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Como atender hóspedes com deficiência pela voz dos próprios

Ana Sofia Martins, Catarina Oliveira, Madalena Ribeiro, Mariana Sapatinha e Marisa Maganinho têm uma coisa em comum: adoram viajar. No entanto, nem todas as unidades de alojamento proporcionam acessos suficientes […]

Carla Nunes

Como atender hóspedes com deficiência pela voz dos próprios

Ana Sofia Martins, Catarina Oliveira, Madalena Ribeiro, Mariana Sapatinha e Marisa Maganinho têm uma coisa em comum: adoram viajar. No entanto, nem todas as unidades de alojamento proporcionam acessos suficientes […]

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Ana Sofia Martins, Catarina Oliveira, Madalena Ribeiro, Mariana Sapatinha e Marisa Maganinho têm uma coisa em comum: adoram viajar. No entanto, nem todas as unidades de alojamento proporcionam acessos suficientes adaptados às suas deficiências, sejam elas motoras, auditivas, visuais ou intelectuais.

Com o objetivo de chamar a atenção para a questão das acessibilidades – neste caso de quem se desloca em cadeira de rodas – Ana Sofia Martins criou o blogue “JustGo – by Sofia”, onde partilha as suas aventuras pelo país e o mundo. As dificuldades com que se deparava em algumas viagens levaram-na a criar esta plataforma, com o intuito de chamar a atenção para a questão, “sempre pela positiva”, para que mais locais se tornem acessíveis.

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Também Mariana Sapatinha, portadora de paralisia cerebral e utilizadora da cadeira de rodas, seguiu o exemplo e criou um canal de Youtube, o “Vai de Rodas”, após perceber que “não é fácil encontrar informações sobre os lugares para fazer turismo adaptado”. Já Catarina Oliveira utiliza o seu Instagram, Espécie Rara Sobre Rodas (@especierarasobrerodas), para desconstruir “com algum humor e leveza” as questões de capacitismo associadas à pessoa com deficiência, bem como as barreiras físicas que encontra nas suas deslocações.

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Quando falamos em acessibilidade em hotelaria, neste caso referente a pessoas que se deslocam em cadeira de rodas, tanto Ana como Catarina e Mariana afirmam que a primeira questão se coloca logo na altura da reserva. É difícil perceber se o hotel é ou não acessível “porque essa informação não existe praticamente em lado nenhum”, seja no site do hotel ou nos motores de reserva, de acordo com Ana Sofia Martins.

Apesar de os motores de reserva disponibilizarem um filtro relativo a acessibilidades, todas as intervenientes explicam que este não dá qualquer garantia, uma vez que alguns hotéis afirmam ser acessíveis sem o serem, para além de existirem hotéis acessíveis que não fazem essa referência. Para Catarina Oliveira, a questão é fácil de contornar: “obrigar as instalações a colocar fotos da entrada sem obstáculos, ou com equipamentos facilitadores, das imediações do hotel, do quarto e da casa de banho adaptadas”.

Ainda no processo de reserva, Ana Sofia Martins e Catarina Oliveira apontam uma outra questão: o facto de só existirem entre um a dois quartos adaptados nas unidades hoteleiras, geralmente em hotéis de gama alta, já que “os hotéis mais baratos nem sempre estão acessíveis ou adaptados”, como explica Catarina Oliveira. De acordo com Ana Sofia Martins, também é recorrente reservar um quarto standard e ser contactada posteriormente com o aviso de que o quarto adaptado é de uma categoria superior, sendo por isso obrigada a pagar mais – apesar de já ter encontrado algumas unidades hoteleiras que não cobraram a diferença.

O número diminuto de quartos adaptados traz outra limitação: o facto de a lotação ser rapidamente atingida. Ana Sofia Martins explica que habitualmente tem “que reservar três, quatro quartos até conseguir um que esteja disponível e acessível”.

A solução passaria por adaptar mais quartos, ou existir “a possibilidade de estes serem adaptados na hora”, tal como aponta Ana Sofia Martins.

Catarina Oliveira acrescenta que essa adaptação “não ficaria assim tão cara, porque é um investimento a longo prazo”: “Se tiverem um quarto adaptado vão estar a chamar mais pessoas para o hotel. Depois vai ser a longo prazo – uma vez acessível, é só manter. E pelo menos as pessoas têm um quarto para ir em todas as gamas de hotel”, afirma.

Garantir a acessibilidade sem abdicar do design

Do ponto de vista arquitetónico, Rui Sousa, Management Advisor na Saraiva & Associados, explica que têm em conta três pontos: a acessibilidade arquitetónica, dimensionando os espaços e definindo circulações livres de barreiras arquitetónicas; a acessibilidade dos equipamentos, relativamente à sua dimensão, e o posicionamento de instrumentos de controle, como interruptores na cabeceira da cama ou a distância do toalheiro ao duche.

Para que um quarto esteja adaptado a uma pessoa que se desloca em cadeira de rodas, de um modo geral – uma vez que as necessidades podem depender de pessoa para pessoa –, Ana Sofia Martins aponta que primeiro é necessário um quarto com medidas mais largas, com uma cama “nem muito alta, nem muito baixa”. A casa de banho deve incluir “barras na sanita, no duche, e um banco para tomar banho”, que pode ser fixo ou amovível.

O “Guia Prático de Acessibilidade no Alojamento Turístico”, elaborado pela Accessible Portugal, acrescenta mais alguns pontos, como a inclusão de um lavatório com torneira de alavanca monocomando; sanita de modelo standard, sem abertura frontal – já que essas são destinadas a equipamentos hospitalares e não são necessárias no alojamento turístico – e acesso nivelado ao duche.

De notar ainda alguns “pormenores”, como o posicionamento mais baixo de objetos como o espelho da casa de banho, o varão dos cortinados, o secador de cabelo e do chuveiro manual, bem como a inclusão de um sistema nos armários que permita rebaixar o cabide.

O Management Advisor da Saraiva & Associados frisa que, no caso dos hotéis, têm em conta não só a acessibilidade mas também “o conforto e a estética integrada no conceito” da unidade, dando o exemplo de “instalações sanitárias acessíveis com equipamentos semelhantes aos das restantes unidades de alojamento”.

No fundo, os quartos “não precisam de ser feios para serem adaptados”, tal como defendem Ana Sofia Martins e Catarina Oliveira.

Nas restantes áreas do hotel, importa adaptar as superfícies ao nível da pessoa com mobilidade reduzida, seja no balcão da receção ou na zona de refeições, passando pelo acesso à piscina.

Os vários espetros da acessibilidade e a oportunidade de negócio

A acessibilidade não diz respeito apenas a pessoas com mobilidade reduzida. Ana Garcia, diretora da Accessible Portugal, alerta que “é comum associarmos a acessibilidade a pessoas que têm cadeiras de rodas”, algo que descreve como um “erro”.

“Quando falamos de acessibilidades falamos não de rampas, mas de pessoas. O que é preciso na oferta turística, seja ela no alojamento, na restauração ou na animação turística, é que dê resposta às necessidades dos clientes”, defende a diretora.

De acordo com dados dos censos de 2022, nos quais a Accessible Portugal tem vindo a trabalhar, 39% da população portuguesa tem algum tipo de limitação. O número, adiantado por Ana Garcia, espelha um mercado “que não deveria ser esquecido do ponto de vista de negócio”, uma vez que os clientes com deficiência “pernoitam mais noites, geralmente em épocas mais baixas”, acompanhados por amigos ou familiares.

“As pessoas estão disponíveis para pagar. Querem é ter de facto boas respostas, que configurem qualidade e segurança”, afirma Ana Garcia.

E foi precisamente para dar resposta às necessidades dos clientes que Marisa Maganinho criou a agência de viagens “Euvoo”, uma agência para todos onde é contemplado o turismo acessível, disponibilizando atendimento em Língua Gestual.

O negócio surgiu após as várias viagens que Marisa fez com o marido, que é surdo profundo, e do facto de se aperceberem que “de forma geral, o turismo não estava preparado para receber pessoas surdas, com mobilidade reduzida, ou cegas”. Sentiam que a surdez “era desconhecida”, que as respostas eram “totalmente desadequadas” e, sobretudo, que tinham mercado.

No caso da surdez, Marisa explica que as barreiras são essencialmente comunicativas: “Há quem considere que a surdez é só uma perda auditiva como acontece a pessoas mais velhas, que todos os surdos sabem fazer leitura labial, ou que não sabem ler nem escrever”, explica.

No que à acessibilidade hoteleira diz respeito, Marisa aponta para a necessidade “de informação obrigatória e útil adaptada a estas pessoas”. Refere ainda que nem tudo pode ser resolvido pela escrita e que alguns detalhes devem ser verificados, como a possibilidade de o cliente querer usar o room service, a eventualidade do housekeeping bater à porta ou ainda situações de perigo, como o disparo sonoro de um alarme de incêndio.

Para estas questões, o manual da Accessible Portugal indica algumas soluções, como a possibilidade de contacto entre a receção e o hóspede por telemóvel, através de mensagens escritas curtas. Refere ainda a necessidade de instalar campainhas com sinais luminosos, bem como avisos de emergência visuais associados ao sonoro.

Já da perspetiva das necessidades da pessoa cega, Madalena Ribeiro, consultora da Accessible Portugal, aponta para a necessidade de se reforçar a sinalética em braille nos vários pisos dos hotéis, nomeadamente no número de porta dos quartos e nos botões de elevador. Refere também a falta de informação útil sobre as unidades hoteleiras em formato acessível, seja em braille, ampliado, ou digital acessível, para que o cliente possa ter acesso aos preços dos serviços do hotel ou consultar menus de refeição.

Assegurar a formação das equipas

Quando questionadas sobre as sugestões que deixariam ao gestor hoteleiro, todas as entrevistadas responderam sem hesitar: apostar na formação de equipas.

De facto, e segundo Graça Joaquim, professora e investigadora na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, “as questões da acessibilidade e da inclusão são matérias tratadas nalgumas unidades curriculares de vários cursos, mas ainda são insuficientes, tanto na área da hotelaria como noutros setores, públicos e privados”.

Segundo a mesma, a formação em atendimento hoteleiro para pessoas com deficiência deverá incluir não só “o enquadramento jurídico e os direitos humanos”, como “matérias específicas sobre os vários tipos de deficiências e as necessidades de personalização subjacentes”.

Aliás, tanto Ana Sofia Martins como Catarina Oliveira referem que quando questionam pelos serviços do hotel, ou quando os mesmos são apresentados pelos colaboradores, estes mostram desconhecimento sobre o conceito de acessibilidade. O facto de os colaboradores estarem preparados para receber pessoas com deficiência, “evita a surpresa inicial, o pânico de não saber o que fazer e a consequente insegurança que passam ao cliente”, de acordo com Madalena Ribeiro.

Existe ainda a questão de garantir a independência do hóspede. Como refere Marisa Maganinho, “é importante perceber que o cliente pode e deve ser autónomo num momento de lazer e que tem o direito de ir sozinho”. Madalena Ribeiro acrescenta que “ainda existe uma desresponsabilização na prestação do serviço, entendendo-se que o grupo que acompanha a pessoa cega, neste caso, tem a obrigação de a apoiar em todas as suas necessidades”.

Ana Garcia explica que algumas unidades “têm imensas valências” construídas de raiz ou financiadas por projetos. No entanto, “como a rotação de pessoal é grande, não conhecem a informação, e depois falta a componente do serviço”.

De acordo com a diretora da Accessible Portugal, existem Unidade de Formação de Curta Duração (UFCD) de 25 horas no catálogo nacional de qualificações, que versam esta temática. Também a Accessible Portugal presta formação presencial e online em atendimento inclusivo voltado para o turismo. No entanto, a acrescentar a estas formações, Catarina Oliveira deixa uma sugestão.

“O ideal é fazermos uma coisa grande com todas as cadeias hoteleiras, uma formação base para os funcionários durante o fim de semana em que uma pessoa com deficiência vai ao hotel e fala sobre as várias deficiências e as suas necessidades. É importante os colaboradores terem um lugar seguro para fazer as perguntas que quiserem”, termina.

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GuestCentric acrescenta Dare Lisbon Hotels ao seu portefólio de clientes

O conjunto de duas unidades hoteleiras da Dare Lisbon Hotels recorreu à GuestCentric para reforçar a sua marca online, após a abertura da nova unidade Dare Lisbon River.

Com a abertura da unidade Dare Lisbon River, a Dare Lisbon Hotels recorreu à GuestCentric para reforçar a sua marca online, que também inclui o Dare Lisbon House.

Desta forma, esta passa a contar com três websites com um novo conceito e design, “resultando numa imagem de marca coesa, que abrange tanto o website corporativo como os das unidades individuais”, como a GuestCentric explica em nota de imprensa.

Além da nova imagem, o Dare Lisbon River incorporou também o motor de reservas da GuestCentric. O objetivo, de acordo com Francisco Caiado, proprietário dos Dare Lisbon, passa por libertar a equipa para que se possam dedicar à experiência dos hóspedes.

“Os Dare Lisbon Hotels procuram criar experiências únicas e imersivas. A parceria com a GuestCentric permite não só reforçar a nossa marca online, como também proporciona que a nossa equipa disponha de mais tempo para se dedicar aos hóspedes, pois como costumamos dizer, ‘luxury is the time to host’”, refere Francisco Caiado.

A Dare Lisbon Hotels é composta por dois hotéis boutique em Lisboa, o Dare Lisbon River e Dare Lisbon House, localizados na Travessa de São Paulo e na Rua dos Sapateiros, na Baixa, respetivamente.

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Portugal soma 19 prémios nos World Travel Awards

Depois de ter recebido os “World Golf Awards”, tendo Portugal sido eleito como “Melhor Destino de Golfe do Mundo”, o Funchal voltou a ser palco para a 31.ª edição dos “World Travel Awards”, de onde Portugal saiu com 19 prémios.

Portugal arrecadou 19 prémios na edição deste ano dos World Travel Worlds, evento realizado no Funchal, ou seja, mais sete que na edição passada de 2023.

Braga recebeu, pelo segundo ano consecutivo, a premio de destino emergente, enquanto o Algarve foi eleito, novamente, melhor destino de praia do mundo, prémio que recebera em 2020 e 2021, Lisboa tornou-se no melhor destino para escapadas urbanas e a melhor cidade de património, e, mais acima, o Porto recebeu o prémio de melhor destino metropolitano à beira-mar, a Madeira foi declarada pela 10.ª vez consecutiva o melhor destino insular e os Açores o melhor destino para turismo de aventura.

Além dos prémios entregues às regiões de Portugal, os Passadiços do Paiva foram distinguidos como melhor atração para turismo de aventura, o Dark Sky Alqueva o melhor projeto de turismo responsável e a Parques de Sintra – Monte da Lua a melhor empresa do mundo em conservação.

Já a TAP repetiu os prémios de companhia líder nas ligações aéreas a África e América do Sul.

Na hotelaria, a Amazing Evolution também repetiu o prémio de líder na gestão de hotéis boutique, o Olissipo Lapa Palace foi eleito melhor hotel clássico, o Dunas Douradas Beach Club melhor resort de golf e villas e o Bairro Alto Hotel melhor hotel histórico de referência.

Ainda na hotelaria, o Savoy Palace, local que recebeu a gala, foi eleito melhor hotel de luxo, e o The Reserve, do mesmo grupo, alcançou o prémio de melhor boutique hotel de luxo, enquanto o Saccharum (também pertencente ao Savoy, mas na Calheta) passou a ser considerado o melhor retiro.

Conheça abaixo a lista completa dos 19 galardões entregues.

  • World’s Leading Adventure Tourism Destination 2024: Região Autónoma dos Açores;
  • World’s Leading Adventure Tourist Attraction 2024: Passadiços do Paiva (Arouca UNESCO Global Geopark);
  • World’s Leading Airline to Africa 2024: TAP Air Portugal;
  • World’s Leading Airline to South America 2024: TAP Air Portugal;
  • World’s Leading Beach Destination 2024: Algarve;
  • World’s Leading Boutique Hotel Operator 2024: Amazing Evolution;
  • World’s Leading City Break Destination 2024: Lisboa;
  • World’s Leading Classic Hotel 2024: Olissippo Lapa Palace Hotel;
  • World’s Leading Conservation Company 2024: Parques de Sintra – Monte da Lua;
  • World’s Leading Emerging Tourism Destination 2024: Braga;
  • World’s Leading Golf & Villa Resort 2024: Dunas Douradas Beach Club;
  • World’s Leading Heritage City Destination 2024: Lisboa;
  • World’s Leading Island Destination 2024: Região Autónoma da Madeira;
  • World’s Leading Landmark Hotel 2024: Bairro Alto Hotel;
  • World’s Leading Luxury Boutique Hotel 2024: The Reserve;
  • World’s Leading Luxury Hotel 2024: Savoy Palace;
  • World’s Leading Retreat 2024: Saccharum;
  • World’s Leading Seaside Metropolitan Destination 2024: Porto;
  • World’s Responsible Tourism Award 2024: Dark Sky Alqueva.
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Secrets Playa Esmeralda Resort&Spa 5*

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“O cliente português é mais exigente que o espanhol”, admite José Luis Lucas (Hyatt Inclusive Collection)

Em Portugal para acompanhar a apresentação da oferta e das novidades da Hyatt Inclusive Collection, José Maria Lucas, responsável pela representação da marca para o mercado ibérico, admitiu que, “mais slots existissem em Lisboa, mais clientes portugueses teríamos a voar para o Caribe e para os nossos hotéis”.

Victor Jorge

A Hyatt Inclusive Collection partilhou o RoadShow da Ávoris, realizado em Lisboa, para dar a conhecer as suas novidades para o próximo ano de 2025, apresentando duas novas unidades para República Dominicana, mais concretamente para Miches, com abertura agendada para abril de 2025: Secrets Playa Esmeralda Resort&Spa 5* e Dreams Playa Esmeralda Resort&Spa 5*.

Ao Publituris, José Maria Lucas, responsável pela representação da marca para o mercado ibérico, admitiu que, com a oferta aérea para La Romana, na República Dominicana, “o mercado português está mais recetivo a disfrutar da oferta desse país do que do México”, explicando que, “com a passagem a dois voos, já que a oferta de voos passou para a República Dominicana (La Romana e Punta Cana) e só existindo um para o México (Cancun), é natural que esta conectividade determine o volume de passageiros para um destino e outro”.

Além disso, admite que o portfólio de marcas, “que é enorme”, é “sempre condicionado “pelo preço”, apesar de frisar que “a relação preço-qualidade é difícil de bater”, reconhecendo, contudo, que “o cliente português é mais exigente que o espanhol. O cliente português sabe muito bem o que quer e reconhece o que tem qualidade”, diz, revelando que, por exemplo, “o cliente português, a primeira pergunta que faz, é se a praia para onde pretende viajar tem sargaço, o que condiciona, automaticamente, a escolha”.

Além das duas novas unidades a inaugurar em abril de 2025, localizadas numa zona (praticamente) virgem – Secrets Playa Esmeralda e Dreams Playa Esmeralda – em Miches, estes dois novos hotéis serão, na realidade os primeiros a instalar-se na zona, havendo ainda uma terceira novidade, com o novo Dremas Cap Cana de 5 estrelas, perto de Punta Cana.

“Estas duas novas unidades acrescentam, de facto, valor à nossa oferta e serão, espero, um sucesso junto dos nossos clientes portugueses. São unidades a estrear, de luxo, numa praia paradisíaca e não explorada. Na realidade, é este tipo de oferta que os clientes portugueses procuram cada vez mais”, reconhecendo, no entanto, que “cerca de 65% do que é vendido incide nas marcas Dreams e Sunscape”.

Quanto à recetividade dos agentes relativamente aos novos hotéis e respetivas marcas, José Maria Lucas admite que “custou um pouco, já que houve uma integração no universo Hyatt, com o surgimento de novas marcas que concorrem com outras já estabelecidas e bem conhecidas”. O responsável pelo mercado ibérico reconhece, no entanto, que estar inserido num universo como a Hyatt é uma “vantagem, tratando-se de uma marca internacional, muito prestigiada”. Daí focar o “esforço que foi feito em dar a conhecer todo este novo universo através de um excelente trabalho comercial e com presença em eventos como a BTL, Mundo Abreu ou através de webinars, ações de formação e, claro, muita informação”.

Importante é, também, o passa-palavra que José Maria Lucas entende como a “melhor ferramenta de marketing” e que “fideliza” muito o cliente. “Um cliente que fique satisfeito com a estadia nas nossas unidades, fideliza-se e traz outros clientes que, por sua vez, também se fidelizam”.

Dreams Playa Esmeralda Resort&Spa 5*

Sem ter objetivos traçados em termos de volume de clientes para o mercado português, o responsável da Hyatt afirma que “quanto mais, melhor”. E aqui entra a limitação na oferta a área que “condiciona bastante”, admitindo que, “mais slots existissem em Lisboa, mais clientes portugueses teríamos a voar para o Caribe e para os nossos hotéis. Para La Romana a nossa oferta vai de meados de junho a finais de setembro e para Cancun da Semana Santa a outubro e com lugares condicionados comparativamente com Espanha. Se Lisboa tem dois voos para a República Dominicana, Espanha possui 11 charters, mais toda a oferta das linhas regulares”.

Assim, coloca-se a pergunta se há muitos portugueses a deslocarem-se a Madrid para apanhar voos para os destinos no Caribe? E a resposta de José Maria Lucas é: “cada vez mais. Basta reconhecer que, a partir de Lisboa, o voo é semanal, enquanto de Madrid é diário. E acresce que, quem sai de Madrid ainda tem uma poupança, já que o preço, por norma, é mais barato”.

“O cliente que pretende passar 10 dias na República Dominicana tem a vida dificultada. Ou passa 7 ou 14. Se quiser passar outro período, já terá de ir apanhar o voo a Madrid”, admitindo que “estamos a fomentar junto dos agentes de viagens que não condicionem o cliente. Se o cliente pretender outro período que não sejam os 7 dias, pois é fácil ir a Madrid e permanecer mais tempo”.

Solução apontada por José Maria Lucas para este fluxo é, também, a existência da Alta Velocidade, “o que faria com que ainda mais portugueses optassem, eventualmente, por sair de Madrid”.

Outra das ofertas que passa a estar disponível são as estadias combinadas, ou seja, o cliente possui a possibilidade de voar para La Romana e no regresso sair de Punta Cana, o que para o responsável da Hyatt, “é mais um serviço facilitador para quem pretenda ir à República Dominicana”.

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EPHTL junta alunos e profissionais para debater perspectivas no setor

A mesa-redonda “Estágio e agora?! Uma nova realidade”, dinamizada pela Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa (EPHTL), já conta com duas edições.

A Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa (EPHTL) dinamiza a 2ª edição da mesa-redonda “Estágio e agora?! Uma nova realidade” na próxima terça-feira, 26 de novembro.

A sessão decorre no Lumen Hotel às 15h00, tendo como objetivo reunir alunos desta instituição de 11.º ano, nomeadamente dos cursos de Alojamento Hoteleiro, Turismo, Cozinha/Pastelaria e Restaurante/Bar, com profissionais do setor.

Para o efeito, o evento conta com duas mesas-redondas.

A primeira será moderada por João Dionísio, diretor do Inatel Costa Caparica, e terá como oradores Sérgio Bernardo, diretor do Lumen Hotel; Nuno Leandro, membro da direção da Associação de Diretores de Hotel de Portugal; Nuno Francisco, subdiretor em Portugal das Viagens El Corte Inglés; Rita Pereira, responsável de Recursos Humanos da Portway; e Liliana Conde, especialista em consultoria em gestão hoteleira e Corporate Happiness.

Já a segunda mesa-redonda contará com antigos alunos da EPHTL, como André Nunes, diretor do Pestana Beloura; Daniela Simões, assistente de direção de alojamento Radisson Hotel em Malta; Gilda Santos, chefe de sala; Rafael Santos, chef-executivo do restaurante Bardô Brasserie; e Beatriz Almeida, técnica de turismo. Estes profissionais irão partilhar as suas experiências e percursos no setor turístico e hoteleiro.

Os oradores vão abordar temas como a importância da carreira em hotelaria, a visão sobre recursos humanos no setor e as competências necessárias para quem pretende destacar-se na indústria do turismo e hotelaria.

A ideia passa por “transmitir aos alunos uma visão realista e prática sobre os desafios e oportunidades que os aguardam nestas áreas profissionais, desmistificando o receio de entrar pela primeira vez em estágio”, como explica João Dionísio, diretor do Inatel Costa da Caparica e formador no EPHTL, responsável pela conceção do evento.

O evento, cujas inscrições já se encontram encerradas, conta com 110 alunos inscritos.

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Cinco hotéis da AP Hotels & Resorts distinguidos com o selo Save Water

O selo é atribuído aos estabelecimentos que cumpram um conjunto de medidas com o objetivo de reduzir o consumo de água em 15%, quando comparado com o período homólogo.

O grupo AP Hotels & Resorts foi reconhecido com o selo Save Water em cinco das suas unidades, nomeadamente o AP Victoria Sports & Beach, o AP Oriental Beach, o AP Eva Senses, o AP Maria Nova Lounge e o AP Cabanas Beach & Nature.

Coordenado pela Região de Turismo do Algarve, em articulação com o Turismo de Portugal e com a ADENE – Agência para a Energia, este selo é atribuído aos estabelecimentos que cumpram um conjunto de medidas com o objetivo de reduzir o consumo de água em 15%, quando comparado com o período homólogo.

Para o efeito, é estabelecido um “plano de ação” para colocar em prática as medidas escolhidas pela unidade. De acordo com o grupo hoteleiro, as unidades dos AP Hotels & Resorts comprometem-se a realizar 10 medidas, sendo que duas delas já foram executadas, como refere em comunicado.

A lista de medidas inclui a adoção de torneiras eficientes nas instalações sanitárias e nas cozinhas de restauração; assegurar uma taxa de renovação diárias de água igual ou inferior a 3% do volume da piscina; minimizar as necessidades de reposição com água potável da rede mediante preservação da qualidade da água da piscina e reduzir ou adaptar as técnicas de limpeza de pavimentos e superfícies exteriores.

Estão também listadas medidas no que diz respeito à consciencialização dos hóspedes, seja através da redução da substituição de roupa de cama e toalhas, seja no reforço de sinalética que relembra para a redução do tempo dos banhos, por exemplo.

Está ainda contemplada a realização de ações de formação, capacitação e sensibilização dos funcionários para a redução do consumo de água, bem como a verificação e manutenção imediatas de todos os equipamentos, dispositivos e instalações utilizadoras de água.

Os impactos das medidas implementadas serão medidos e divulgados posteriormente junto dos colaboradores e clientes, “estimulando a continuação e reforço do compromisso com a eficiência hídrica”.

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Vila Galé cria parceria com a VilacomVida para promover inclusão e diversidade laboral

A colaboração prevê a integração de dois jovens com necessidades específicas nos hotéis do Vila Galé, além da criação de um ponto de venda de café e merchandising do Café Joyeux dentro do hotel Vila Galé Cascais.

O grupo hoteleiro Vila Galé associou-se à Associação VilacomVida com o intuito de promover a inclusão e a diversidade em contexto laboral. Esta Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) proporciona formação e emprego a jovens-adultos com dificuldades intelectuais e do desenvolvimento e representa a marca Café Joyeux em Portugal.

Através desta parceria, o grupo hoteleiro vai dar início à criação de um projeto-piloto para a integração de dois jovens com necessidades específicas no hotel Vila Galé Cascais e na pizzaria Massa fina, do hotel Vila Galé Estoril.

Esta colaboração com o Vila Galé inclui ainda um conjunto de apoios à VilacomVida e ao Café Joyeux, estando prevista a criação de um ponto de venda de café e merchandising do Café Joyeux dentro do hotel Vila Galé Cascais. O grupo hoteleiro tem ainda em vista o apoio a um colaborador dos Cafés Joyeux.

Os clientes dos Cafés Joyeux vão também, a partir de agora, poder acompanhar as suas refeições com os vinhos do grupo Vila Galé, que terão um novo rótulo criado especialmente para o Café Joyeux.

“Esta parceria é uma forma de concretizar a missão do Vila Galé para o desenvolvimento de um turismo mais sustentável do ponto de vista social, contribuindo dessa forma para uma sociedade mais humana e mais inclusiva. Com este modelo pretendemos mudar comportamentos e atitudes, influenciando colaboradores e clientes a adotarem um comportamento socialmente responsável nas suas vidas”, explica Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do Vila Galé.

“Na VilacomVida, e nos Cafés Joyeux, temos como missão trazer a diferença para o centro das nossas cidades e das nossas vidas, e o terceiro setor é fundamental para esta transformação positiva da sociedade. A colaboração com empresas de referência como o grupo Vila Galé permite-nos eliminar o estigma associado às pessoas com dificuldades intelectuais e do desenvolvimento e mostra-nos que, juntos, estamos no caminho certo para uma sociedade mais inclusiva e onde a diferença é celebrada”, afirma Filipa Pinto Coelho, presidente da associação VilacomVida e CEO do Joyeux em Portugal.

A parceria prevê também o desenvolvimento de ações de formação e teambuilding com os colaboradores do Vila Galé, com vista a sensibilizar para a necessidade de inclusão da diferença no seu dia-a-dia.

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Alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganham medalhas internacionais

Seis alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganharam medalhas em duas competições internacionais dinamizadas pela Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo (AEHT) e European Association of Hotel and Tourism Schools (EURHODIP).

Três medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze foi o resultado da participação dos alunos da rede de escolas do Turismo de Portugal em duas competições internacionais.

O ouro foi para Inês Claro, Augusto Pimentel Lobo e Rita Nunes Camacho, respetivamente das Escolas de Hotelaria e Turismo (EHT) de Lamego, Setúbal e Oeste.

A prata foi para Baltazar Santana, da Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão e os dois bronzes foram para Lara Gomes e Dinis da Silva, respetivamente das EHT do Algarve e do Porto.

As seis medalhas foram conquistadas em duas competições, nomeadamente o concurso de Hotelaria e Turismo, dinamizados pela AEHT – Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo realizado em Riga, Letónia, e a competição organizada pela EURHODIP – European Association of Hotel and Tourism Schools, em Túnis, Tunísia.

Os dois campeonatos juntaram cerca de 500 alunos de 24 países da Europa, competindo em 17 modalidades que representam todas as áreas técnicas do Turismo, Hotelaria e Restauração.

As duas competições anuais que visam promover a excelência e a inovação nas áreas da hotelaria e do turismo, reúnem estudantes, professores e profissionais do setor para estimular o intercâmbio de conhecimentos e fomentar a colaboração entre instituições educativas e empresas do setor.

Para Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, “a conquista destes prémios por seis alunos das Escolas do Turismo de Portugal em dois prestigiados concursos internacionais representa não apenas um motivo de orgulho, mas também um exemplo inspirador do talento e da dedicação que caracterizam a formação em turismo no nosso país. Estes reconhecimentos internacionais reforçam a importância de continuar a investir na qualificação de excelência, elevando o nome de Portugal no setor e motivando futuros profissionais a abraçarem esta área com ambição e paixão.”

Refira-se que a rede de Escolas do Turismo de Portugal tem desempenhado um papel crucial na formação de profissionais para o setor, aliando técnicas modernas a uma abordagem prática e inovadora. A participação em competições internacionais como o Concurso Interescolas ou campeonatos europeus, permite aos alunos experimentar o que de melhor se faz na área a nível nacional e internacional, promovendo o desenvolvimento de competências essenciais e o networking com outros futuros profissionais.

Fica a lista completa dos medalhados portugueses, das respetivas competições e categorias:

Medalhas de Ouro

  • Inês Claro / EHT Douro-Lamego | concurso de Restaurante, da AEHT
  • Augusto Pimentel Lobo / EHT Setúbal | no concurso de F&B Management, da EURHODIP
  • Rita Nunes Camacho / EHT do Oeste | concurso de Tourism Management, da EURHODIP

Medalha de Prata

  • Baltazar Santana / EHT de Portimão | concurso de Culinary Arts, da EURHODIP

Medalhas de Bronze

  • Lara Gomes / EHT do Algarve | concurso de Barista, da AEHT;
  • Dinis da Silva / Escola de Hotelaria e Turismo do Porto | concurso Decathlon, da AEHT
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NH Collection Gent

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Minor Hotels abre oficialmente as portas do NH Collection Gent

Com esta abertura hoteleira no centro histórico de Gent, a Minor Hotels Europe & Americas passa a contar com quatro hotéis da marca NH Collection Hotels & Resorts na Bélgica.

No início deste mês, a 4 de novembro, a Minor Hotels abriu as portas do seu mais recente hotel na Bélgica, o NH Collection Gent.

Com o lançamento deste hotel da NH Collection no centro histórico de Gent, a Minor Hotels Europe & Americas reforça a presença da marca NH Collection Hotels & Resorts na Bélgica, onde já detém uma propriedade em Antuérpia e duas em Bruxelas.

Parcialmente alojado num edifício restaurado da Feira Mundial de 1913, o hotel homenageia as figuras mais importantes dos têxteis de Gent do século XIV. Inspirado nas obras de Hendrik Conscience, romancista popular flamengo, o NH Collection Gent conta a história do amor proibido entre Veerle Van Artevelde e Lieven Denys, desde a cripta medieval de Denys, do século XIII, até ao Grand Café Van Artevelde.

O NH Collection Gent, de quatro pisos, conta com 174 quartos, sendo que as suites júnior apresentam os nomes dos membros da família Van Artevelde, figuras que se destacaram na história da indústria têxtil de Gent.

NH Collection Gent

Créditos: DR

Além do pequeno-almoço buffet, servido no Restaurante Spinners, a oferta de comidas e bebidas do hotel é composta pelo Grand Café Van Artevelde, onde podem ser “saboreadas especialidades locais e cervejas belgas”, e pelo Dyers Courtyard, dedicado a refeições ligeiras, como referido em nota de imprensa.

Das restantes valências do NH Collection Gent fazem parte um ginásio, sauna e dez salas para reuniões e eventos, com capacidade para 400 convidados.

Um quarto duplo no NH Collection Gent para dois hóspedes tem o valor base de 150 euros por noite, incluindo pequeno-almoço e excluindo impostos municipais.

NH Collection Gent

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Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”

O novo programa gratuito “Business Analytics in Tourism”, lançado pelo Porto Business School e a NOVA Information Management School – NOVA IMS, capacita profissionais do setor em análise de dados e gestão estratégica.

O curso, que decorre entre 9 de dezembro de 2024 e 14 de março de 2025, e cujas as inscrições já estão abertas, foi desenvolvido para capacitar profissionais do turismo em competências avançadas de análise de dados e gestão estratégica.

Integrado no projeto “Acelerar e Transformar o Turismo” (ATT), e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o programa visa preparar as organizações turísticas para enfrentar as exigências de um mercado em rápida mudança, promovendo a competitividade, sustentabilidade e inovação na experiência do turista.

Com um total de 68 horas de formação, distribuídas entre módulos online e presenciais, o programa oferece uma experiência prática e orientada para resultados tangíveis. Os participantes terão, assim, a oportunidade de aplicar ferramentas de análise de dados para antecipar tendências e otimizar a experiência turística, adquirir competências em Big Data e Inteligência Artificial (IA) para personalizar serviços e desenvolver estratégias que aumentem a competitividade e diferenciação das suas organizações. A formação será ministrada por especialistas internacionais e focada numa aplicação prática imediata.

Dirigido a profissionais e entidades do setor turístico, incluindo organizações públicas, privadas, startups e associações regionais, o programa é acessível a pessoas de diferentes backgrounds técnicos, promovendo uma experiência de aprendizagem abrangente e inclusiva. Além disso, o programa será certificado, conferindo aos participantes um reconhecimento formal das competências adquiridas.

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ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais

A instituição tem sido requisitada por cadeias de hotéis da Grécia, Espanha e Dubai, que procuram estudantes de hotelaria e turismo desta escola para estágios.

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) aumentou em 25% no número de estagiários colocados fora do país.

De acordo com a instituição, 112 dos 754 estagiários do ano letivo 2023/2024 foram colocados em estágios fora do país, em 16 latitudes – um aumento de 25% face ao ano letivo anterior, em que foram registados 90 estágios internacionais.

No pódio de destinos surgem a Grécia – principalmente os grupos Sani/Ikos e Nana Hotels –, que acolheu mais de metade dos estudantes (53%), seguida de Espanha (18%) e do Dubai (10%), na sequência de um protocolo celebrado com o grupo Jumeirah Hotels and Resorts.

A lista de destinos onde os estudantes da ESHTE estão a cumprir períodos de formação remunerada incluem ainda Marrocos, Cabo Verde, Inglaterra, França, Chéquia, Países Baixos, Canadá, St. Martin, São Tomé e Príncipe, Irlanda do Norte, Alemanha, Áustria e Dinamarca.

Os 112 estudantes a cumprir estágios internacionais provêm das cinco licenciaturas da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, com predominância do curso de Direção e Gestão Hoteleira, seguido de Produção Alimentar em Restauração, Gestão Turística, Informação Turística e Gestão do Lazer e Animação Turística.

“Na ESHTE, os estágios têm um caráter obrigatório, logo no segundo ano, porque são fundamentais para a ambientação dos estudantes ao contexto do mercado de trabalho, e não raras vezes resultam em propostas de trabalho após a conclusão dos cursos. O nosso ensino com pendor aplicado é muito valorizado pelo mercado e a procura pelos nossos estudantes continua a superar largamente a oferta”, salienta Carlos Brandão, presidente da instituição.

No seguimento da aposta na oferta de estágios internacionais, a ESTHE abriu portas para um evento da Placement International, uma empresa suíça de recrutamento e colocação especializada na indústria de hospitalidade de luxo.

Na sessão, realizada no Auditório do Centro de Incubação de Base Tecnológica do Turismo (CIBT), a Placement International apresentou um portefólio com diversas opções de estágios internacionais, com enfoque em dois hotéis Ritz-Carlton localizados na Flórida, nos Estados Unidos da América.

“A procura internacional é uma tendência que tem vindo a acentuar-se e os indicadores apontam para um contínuo crescimento ao longo dos próximos anos. Por um lado, é o reflexo de um mundo cada vez mais globalizado. Por outro, reflete o desejo dos próprios estudantes. Não são apenas as questões financeiras que os movem, mas sim o desejo de ter uma visão mais alargada, de trabalharem pela primeira vez fora do país e, regressando, evoluírem na carreira com mais mundo, com maior conhecimento sobre diferentes realidades”, sintetiza João Pronto, professor-adjunto e coordenador de estágios da instituição.

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