 metros quadrados e um novo restaurante, segundo Miguel Andrade, diretor-geral de Operações da PHC Hotels.

“Vamos ter cerca de 500 metros quadrados de área de MICE, com oito salas de reuniões e tecnologia de ponta. Vamos poder fazer, em simultâneo, reuniões para 300 pessoas”, explicou o responsável, durante a apresentação à imprensa da primeira fase de requalificação do Hotel Mundial.

A nova área de MICE do Hotel Mundial vai ficar localizada no primeiro piso da unidade hoteleira, com Miguel Andrade a explicar que, a nível estratégico, “é importante” que a unidade tenha “um mix que não seja só focado no lazer”, até porque a estada média e o gasto de um hóspede de MICE é superior ao de lazer.

Por outro lado, acrescentou o responsável, “Lisboa é cada vez mais uma cidade procurada para incentivos”, um dos segmentos do MICE que, em conjunto com as reuniões corporativas, o Hotel Mundial pretende atrair.

“Vamos também entrar no MICE porque é um segmento que faz sentido para nós em Lisboa”, referiu, explicando que estas intervenções vão arrancar em maio deste ano, devendo estar concluídas em novembro.

Além das salas de reuniões, o primeiro piso do Hotel Mundial vai também passar a contar com um novo restaurante, denominado 28, que vai contar com uma zona exterior e que vai servir de sala de pequenos-almoços, ao mesmo tempo que vai dar apoio aos eventos que esta zona vai passar a receber.

“É um hub de eventos que vai estar a funcionar a partir de novembro de 2025”, resumiu o responsável, revelando que, além das áreas de MICE, o piso 1 do Hotel Mundial vai também passar a contar com um fitness center.

Investimento de 20M€ para requalificar todo o hotel

A área de MICE será a segunda zona do Hotel Mundial a passar por obras de requalificação, depois do piso 0, onde se encontra a receção e o bar da unidade hoteleira, que foi recentemente intervencionada ao longo de oito meses, tendo reaberto em dezembro.

“É um investimento de cerca de 20 milhões de euros para a requalificação do Hotel Mundial, num projeto que começou há dois anos, com um concurso de ideias em que foi escolhido um gabinete de arquitetura”, explicou Miguel Andrade, revelando que a escolha recaiu no gabinete de arquitetura Broadway Malyan, que tem “um historial muito grande em requalificações”.

O diretor-geral de operações da PHC Hotels explicou que as intervenções no piso 0 do Hotel Mundial pretendiam dar mais “espaço, conforto e luz” a esta zona da unidade, numa mudança que está a agradar aos hóspedes.

“Estamos muito satisfeitos com esta dimensão que o bar vai ter. O cliente tem logo a visão de onde pode tomar uma bebida. Foi uma área que melhorámos e estamos a ter um ótimo feedback dos clientes”, revelou, indicando que o bar passou também a servir refeições quentes, num conceito que remete para a portugalidade do espaço e que vai ter também propostas gastronómicas que remetem para os Descobrimentos.

Já a receção do Hotel Mundial, além de estar mais moderna, passou a ter uma organização diferente, contando com balcões de atendimento para clientes individuais e para grupos.

Já o lobby vai passar a contar com mais espaço, já que o Hotel Mundial integrou uma loja de rua que existia nas suas arcadas, o que permite disponibilizar uma nova área, que vai ser também ideal para quem quer trabalhar ligado à internet.

Para mais tarde ficam as intervenções nos quartos do Hotel Mundial, com Miguel Andrade a revelar que essas devem acontecer apenas em 2026 e 2027, dotando a unidade hoteleira de um total de 315 quartos, incluindo 31 suítes e cerca de 30 quartos comunicantes.

Em 2028, será a vez do Restaurante Varanda de Lisboa, assim como do Rooftop da unidade serem requalificados, sendo que o valor destas intervenções não está incluídos nos 20 milhões de euros de investimento anunciado.

“Com isto, no final de 2027, o objetivo é termos um hotel requalificado, com um posicionamento muito diferente do atual, continuamos a ser um hotel de quatro estrelas mas vamos trabalhar para o mercado de lifestyle e de qualidade premium”, acrescentou.

Miguel Andrade revelou ainda que, em breve, a unidade vai também passar a contar com uma marca internacional, que deverá ser anunciada até ao final da semana.

“Ainda não posso partilhar o que vamos fazer do ponto de vista de marcas, mas temos uma negociação muito avançada e estamos a falar com essa marca em todo o processo de requalificação. Ou seja, todos os standards que estão a ver aqui, toda a proposta de valor que já é visível, já está alinhada com a marca”, indicou ainda.

 

 

 

 

 

 

 

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2024 foi “ano muito positivo” para a PHC Hotels com aumento de 60% nas receitas totais

Segundo Miguel Andrade, diretor- geral de Operações da PHC Hotels, as receitas totais cresceram cerca de 60%, o que se deveu ao bom desempenho das unidades do grupo mas, essencialmente, à introdução do Convent Square Hotel no seu portfólio.

Inês de Matos

A PHC Hotels faz um balanço positivo do ano passado, com Miguel Andrade, diretor- geral de Operações do grupo de hotelaria lisboeta, a revelar que as receitas totais cresceram cerca de 60%, o que se deveu ao bom desempenho das unidades do grupo mas, essencialmente, à introdução do Convent Square Hotel no seu portfólio.

“2024 foi um ano muito positivo, conseguimos, muito pela introdução do Convent Square no nosso portfólio e de termos o primeiro ano de faturação do Convent Square, aumentar as receitas totais do grupo em cerca de 60%”, explicou o responsável esta terça-feira, 11 de março, durante a apresentação à imprensa da primeira fase de requalificação do Hotel Mundial.

Miguel Andrade explicou que também o GOP – Gross Operating Profit assistiu a um aumento de 30% no ano passado, muito por culpa da elevada ocupação e preço médio que as quatro unidades da PHC Hotels apresentaram.

Segundo o responsável, o Hotel Mundial encerrou 2024 com uma ocupação de 83% de ocupação e um preço médio de 146 euros, enquanto o Portugal Boutique Hotel registou 88% de ocupação e um preço médio de 172 euros. Já o My Suite Lisbon encerrou o ano passado com 75% de ocupação e 152 euros de preço médio, com o Convent Square Hotel a apresentar ainda uma ocupação de 80% e um preço médio de 248 euros.

“Portanto, foi um ano muito positivo e estamos muito satisfeitos porque o esforço que fizemos e a aposta na qualidade do serviço, tem trazido valor e incremento de preços, com clientes satisfeitos que regressam”, congratulou-se Miguel Andrade.

Os resultados de 2024 dão também confiança quanto a 2025, com o diretor-geral de Operações da PHC Hotels a indicar que o grupo espera “crescer em preço em todas as unidades”.

“Vamos crescer em preço em todas as unidades mas vamos ficar em linha com as receitas totais porque o facto de entrarmos em obras no Hotel Mundial vai tirar-nos inventário e vamos diminuir as receitas no Hotel Mundial”, explicou, prevendo crescimentos de cerca de 11% no Convent Square e cerca de 5% no Portugal Boutique Hotel e no My Suite Lisbon.

Segundo o responsável, a expetativa é que exista um ligeiro decréscimo no “volume de vendas” no Hotel Mundial devido às intervenções previstas, que vão levar ao encerramento de vários quartos na unidade.

Oportunidades de negócio em Lisboa continuam na mira da PHC Hotels

Os bons resultados tão também força à PHC Hotels para continuar a sua missão de ser tornar num “player importante em Lisboa”, com Miguel Andrade a revelar que, por isso, o grupo continua à procura de novas oportunidades de negócio, sempre em Lisboa.

“Estamos a ver muito atentamente e em Lisboa. Somos naturais de Lisboa e queremos ser um player importante em Lisboa. Já o somos e com a aposta que estamos a fazer na qualidade mas vamos ser ainda mais”, indicou o responsável.

Miguel Andrade lembrou que, atualmente, a PHC Hotels já conta com 530 quartos na capital portuguesa, o que mostra que o grupo já é “um player com dimensão” na hotelaria lisboeta.

 

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Restaurantes

Guia Michelin: “Queremos contribuir para posicionar Portugal no mapa da culinária mundial”

A evolução do panorama gastronómico em Portugal, mas também a apresentação das Chaves Michelin pelo Guia em abril de 2024 guiaram esta conversa com Nuno Ferreira, representante do Guia Michelin em Portugal.

Carla Nunes

Este ano, a segunda edição da Gala Michelin Portugal decorreu a 25 de fevereiro no Centro de Congressos da Alfândega do Porto. A “riqueza turística, cultural e gastronómica da região Porto e Norte”, com capacidade para “atrair tanto gourmets como viajantes em busca de cultura e autenticidade”, motivaram a escolha para esta segunda gala, de acordo com Nuno Ferreira.

De 2000 para 2025, o número de Estrelas atribuídas em Portugal evoluiu de forma “excecional”, segundo o representante, fruto de “uma cozinha defendida mais do que nunca por jovens chefs interessados em reinventar os seus pratos mais clássicos, fundindo a tradição com a inovação”. Contudo, o país ainda não conseguiu captar a terceira Estrela, pondo-se a pergunta se este será o ano para a sua atribuição.

A Gala Michelin passou a ser diferenciada entre Portugal e Espanha em 2024. O que motivou esta decisão? E em que se traduz esta separação de galas na atuação do Guia Michelin em Portugal?

Os nossos inspetores têm vindo a acompanhar a evolução da realidade gastronómica há anos e a decisão que tomamos de apresentar a seleção do Guia Michelin exclusiva de Portugal é porque acreditamos no potencial e desenvolvimento do atual cenário gastronómico português. Queremos contribuir para posicionar Portugal no mapa da culinária mundial, com um espaço de tempo e um evento dedicados, com o foco na identidade culinária portuguesa. O interesse pela cozinha portuguesa e pelo próprio país é visível na grande afluência de turistas a cidades de grande atração e interesse como Lisboa e Porto, que servem de base a estes restaurantes gastronómicos, mas que se alastra a todo o país, abrindo fronteiras e procurando a excelência para estarem ao nível. Com a organização de um evento próprio de Portugal, com a revelação da seleção de restaurantes e a subsequente criação de conteúdos editoriais e comunicação, o Guia contribui para a promoção de Portugal como um destino gastronómico europeu imperdível.

Este ano, a Gala do Guia Michelin Portugal 2025 tem lugar no Porto. O que vos levou a escolher esta região, e particularmente esta cidade, para a realização do evento?

A escolha do Porto como cenário no qual se dará a conhecer a nova seleção de restaurantes do Guia Michelin Portugal confirma a riqueza turística, cultural e gastronómica da região Porto e Norte, um destino capaz de atrair tanto gourmets como viajantes em busca de cultura e autenticidade. Esta região tem uma tradição gastronómica que se destaca pela diversidade e qualidade dos seus produtos, bem como pela criatividade dos chefs. O Porto e Norte de Portugal é conhecido pelo caráter genuíno das suas gentes e pela tradição de bem receber. Entre os seus atributos está uma gastronomia rica e dinâmica, acompanhada pelos excelentes vinhos da região. A gastronomia e os seus intérpretes aproveitam de forma excecional os recursos naturais da região, desde os produtos oriundos dos férteis campos da região, à frescura e qualidade do peixe. É uma região de raças autóctones, de produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP), uma região comprometida com projetos de desenvolvimento da área gastronómica e que viveu também na última Michelin Guide Ceremony um grande momento com 12 novas entradas no Guia MICHELIN, uma delas de um restaurante com duas estrelas.

Muitos chefs em Portugal acreditam que a atribuição de uma terceira estrela em Portugal “é apenas uma questão de tempo”. Confirma esta perspectiva?

Houve uma clara evolução positiva na última década, com uma geração de chefs com excelente formação e ambição de melhorar. Chefs que estão a fazer coisas interessantes, oferecendo uma cozinha portuguesa moderna, baseada nos sabores tradicionais e procurando surpreender com novas apresentações e texturas.

Uma evolução “excecional”

Como descreveria a evolução do panorama gastronómico em Portugal? O que mudou nos últimos 20 anos?

A evolução a que temos assistido em Portugal nos últimos anos tem sido excecional. Uma cozinha defendida mais do que nunca por jovens chefs interessados em reinventar os seus pratos mais clássicos, fundindo a tradição com a inovação. Preparações e apresentações mais delicadas sem renunciar aos produtos e ingredientes locais. Adaptação aos gostos atuais. Atualmente, a preocupação com os ingredientes locais é uma prioridade, revalorizando a cozinha tradicional com técnicas modernas. Portugal tem uma projeção internacional, em termos gastronómicos, que nunca teve antes. Há uns anos o interesse gastronómico centrava-se quase exclusivamente em zonas turísticas como o Algarve, mas hoje a oferta gastronómica está espalhada por todo o país, principalmente em cidades como Lisboa e Porto, que recebem um grande volume de turistas interessados na sua gastronomia e também na sua cultura. Estas cidades estão atualmente em plena expansão de diferentes ofertas, aberturas, formatos, cozinhas de fusão e diferentes influências internacionais. Portugal abriu-se definitivamente ao mundo em termos de gastronomia.

A Estrela Verde foi apresentada em 2020 e introduzida no guia em 2021, centrada na sustentabilidade da operação nos restaurantes. Como diria que tem evoluído este segmento no mundo gastronómico?

Esta distinção permite-nos distinguir os restaurantes que se destacam pelo seu compromisso com a sustentabilidade, a inovação e o compromisso com o meio ambiente e é atribuída aos restaurantes que têm um compromisso e práticas sustentáveis em termos de utilização de produtos locais e sazonais, utilização de energias renováveis, gestão de resíduos, cuidado com a biodiversidade.
A Estrela Verde MICHELIN é, portanto, um instrumento prático para guiar os nossos leitores, bem como qualquer gourmet entusiasta, para os restaurantes que colocam a sustentabilidade no centro da sua oferta e do seu funcionamento. Estas práticas estão a tornar-se cada vez mais importantes para o comensal.

Chaves Michelin

Em abril de 2024 apresentaram uma nova distinção, as Chave Michelin. Que diferença representa esta distinção em relação ao que faziam anteriormente, com a inclusão de hotéis da Europa e Ásia nos guias?

A seleção de hotéis, já existente, no Guia MICHELIN oferece aos utilizadores recomendações para uma experiência de viagem completa.
Atribuídas pela equipa de inspetores do Guia MICHELIN, com base em estadias ou visitas anónimas, e independentemente de qualquer rótulo, estrela turística ou quota existente, as Chaves MICHELIN afirmaram-se como uma nova referência internacional para os viajantes, orientando-os para alojamentos que se destacam pelo seu conceito hoteleiro único, personalidade forte, bem como um elevado nível de hospitalidade e serviço.
Uma chave MICHELIN indica uma estadia muito especial. É uma verdadeira joia com carácter e personalidade próprios. Pode ser inovador, oferecer algo diferente ou simplesmente ser um dos melhores na sua categoria. O serviço vai sempre mais além e oferece muito mais do que os estabelecimentos com preços semelhantes.
Duas chaves MICHELIN indicam uma estadia excecional, que vale a pena fazer um desvio. Um lugar verdadeiramente excecional em todos os sentidos, onde uma experiência memorável é sempre garantida. Um hotel com carácter, personalidade e charme, gerido com um orgulho e cuidado evidentes. Um design ou uma arquitetura marcantes e um verdadeiro sentido do lugar, fazem deste um lugar excecional para ficar.
Três chaves MICHELIN indicam uma estadia única. Tudo aqui é admiração e indulgência – este é o máximo em conforto e serviço, estilo e elegância. É um dos hotéis mais notáveis e extraordinários do mundo e um destino em si mesmo para a viagem de uma vida. Todos os elementos da verdadeira hospitalidade estão aqui presentes para garantir que qualquer estadia perdure na memória.

Que critérios devem os hotéis cumprir para figurar na vossa seleção da Chave Michelin?

Para selecionar e distinguir um hotel, a nossa equipa de inspetores avalia cinco critérios universais. O primeiro, é que o hotel seja uma porta aberta para o destino: contribui para a experiência local. No segundo, a excelência no design de interiores e na arquitetura. Terceiro, qualidade e regularidade do serviço, conforto e manutenção. Num quarto ponto, coerência entre o nível de experiência e o preço pago. E por último, singularidade que reflita personalidade e autenticidade.

Por enquanto, a Chave Michelin distinguiu hotéis na Áustria, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, México, Espanha, Suíça, Tailândia, Reino Unido e Irlanda e ainda nos Estados Unidos. Esta distinção será alargada a mais países? E Portugal, está nos países “na mira” para esta distinção?

Em 2024, começámos a implementar as Chaves Michelin em mais de 10 destinos turísticos importantes. Naturalmente, pretendemos implementar as Chaves MICHELIN a nível mundial, a fim de destacar, na nossa seleção hoteleira já global, os estabelecimentos que oferecem as estadias mais extraordinárias. Embora não possamos partilhar até à data mais detalhes sobre o calendário exato, Portugal e os seus muitos hotéis notáveis farão, naturalmente, parte do nosso próximo roteiro.

Os inspetores que analisam os hotéis são distintos dos que avaliam os restaurantes? Quantos inspetores têm no momento em ambas as vertentes?

Tal como no caso dos restaurantes, a seleção dos hotéis para o Guia MICHELIN e a decisão de atribuição das Chaves MICHELIN são feitas de forma independente pela equipa de inspetores. Todos eles formam uma única equipa de seleção, internacional e especializada. Os inspetores desta equipa trabalham em conjunto e tomam a decisão de maneira colegiada. Alguns inspetores concentram-se apenas nos hotéis, outros apenas nos restaurantes e outros em ambos.

A criação de uma Estrela Verde para hotéis, à semelhança do que já acontece com os restaurantes, é uma possibilidade?

De momento, ainda não formalizámos uma distinção adequada para destacar os pioneiros do setor. Estamos a trabalhar nesse sentido, uma vez que os viajantes tendem a procurar hotéis cada vez mais sustentáveis. Começámos por disponibilizar aos viajantes, no nosso sítio web e na nossa aplicação, as certificações do setor e outras medidas sustentáveis tomadas pelo hotel.

Sobre o autorCarla Nunes

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