Créditos: Eurostars Museum
Proveitos do alojamento turístico voltam a subir em outubro e já chegam aos 584,2M€
Segundo o INE, até outubro, os proveitos totais somaram 5,4 mil milhões de euros e os de aposento 4,2 mil milhões de euros, o que permitiu ultrapassar já o total anual de 2022, refletindo “a evolução da procura e dos preços dos serviços prestados”.
Inês de Matos
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Os proveitos do alojamento turístico voltaram a subir em outubro e, no caso dos proveitos totais, somam já 584,2 milhões de euros, depois de um aumento de 17,4%, enquanto os proveitos de aposento, que cresceram 18,8%, totalizam 441,2 milhões de euros, segundo os dados da atividade turística, divulgados esta quinta-feira, 14 de dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados do INE mostram que, em comparação com o mesmo mês de 2019, os crescimentos foram ainda mais significativos, atingindo os 49,4% nos proveitos totais e os 52,2% nos relativos a aposento.
Segundo o INE, “em outubro, a AM Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,3% dos proveitos totais e 36,9% dos proveitos de aposento, respetivamente), seguida pelo Algarve (24,3% e 22,3%) e pelo Norte
(17,0% e 17,8%)”.
Já os maiores crescimentos registaram-se na RA Madeira, que cresceu 23,0% nos proveitos totais e 23,7% nos de aposento, assim como no Norte (+22,5% e +23,7%) e na RA Açores (+21,8% e 23,2%).
Face a outubro de 2019, continuaram a destacar-se as regiões autónomas, com a RA Madeira a registar um aumento de 81,1% nos proveitos totais e 91,5% nos de aposento, enquanto na RA Açores houve aumentos de 75,6% e 75,0%, respetivamente.
Em outubro, acrescenta o INE, registaram-se “crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento”, com os proveitos totais e de aposento da hotelaria, que teve um peso de 87,6% e 85,9% no total do alojamento turístico, a aumentarem 16,7% e 18,1%, respetivamente, assim como 46,9% e 49,8%, pela mesma
ordem, face a outubro de 2019.
Nos estabelecimentos de alojamento local, cujas quotas foram de 8,9% e 10,6%, respetivamente, registaram-se aumentos de 22,6% nos proveitos totais e 22,9% nos proveitos de aposento, bem como de 57,2% e 57,4%, respetivamente, face ao mesmo mês de 2019.
No turismo no espaço rural e de habitação, que apresentou uma representatividade de 3,5% nos proveitos totais e nos de aposento, os aumentos foram de 20,9% e 22,4%, respetivamente, enquanto numa comparação com outubro de 2019, “os proveitos neste segmento mais do que duplicaram”, aumentando 112,4% e 110,6%, pela mesma ordem.
Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 69,6 euros, depois de aumentar 14,1% em outubro, o que levou também a um maior crescimento face ao mesmo mês de 2019, que chegou aos 38,6%.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (117,2 euros) e na RA Madeira (76,1 euros), seguindo-se o Norte (64,7 euros), enquanto os maiores crescimentos ocorreram na RA Madeira (+21,7%), no Algarve (+18,1%) e no Alentejo (+17,7%).
“Em outubro, este indicador cresceu 15,1% na hotelaria (+13,5% em setembro), 12,1% no alojamento local (+11,0% em setembro) e 12,9% no turismo no espaço rural e de habitação (+10,4% em setembro)”, resume o INE.
O ADR – rendimento médio por quarto ocupado foi, por sua vez, de 111,6 euros em outubro, o que indica uma subida de 11,0% face a mês homólogo de 2022 e de 32,4% em relação a outubro de 2019.
Por regiões, o INE diz que “o ADR atingiu o valor mais elevado na AM Lisboa (151,0 euros), seguindo-se o Norte (111,5 euros), o Alentejo (98,5 euros) e a RA Madeira (97,7 euros)”.
Os acréscimos mais expressivos verificaram-se nas regiões autónomas, com um aumento de 17,3% na RA Madeira e 12,1% na RA Açores, seguindo-se o Algarve (+12,0%) e o Norte (+11,9%).
Em outubro, refere ainda o INE, o ADR cresceu 11,5% na hotelaria e 9,6% no alojamento local, atingindo 114,4 euros e 92,1 euros, respetivamente, enquanto no turismo no espaço rural e de habitação, o ADR cresceu 7,1%, atingindo 116,6 euros.
Em outubro, os estabelecimentos de alojamento turísticos nacionais contabilizaram 2,9 milhões de hóspedes (+8,7%) e 7,4 milhões de dormidas (+8,5%).
Proveitos totais crescem 20,8% no acumulado até outubro
No período acumulado de janeiro a outubro de 2023, os proveitos totais cresceram 20,8% e os relativos a aposento aumentaram 22,1%, somando 5,4 mil milhões de euros e 4,2 mil milhões de euros, respetivamente, o que permitiu ultrapassar, em outubro, o total anual de 2022, refletindo “a evolução da procura e dos preços dos serviços prestados”.
Face ao mesmo período de 2019, acrescenta o INE, “continuaram a observar-se aumentos mais expressivos”, que chegam aos 39,9% nos proveitos totais e aos 42,7% nos de aposento, respetivamente.
No período acumulado de janeiro a outubro de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram na RA Açores (+27,7% e +29,2%), na AM Lisboa (+26,6% e +28,2%), no Norte (+25,5% e +26,6%, respetivamente) e na RA Madeira (+24,8% e +27,9%).
Já numa comparação com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas (RA Açores com +61,9% e +63,7%, respetivamente, e a RA Madeira com +59,2% e +71,3%).
Nos 10 primeiros meses de 2023, os estabelecimentos de alojamento turístico contabilizaram ainda 28,7 milhões de hóspedes e 76,0 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 13,1% e 10,7%, respetivamente, face ao mesmo mês do ano passado, enquanto na comparação com outubro de 2019 houve um crescimento de 9,0% nas dormidas, com um aumento de 7,4% nos residentes e de 9,8% nos não residentes.