Alambique Hotel Resort & Spa duplica operação após um ano com novo spa
O hotel localizado no Fundão fechou o primeiro trimestre de 2024 com a venda de 12.000 noites. Para o primeiro trimestre deste ano, a expectativa é a de chegar às 60.000 dormidas. Os números foram adiantados por José Almeida, diretor do Alambique Hotel Resort & Spa, que aponta para uma taxa ocupação média no hotel de cerca de 83% em 2024.

Carla Nunes
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No início de 2024, o Alambique Hotel Resort & Spa, situado no Fundão, inaugurou uma nova área de spa com 2.500 metros quadrados, a par de um meeting center com capacidade para 1.000 pessoas e uma nova ala com 42 suites premium.
Passado um ano de operação com estas novas valências, o hotel registou uma taxa de ocupação de cerca de 83% em 2024 – um crescimento de 40% face a 2023 – e um volume de negócio na casa dos 12 milhões de euros, num aumento de 80% em relação ao verificado em 2023.
Os números foram indicados por José Almeida, diretor do Alambique Hotel Resort & Spa, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market.
Na ocasião, o profissional deu conta de que o hotel tinha em vista terminar o primeiro trimestre de 2025 com 60.000 dormidas quando, em 2024, o primeiro trimestre fechou com a venda de 12.000 noites.
A previsão do hotel passa agora por alcançar as 65.000 noites no segundo trimestre deste ano, sendo que foram registadas 14.000 noites no período homólogo.
Já na valência de spa, designado como Golden Rock Alambique Water Spa, o ano de 2024 trouxe 250.000 euros em receitas para o hotel, provenientes de clientes que não se encontravam alojados na unidade.
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“O hotel transcendeu-se neste primeiro ano de operação com o spa associado. Os números dispararam face ao que era a nossa realidade até então. Estamos a falar de um tipo de mercado e segmento de clientes que não tínhamos no passado. O segmento de lazer e famílias cresceu brutalmente. O preço médio também cresceu, fruto de um conjunto de serviços muito maior que estamos a oferecer durante a estadia”, explica José Almeida.
Uma vez que a sazonalidade “definitivamente não” é uma realidade neste hotel, e face aos valores registados, José Almeida afirma que 2025 e 2026 serão anos dedicados à “consolidação deste crescimento”.
Existem planos para uma possível remodelação nos quartos mais antigos da unidade, “para esbater as diferenças face aos novos alojamentos”. Contudo, a acontecer, só no final de 2026.
“Estamos a sofrer muitas dores de crescimento e o nosso projeto, quer o Convento do Seixo, quer o Alambique, precisam de consolidar toda esta realidade. Nos 153 quartos [mais antigos do Alambique] , cerca de 50% desse inventário vai ter de ser remodelado, mas só para finais de 2026 a 2027”, refere o diretor do Alambique Hotel Resort & Spa.

Créditos: Alambique Hotel Resort & Spa
O mercado nacional é responsável por cerca de 90% dos mercados do hotel, seguido pelos mercados espanhol, francês e brasileiro.
Projeto de tematização no Convento do Seixo
Relativamente ao Convento do Seixo – Boutique Hotel & Spa, adquirido pelo Alambique no final de 2023, José Almeida espera que “2025 vá ser um ano com números mais condizentes com o potencial que o hotel tem”.
Como explica, o “hotel estava numa situação, do ponto de vista comercial, muito degradada”. Sendo esta uma unidade com uma segmentação que o grupo “não estava muito habituado a trabalhar”, José Almeida refere que estão a investir em comunicação e na abertura de canais no trade “que estejam devidamente vocacionados para este mercado e tipo de hotel” – ou seja, um boutique hotel cinco estrelas.
O grupo olha para os mercados brasileiro, americano e brasileiro como os que apresentam maior potencial “para um hotel com estas características”, admitindo, no entanto, que “é mais fácil para o Convento do Seixo posicionar-se como um destino para o cliente nacional do que para o mercado estrangeiro”.
Desde a aquisição, o hotel já passou por um período de remodelações na nave principal, no sistema de projeção no teto, na receção do hotel e na substituição de colchões dos quartos, num investimento entre os 200.000 e os 300.000 euros.
Para atrair mais mercados, está em vista a tematização dos quartos da unidade hoteleira, ligados “à génese do edifício”, que funcionou como um convento franciscano no século XVI. Esta tematização, prevista “para o início do próximo ano”, só se seguirá após um período de estudo e recolha de informação sobre o convento, existindo a possibilidade de associar cada quarto ao nome de um dos frades da época.
Com o preço médio entre os 150 e os 200 euros, a expectativa de José Almeida é a de que o indicador passe a situar-se entre os 250 e os 300 euros por noite.
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