Créditos: Vila Galé
Associação Portuguesa de SPAS pretende “unir e representar os intervenientes” do setor
A garantia é dada por Cristina Valente-Pedro, vice-presidente da Associação Portuguesa de Spas – APSPT, que em entrevista à Publituris Hotelaria explica em que moldes funciona a recém-criada associação e quem é elegível para se tornar associado.
Carla Nunes
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A Associação Portuguesa de SPAS (APSPT) chega ao setor com o propósito de “unir e representar os diferentes intervenientes deste setor, promovendo a colaboração, a qualidade e a promoção dos spas em todo o país”.
A garantia é dada por Cristina Valente-Pedro, vice-presidente da Associação Portuguesa de Spas – APSPT, que em entrevista à Publituris Hotelaria explica que, apesar de a associação ter sido constituída legalmente no âmbito das Associações de Empregadores em setembro de 2022, foi formalmente apresentada ao Turismo de Portugal a 21 de junho deste ano.
Desta forma, a associação dispõe-se a criar um selo de certificação, o “Authentic Spa”, para os seus associados, uma vez que consideram não existir atualmente “um padrão de qualidade com requisitos mínimos para a utilização do conceito ‘spa’”, como indicaram em comunicado de imprensa.
“Em Portugal existem cerca de 620 unidades de spa registadas no Registo Nacional do Turismo (RNT, 06/2023), contudo, este número não é representativo da totalidade de tipologias de spas existentes. A oferta nacional apresenta-se unificada ou redundante, sem grande transparência da oferta ao cliente”, afirma Cristina Valente-Pedro em declarações à Publituris Hotelaria.
A profissional explica ainda que, “por outro lado, também existem vários espaços que usam a designação ‘spa’ e que não se enquadram na nossa definição de Spa”, que a associação entende como “uma unidade com instalações dedicadas à prevenção e promoção da saúde e bem-estar, através de tratamentos com recurso à água e outras experiências holísticas, praticadas por profissionais qualificados num ambiente sensorialmente relaxante”.
Dada esta “lacuna na transparência da oferta spa ao cliente”, a associação predispõe-se a “estabelecer padrões de qualidade e de certificação para os spas em Portugal” com a criação do selo Authentic Spa, atribuído apenas aos espaços que cumpram com os critérios da associação. A “organização de uma conferência anual vocacionada exclusivamente para o setor do turismo, spa e bem-estar” é outro dos desígnios da recém-criada instituição, bem como proporcionar aos associados recursos e ferramentas essenciais à promoção e divulgação das suas unidades de spa.
Unidades de spa devem cumprir requisitos para se tornarem associados
De momento a associação conta com 17 unidades de spa na sua lista de associados, no entanto, Cristina Valente-Pedro ressalva que a APSPT “ainda está na sua fase de arranque”.
A profissional explica que “podem tornar-se sócios as empresas e outras entidades que se dediquem à exploração ou gestão de unidades spa e spa talasso no território nacional”, sendo que no website da associação é ainda apontado que são elegíveis estudantes e académicos da área de Spa, bem como profissionais e escolas deste setor.
Para integrar a APSPT, Cristina explica que as unidades de spa devem cumprir com pelo menos três dos seguintes requisitos: um equipamento com recurso a água para uso livre do cliente (como piscina ou banho turco); um equipamento para tratamentos com recurso a água (como duche Vichy ou banheira de hidromassagem); vestiários próprios e zona de relaxamento.
Coloca-se também a necessidade de os spas disponibilizarem de forma constante determinados tratamentos no seu menu de serviços, pelo menos um das seguintes categorias: tratamentos faciais; tratamentos corporais com água; massagens e terapias holísticas ou sessões wellness, como Yoga ou meditação.
Por fim, um Authentic Spa requer profissionais certificados com pelo menos: um curso profissional de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ) para a função de Responsável Técnico da unidade; metade dos elementos da equipa técnica com curso profissional de nível 4 do QNQ; certificação reconhecida pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para os profissionais especializados em tratamentos/terapias específicas – como Shiatsu e Reiki – como garantia da prestação dos serviços de forma segura e eficaz recorrendo a profissionais formados e competentes.
A Associação Portuguesa de Spas conta com Paula Guedes como presidente e partner da TOPSPA Consultants; Liliana Ferreira com vice-presidente e corporate spa manager dos Satsanga Spa & Wellness – Grupo Vila Galé; Cristina Pedro como vice-presidente, investigadora do CinTurs e Spa Manager no Royal Spa Vale do Lobo; Catarina Lopes como vogal e general manager dos Magic Spa – Grupo Pestana; Susana Correia como vogal e spa manager do Grupo Savoy e Angelina Diegues como vogal e spa manager do Grupo Real – Spa Talasso.