Hotel 4.0: “A transição digital só faz sentido se as pessoas forem as suas beneficiárias”
A 2.ª edição da Conferência Hotel 4.0 Talks decorreu esta terça-feira, 19, em Coimbra.

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“Estamos bem posicionados, mas podemos melhorar e proporcionar melhores experiências aos turistas. O digital ajuda-nos a ter experiências fluidas, mas o digital não é o que nós queremos, mas sim o que os clientes querem. Por isso, a transição digital só faz sentido se as pessoas forem as suas beneficiárias”, referiu Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal, esta terça-feira, 19 no âmbito da 2.ª edição da Conferência Hotel 4.0 Talks, iniciativa promovida em Coimbra pela AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, e que teve como tema a transição digital como fator de sustentabilidade no turismo.
A progressiva transformação digital da atividade turística, nomeadamente da hoteleira, é verdadeiramente fundamental, mas os empresários não podem nunca esquecer-se de que as pessoas estão em primeiro lugar. Esta foi uma das conclusões da conferência.
“O turismo, e a hotelaria em particular, são setores que, há muito, lideram esta transformação. Mas não podemos ver a tecnologia como um fim em si mesmo. A digitalização ajuda a simplificar as soluções, mas a digitalização não é desumanização: as pessoas serão sempre essenciais no processo. Com esta transformação, estamos a caminhar para um futuro em que as pessoas irão ocupar funções onde realmente acrescentam valor”, explicou Tiago Quaresma, vice-presidente da AHRESP e administrador do grupo O Valor do Tempo.
“Nem tudo precisa de ser digitalizado. É preciso conhecer o cliente e perceber o que ele quer que esteja digitalizado. A digitalização não deve estar à frente das necessidades, mas sim o contrário”, sublinhou Roberto Antunes, Diretor Executivo do Centro de Inovação do Turismo.
Já Luís Ferreira, CEO da Birds & Trees, lembrou que a transformação digital em curso e a recente pandemia alteraram o panorama geral. “O mercado do turismo mudou. O mercado de 2021 não é o mesmo de 2019. Os turistas estão cada vez mais seletivos e autónomos. Hoje, três quartos do tempo da compra de uma viagem são usados sem contacto com empresas, pelo utilizador, sozinho. O turista está, muitas vezes, mais digitalizado que o hotel”, frisou.