Vila Galé inaugura hotel na Figueira da Foz focado no mercado nacional
O grupo Vila Galé inaugurou oficialmente este sábado, 22 de junho, a unidade hoteleira que detém na Figueira da Foz, no edifício que anteriormente dava lugar ao Grande Hotel da Figueira e cuja gestão estava a cargo da Accor.
Carla Nunes
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O grupo Vila Galé inaugurou oficialmente este sábado, 22 de junho, a unidade hoteleira que detém na Figueira da Foz, no edifício que anteriormente dava lugar ao Grande Hotel da Figueira e cuja gestão estava a cargo da Accor.
O mais recente Vila Galé Collection Figueira da Foz, em operação desde abril, sofreu uma remodelação total no valor de dois milhões de euros, cujo processo durou cinco meses. Além da renovação dos 102 quartos e das áreas comuns, o hotel conta agora com novas valências como um spa Satsanga – com sauna, banho turco, duche vichy, salas de massagens e ginásio – e uma piscina exterior.
Sobre a escolha do destino para a exploração desta unidade hoteleira, detida pelo fundador do grupo Inditex, Amancio Ortega, o presidente e fundador do Vila Galé explicou em conferência de imprensa que a decisão advém de um objetivo que considera “fundamental e decisivo para o país: melhorar a oferta hoteleira existente”.
“Se queremos continuar a cativar turistas e a crescer de uma forma segura e consistente, temos de apostar muito seriamente em recuperar [património]”, defende Jorge Rebelo de Almeida, que, por enquanto, não referiu o valor da renda anual deste hotel.
Admitindo que este possa ser “um negócio arriscado, porque a Figueira da Foz não é um destino consolidado”, Jorge Rebelo de Almeida é da opinião de que “o litoral precisa que o interior se desenvolva para alivar a carga [turística]”, acrescentando que “Portugal não é só Lisboa e Porto”. Como refere, “o país não tem turismo a mais, temos todo o interior para desenvolver”.
Por outro lado, Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé, aponta para o facto de a Figueira da Foz ser um destino “bastante completo”, dando resposta “ao segmento de férias de praia e lazer”, tendo, ao mesmo tempo “a própria vivência da cidade”, com património e gastronomia.
“Quando olhamos para o histórico de dormidas, no caso de 2023, a Figueira da Foz terá muito potencial de crescimento. Hoje já se encontra nos 30 concelhos com mais dormidas, [sendo que] estes 30 concelhos representam 80% das dormidas no país. Esta região tem outra vantagem: a sua centralidade face ao país permite ser a base para conhecer outras cidades”, afirma Gonçalo Rebelo de Almeida.
Concluída a inauguração oficial, o “primeiro mercado de aposta será o nacional”, de acordo com Pedro Ribeiro, diretor-geral de vendas e marketing do Vila Galé. Posteriormente, a expectativa é a de que venham “outros mercados de proximidade”, nomeadamente o espanhol, “com muita tradição na Figueira da Foz”, e os dos “circuitos culturais, como o francês e o italiano”.
O segmento de reuniões, incentivos, congressos e exposições (MICE, na sua sigla em inglês), também é visto com interesse pelo grupo para este hotel, dado o crescimento “do mercado corporate” na região, a par dos mercados brasileiro e norte-americano, que o Vila Galé espera atrair “de uma forma geral para os hotéis [da gama] Collection”.
Presentemente, e apesar de a ocupação do atual Vila Galé Collection Figueira da Foz ainda estar “bastante aquém em termos daquilo que acreditamos que o hotel possa vir a atingir”, na opinião de Carlos Alves, diretor regional de operações do grupo, as expectativas são positivas.
“Estamos a recuperar aos poucos a notoriedade que o hotel já teve e que esperamos que volte a ter. Em termos de ocupação está bastante aquém em termos daquilo que acreditamos que o hotel possa vir a atingir. [No entanto, quando] pegámos no hotel este era classificado na Booking com 4.3, e em dois meses de ocupação [pelo Vila Galé] o hotel está com 8.2. É um processo contínuo. Estamos muito focados e queremos apostar na qualidade do serviço”, termina Carlos Alves.
*A Publituris Hotelaria viajou até à Figueira da Foz a convite do grupo Vila Galé.