AHP: Apesar da quebra na taxa de ocupação, preços continuam a subir
No mês de Maio, os hotéis portugueses registaram uma subida de dois dígitos no preço médio (11%) e no RevPAR (10%), enquanto a taxa de ocupação registou um decréscimo de 0,6 p.p.
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No mês de Maio, os hotéis portugueses registaram uma subida de dois dígitos no preço médio (11%) e no RevPAR (10%), enquanto a taxa de ocupação registou um decréscimo de 0,6 p.p., segundo os dados da Associação da Hotelaria de Portugal, que realiza esta análise mensal com recurso à ferramenta AHP Tourism Monitors .
Nos primeiros cinco meses do ano, a taxa de ocupação quarto a nível nacional atingiu os 79%. Por destinos turísticos, Lisboa (89%), Porto (88%), Madeira (84%) registaram as taxas de ocupação mais elevadas. As categorias quatro e três estrelas registaram uma quebra ligeira de 1,8 p.p. e de 0,3 p.p..
O preço fixou-se nos 97 euros, mais 11% do que em igual período do ano passado. Lisboa foi o destino que registou uma melhor performance (136€), seguido do Grande Porto (101€) e de Estoril/Sintra (95€). De destacar o crescimento de 19% e 14% nas três e quatro estrelas, respetivamente.
O RevPAR foi de 76 euros, com um aumento de 10%, com a Costa Azul (41%), Alentejo (33%) e Lisboa (17%) a registarem o maior crescimento em termos de variação.
A estada média registou uma quebra de 2%, fixando-se nos 1,90 dias. Essa quebra apenas não se verificou nas três estrelas, onde cresceu 3%.
Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, afirma “Este é um ano de consolidação na hotelaria, tivemos três anos de crescimento acelerado e agora estamos a assistir a uma estabilização da taxa de ocupação e a um crescimento sustentado do preço médio por quarto ocupado e do RevPAR. Naturalmente que nos traz alguma preocupação os destinos que estão em queda na Taxa de ocupação desde o início do ano, uns porque tiveram um 2017 muito forte, como é o caso de Leiria/Fátima/Templários com a vinda do Papa; outros, como a Madeira e o Algarve, porque, como temos vindo a afirmar, se têm ressentido com a quebra de mercados como o inglês e o alemão, com as rotas que não foram repostas após a falência de companhias aéreas que ali operavam e a concorrência de outros destinos; e os Açores que, por um lado, teve uma grande procura no seguimento da abertura do espaço aéreo a companhias low cost e agora estão a ressentir-se da falência de algumas companhias aéreas e, por outro, porque houve um aumento significativo da oferta de Alojamento Local na região. Ainda assim as expectativas para o verão são muito positivas.”
Num inquérito realizado junto dos hoteleiros da Região de Lisboa verificou-se que nos dias do Eurofestival da Canção (8 a 12 de maio) a taxa de ocupação foi de 93% na cidade de Lisboa e de 91% na área metropolitana de Lisboa. Quando analisamos o preço médio por quarto ocupado, na cidade de Lisboa fixou-se nos 173 euros e na A.M. Lisboa em 154 euros.