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Pipeline de construção hoteleira na Europa regista ligeiro aumento

No relatório Q3 2023 Hotel Construction Pipeline Trend Report, da Lodging Econometrics (LE), os analistas dão conta que o pipeline total de construção hoteleira na Europa situa-se atualmente nos 1.673 projetos, com 249.264 quartos.

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Pipeline de construção hoteleira na Europa regista ligeiro aumento

No relatório Q3 2023 Hotel Construction Pipeline Trend Report, da Lodging Econometrics (LE), os analistas dão conta que o pipeline total de construção hoteleira na Europa situa-se atualmente nos 1.673 projetos, com 249.264 quartos.

No relatório Q3 2023 Hotel Construction Pipeline Trend Report, da Lodging Econometrics (LE), os analistas dão conta que o pipeline total de construção hoteleira na Europa situa-se atualmente nos 1.673 projetos, com 249.264 quartos – um aumento de 1% por projetos ano após ano (year-over-year, na sua sigla em inglês, YOY).

Todas as cadeias de luxo, upper upscale, upscale e económicas na Europa presentes no relatório apresentam aumentos anuais relativamente ao número de projetos em comparação com os totais do terceiro trimestre de 2022.

Os projetos de luxo aumentaram 2% no comparativo anual, com dez projetos a menos do que o recorde histórico do segmento, fechando o trimestre com 139 projetos e 18.515 quartos.

Já a escala da cadeia de luxo superior aumentou 3% em projetos YOY, com 284 projetos de 46.717 quartos, enquanto os projetos de gama alta na Europa aumentaram 3% ano após ano e representam 26% dos projetos em construção no país, com 439 projetos de 71.178 quartos.

Os projetos económicos cresceram 5% ano após ano, situando-se em 157 projetos com 20.042 quartos no final do trimestre.

No final do terceiro trimestre de 2023 estão registados 759 projetos em construção, num total de 114.842 quartos. Existem ainda 411 projetos, com 63.154 quartos, cujo início de construção está programado para os próximos 12 meses. Por outro lado, encontram-se em fase de planeamento inicial 503 projetos, com 71.268 quartos.

As conversões de marcas na região europeia aumentaram 15% nos projetos YOY, contabilizando atualmente 374 projetos com 49.893 quartos.

Também os inícios de construção cresceram 17% em termos homólogos, com 91 hotéis e 11.436 quartos, sendo que os anúncios de novos projetos (NPAs) aumentaram no terceiro trimestre 20% em termos homólogos, fechando o trimestre com 107 projetos e 13.536 quartos.

Reino Unido lidera pipeline europeu

O Reino Unido continua a ter o maior número de projetos no pipeline europeu no terceiro trimestre, com 322 projetos e 44.259 quartos. Segue-se a Alemanha, com 201 projetos e 32.889 quartos; Portugal, com 125 projetos e 15.055 quartos; e França, com 121 projetos e 13.613 quartos.

Na listagem sucede a Turquia, com um máximo histórico de 114 projetos e 16.907 quartos, um aumento de 33% nos projetos em relação ao ano anterior.

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As cidades europeias com mais projetos no final do trimestre são lideradas por Londres, com 79 projetos e 14 078 quartos, seguida por Istambul, que registou um aumento de 20% em termos de projetos YOY, com um recorde de 48 projetos, representando 7.936 quartos.

Segue-se Lisboa, com 37 projetos e 4.070 quartos; Dublin, com 34 projetos e um recorde de 6.492 quartos; e Dusseldorf, com 30 projetos e 5.465 quartos.

Até ao terceiro trimestre abriram na Europa 241 novos hotéis, representando 32.191 quartos. A previsão da Lodging Econometrics (LE) para a abertura de novos hotéis antecipa a inauguração de mais 99 novos hotéis e 13.519 quartos até ao final do ano.

Em nota de imprensa é referido que os analistas da LE esperam que as aberturas de novos hotéis continuem a aumentar nos próximos anos, já que está prevista a abertura de 356 hotéis e 48.888 quartos em 2024, um número que deverá subir em 2025 com a previsão de mais 406 novos hotéis e 56.127 quartos.

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AHP aponta para Carnaval “positivo” para a hotelaria nacional em 2025

Com a taxa de ocupação a situar-se nos 65% no período de Carnaval deste ano, a par de um preço médio de 122 euros a nível nacional, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) refere que este período foi “positivo” para a hotelaria em território nacional.

Após um inquérito aos seus associados, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) afirma que o período de Carnaval, que este ano decorreu de 28 de fevereiro a 4 de março, foi “positivo” para a hotelaria nacional.

O estudo da AHP, que contou com uma amostra de 307 empreendimentos associados, aponta para uma taxa de ocupação nacional de 65%, liderada pelas regiões da Madeira (80%), da Península de Setúbal (69%) e da Grande Lisboa (68%). A Região Autónoma dos Açores registou a taxa de ocupação mais baixa para este período.

O preço médio por quarto ocupado (ARR, na sigla em inglês) a nível nacional foi de 122 euros, sendo que o valor mais elevado se verificou na Grande Lisboa, a 161 euros. Nas regiões da Madeira e do Norte, o preço médio situou-se nos 134 e 130 euros, respetivamente.

Já a receita por quarto disponível (RevPAR, na sua sigle em inglês), que ficou nos 80 euros a nível nacional, foi mais elevada na Grande Lisboa e na Madeira, atingindo os 110 e os 107 euros, respetivamente.

A maioria dos inquiridos assinalou melhorias nos principais indicadores – taxa de ocupação, preço médio por quarto (ARR) e receita por quarto disponível (RevPAR) – quando comparados com o mesmo período de 2024.

Os principais mercados no período de Carnaval deste ano foram Portugal, Espanha e os Estados Unidos da América. Em algumas regiões, como o Algarve e a Madeira, mercados como Alemanha e Reino Unido também se destacaram.

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AHP: Hotéis da Madeira, Lisboa e Algarve são os mais procurados para a Páscoa

De acordo com o mais recente inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), a Madeira apresenta-se como o destino mais procurado para o período da Páscoa, com uma taxa de ocupação prevista de 83%, seguida pela Grande Lisboa e o Algarve. Para o fim-de-semana de Páscoa, a ocupação média nacional prevista é de 73%.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) indica que as perspectivas para o fim de semana de Páscoa, de 18 a 21 de abril, apontam para uma ocupação média prevista de 73%, após recolher dados junto de 307 empreendimentos turísticos associados.

Até 13 de abril, data em que a associação encerrou a recolha de dados, as reservas “on the books” apontavam para uma taxa de ocupação nacional de 64% no fim de semana de Páscoa, com o preço médio por quarto (ARR, na sua sigla em inglês) a situar-se nos 161 euros.

Já para o período das férias escolares, que decorrem de 7 a 21 de abril, a taxa de ocupação nacional prevista é de 73%, sendo que o preço médio poderá fixar-se nos 152 euros, de acordo com as reservas pendentes.

Madeira lidera preferências para a Páscoa

Segundo os dados recolhidos pela AHP, a Madeira afirma-se como o destino mais procurado para esta época, com uma taxa de ocupação prevista de 83% e um ARR “on the books” de 152 euros.

Segue-se a Grande Lisboa, para onde está prevista uma ocupação de 78% e o preço médio mais elevado do país, de 210 euros. O Algarve revela uma previsão de ocupação na ordem dos 72%, com um ARR de 138 euros.

A AHP indica ainda em nota de imprensa que regiões como o Norte (71%) e Açores (70%) “apresentam igualmente boas perspetivas de ocupação, embora com valores médios mais moderados”.

Já regiões como o Centro (56%) e o Alentejo (61%), “apesar de registarem crescimentos em reservas, apresentam níveis de ocupação abaixo da média nacional” – com o Alentejo a “compensar com valores mais elevados no ARR previsto”.

Nacionais lideram nos principais mercados

Tanto no período de férias escolares como no fim-de-semana de Páscoa, os nacionais encabeçam o TOP 3 dos principais mercados emissores para os hotéis em Portugal.

Para a época das férias escolares, o mercado nacional é apontado por 77% dos hoteleiros inquiridos como um dos seus principais três mercados. Segue-se o Reino Unido (indicado por 51% dos inquiridos) e os Estados Unidos (44% dos inquiridos).

Em algumas regiões, destaque para os Estados Unidos – apontado por 69% dos inquiridos em Lisboa – e para o Reino Unido – apontado por 98% dos inquiridos do Algarve e 91% da Madeira.

No fim de semana de Páscoa, Portugal mantém a percentagem de respondentes, seguida por Espanha, um mercado mencionado por 47% dos inquiridos como o seu TOP 3 de mercados para esta época, uma percentagem semelhante à do Reino Unido.

Os Estados Unidos e a Alemanha “mantêm-se como mercados internacionais relevantes”, com presença significativa em várias regiões do país, de acordo com a associação.

Booking mantém-se como principal canal de reserva

De acordo com os dados apurados pela AHP, a Booking mantém a posição de liderança nos principais canais de reserva, representando 95% das reservas para a época.

À plataforma seguem-se os websites próprios dos hotéis (90%) e a Expedia (38%). Nos destinos onde os Estados Unidos têm “particular relevo”, especialmente em Lisboa, a AHP refere que a Expedia faz parte dos três principais canais de reserva para 51% dos inquiridos.

“A Páscoa é, tradicionalmente, uma época importante para a hotelaria nacional e os dados que recolhemos reforçam, mais uma vez, essa tendência. Registamos um crescimento sustentado nas reservas, um aumento moderado nos preços e uma variação no peso relativo dos mercados emissores, com destaque para o crescimento do peso do Reino Unido e dos Estados Unidos, e uma menor quota comparada de França”, afirma Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP.

A profissional aponta ainda para “o peso crescente das reservas de última hora, que têm vindo a ganhar expressão nos últimos anos”. Por essa razão, afirma ser “expectável” que, em algumas regiões e hotéis, a taxa de ocupação “venha a aproximar-se dos 100% à medida que nos aproximamos do fim de semana pascal”.

O inquérito da AHP decorreu de 2 a 13 de abril junto dos empreendimentos associados da AHP. A amostra do estudo incluiu 307 empreendimentos, dos quais 14% no Norte; 10% no Centro; 7% no Oeste e Vale do Tejo; 28% na Grande Lisboa; 3% na Península de Setúbal; 6% no Alentejo; 15% no Algarve; 5% nos Açores e 12% na Madeira.

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Taxa de ocupação no Algarve regista ligeira descida em março

Em março, de acordo com dados da AHETA, as unidades de alojamento no Algarve registaram uma ligeira descida de 1,8 pontos percentuais (pp) na taxa de ocupação quarto face ao mês homólogo de 2024, situando-se nos 51,9%.

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) revela que, em março, a taxa de ocupação por quarto na região foi de 51,9%, abaixo do valor verificado em 2024 (-1,8pontos percentuais, -3,4%). No entanto, face a 2019, ano em que a data da Páscoa foi a 21 de abril, a ocupação quarto registou uma subida de 0,2pp (+0,4%).

O canadiano (+1,0pp) foi o mercado que registou o maior crescimento homólogo, seguido do neerlandês (+0,8pp), e o alemão (+0,4pp), enquanto o mercado britânico protagonizou uma descida homóloga de 1,6pp e o nacional de 1,4pp.

No que diz respeito à estadia média na região foi de 4,3 noites, 0,4 acima do verificado no mês de março do ano anterior, sendo que as mais prolongadas foram as do mercado norueguês, com 12,8 noites; do sueco, com 9,6; e do neerlandês, com 9 noites.

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Constituição de novas empresas de alojamento e restauração em Portugal desce 4% face a 2024

No primeiro trimestre de 2025, a Informa D&B dá conta de que o setor de alojamento e restauração registou uma quebra de 4% na constituição de novas empresas, face ao primeiro trimestre de 2024. No total, Portugal assistiu à criação de 14.909 empresas neste primeiro trimestre, uma descida de 1,9% face ao período homólogo, com menos 287 constituições.

O número de novas empresas constituídas no setor do alojamento e restauração desceu 4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao período homólogo.

Os dados pertencem à Informa D&B, que indica que no primeiro trimestre deste ano foram criadas 14.909 empresas em Portugal, o que corresponde a uma descida de 1,9% face ao trimestre homólogo, com menos 287 constituições.

A descida foi transversal à generalidade dos setores de atividade, sendo que a maior foi verificada na área dos transportes, com menos 346 constituições de novas empresas em relação ao primeiro trimestre de 2024 – uma descida de 25%. Neste setor, a queda mais acentuada verificou-se nas ‘atividades de serviços de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor’, com menos 490 constituições, numa descida de 46%.

Por outro lado, o setor da construção “é o que mostra maior consistência”, de acordo com a Informa D&B, já que tem vindo a aumentar o número de novas empresas “há vários anos consecutivos”.

A criação de empresas na agricultura e outros recursos naturais está a crescer desde o início deste ano e tem, no primeiro trimestre, o aumento percentual mais expressivo entre todos os setores.

Entre os setores a crescer neste indicador estão também as atividades imobiliárias (mais 322 constituições, num aumento de 23%), bem como as indústrias (mais 49 constituições, numa subida de 8,5%).

Créditos: Informa D&B

Menos empresas a encerrar

Até final de março, registaram-se 2.357 encerramentos de empresas em todo o país, o que corresponde a uma descida face ao trimestre homólogo.

No acumulado dos últimos 12 meses, encerraram 13.661 empresas, um registo 12% abaixo dos 12 meses anteriores. A descida deste indicador neste período foi transversal a todos os setores de atividade, com exceção dos Transportes, que teve mais 83 encerramentos no primeiro trimestre deste ano, num aumento de 10%.

Insolvências descem 7% no trimestre

As insolvências mostram sinais de quebra, “contrariando a tendência dos últimos dois anos”, segundo a Informa D&B. No primeiro trimestre deste ano, 507 empresas iniciaram um processo de insolvência, o que corresponde a uma descida de 7%, com menos 38 insolvências face ao período homólogo.

A descida verifica-se em metade dos setores de atividade, mas sobretudo no setor das Indústrias (menos 59 insolvências, numa descida de 35%), nomeadamente na indústria de têxtil e moda (menos 51 insolvências, numa descida de 48%) e nos distritos de Braga e Porto.

Em sentido contrário, destacam-se os serviços empresariais, com mais 21 insolvências, num aumento de 70%, em especial nos serviços de apoio às empresas (mais 20 insolvências, num aumento de 83%).

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Procura por alojamento na Páscoa em Portugal cresce 22,1% com tarifa média diária a subir 13,7%

A SiteMinder revela que as reservas de hotéis em Portugal para as férias da Páscoa de 2025 aumentaram 22,1% face ao mesmo período do ano passado, enquanto a tarifa média diária sobe 13,7%, passando de 208,64 euros em 2024 para 237,23 euros este ano, o que coloca o nosso país na liderança europeia neste indicador.

Os dados desta plataforma mundial de distribuição e receitas hoteleira, que comparam reservas nos mesmos estabelecimentos 30 dias antes da Páscoa de 2024 e 2025, revelam não apenas um aumento na procura, mas também uma maior antecedência na organização das viagens e uma crescente presença de turistas internacionais no país.

Os resultados da SiteMinder, atualizados a 18 de março, mostram que, durante o período de cinco noites deste feriado, as reservas por propriedade aumentaram significativamente. Além disso, a tarifa média diária (ADR) subiu 13,7%, passando de 208,64 euros em 2024 para 237,23 euros em 2025.

A Europa também regista um aumento significativo na tarifa média diária, mas Portugal e Espanha estão entre os líderes, com um aumento de 13,7% e quase 8%, respetivamente, em relação a este indicador. A tendência, segundo a SiteMinder, é acompanhada por outros países europeus, como Itália (+6,23%), Alemanha (+5,81%) e França (+5,61%).

Por outro lado, verifica-se que apesar da redução na duração das estadias, o tempo médio de antecedência das reservas aumentou 10,8% em relação ao ano passado, passando de 94,5 para 104,75 dias. No entanto, a duração média das estadias caiu 7,64%, passando de 2,88 para 2,66 noites.

A proporção de turistas internacionais em Portugal também cresceu significativamente. Em 2024, 72,59% das reservas eram de viajantes estrangeiros, e segundo os dados mais recentes de 2025, essa percentagem subiu para 83,07%, reforçando o posicionamento do país como um destino atrativo para o mercado global.

A plataforma analisou as reservas para o feriado do Dia do Trabalhador (1 de maio), que mostram sinais positivos para Portugal, com um aumento de 4,19% nas reservas em relação a 2024. A ADR também subiu 4,32%, passando de 229,08 euros para 238,99euros, acompanhada por um crescimento de 7,42% no tempo de antecedência das reservas, agora em 127,6 dias.

Apesar destes indicadores positivos para Portugal, tanto na Páscoa como no Dia do Trabalhador, James Bishop, vice-presidente de Ecossistema e Parcerias Estratégicas da SiteMinder alerta que “os hoteleiros devem manter-se atentos à tendência de reservas de última hora, especialmente por parte do mercado doméstico, que pode ainda influenciar os resultados finais”.

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Mais hóspedes, com menos dormidas, mas proveitos a subir, em fevereiro

Embora o mês de fevereiro mostre um ligeiro abrandar nas dormidas e no número de hóspedes, no que diz respeito aos proveitos compensaram. No acumulado do ano, os números do turismo em Portugal continuam a subir em todos os parâmetros.

Victor Jorge

No mês de fevereiro de 2025, o setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas, correspondendo a variações de 0,6% e -2,5%, respetivamente (+8,2% e +6,3% em janeiro, pela mesma ordem).

As dormidas de residentes totalizaram 1,375 milhões, tendo diminuído 0,8% face às 1,387 milhões de igual mês de 2024 (+11% em janeiro), enquanto os mercados externos apresentaram um decréscimo de 3,3% (+3,9% em janeiro), alcançando 2,795 milhões de dormidas, contra as 2,892 milhões de fevereiro do ano passado.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, por um lado, pelo efeito do período de férias associado ao Carnaval, que este ano ocorreu em março, enquanto no ano anterior se concentrou em fevereiro”. Por outro lado, refere o INE, “o mês de fevereiro deste ano teve menos dia que o ano anterior, uma vez que 2024 foi um ano bissexto”.

Em termos de dormidas, os dados do INE indicam uma liderança de Lisboa, com 1,170 milhões, correspondendo a uma ligeira descida de 5,6% face a fevereiro de 2024, sendo a única região a ultrapassar a fasquia do milhão.

Em segundo lugar, aparece o Algarve, com 776 mil dormidas, o que perfaz um decréscimo de 5,1% face a fevereiro do ano passado, surgindo o Norte em terceiro lugar, com 756 mil dormidas, uma subida de 0,9% face ao mês homólogo de 2024.

A maior subida nas dormidas, no mês de fevereiro, foi conseguida pela Península de Setúbal (+7,8%), enquanto nas descidas, a região do Oeste e vale do Tejo apresenta um decréscimo de 7,1%.

Subida dos residentes compensam descida dos não residentes
No que diz respeito aos hóspedes, contabilizados que foram 1,773 milhões de pessoas, os residentes somaram 817 mil, correspondendo a uma subida de 2,2% face a fevereiro de 2024, enquanto os não residentes totalizaram 957 mil, uma descida de 0,8% relativamente a igual período do ano passado.

Também aqui, a liderança pertence a Lisboa com 533 mil hóspedes numa descida de 1,6% relativamente a fevereiro de 2024, com a região Norte a ocupar a segunda posição com 427 mil hóspedes (+2,5%) e em terceiro lugar o Algarve com, 211 mil hóspedes (+0,9%).

Destaque para a subida a duplo dígito dos Açores (+11,3%), totalizando 49 mil hóspedes, enquanto a maior descida pertenceu à região do Oeste e vale do Tejo (-3,3%).

Dos mais de 957 mil hóspedes não residentes, Espanha liderou com 125 mil, aparecendo o Reino Unido (115 mil) e França (79 mil) em segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Já nas dormidas, os 10 principais mercados emissores, em fevereiro, representaram 72,1% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico a manter a liderança (16,4% do total das dormidas de não residentes em fevereiro), com 458 mil, apesar do decréscimo de 7,5% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em fevereiro (11,2% do total), diminuíram 5,1% para 313 mil. Seguiu-se o mercado espanhol, na 3.ª posição (quota de 8,3%), com um decréscimo de 8,4% para 231 mil.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em fevereiro, o mercado polaco foi o único a registar crescimento (+23,2%), atingindo os 119 mil. Nos decréscimos, destacou-se a variação registada do mercado brasileiro (-18,9%) para 130 mil.

Dormidas dos não residentes estagnam no primeiro bimestre
No acumulado do ano (janeiro-fevereiro), os dados divulgados pelo INE mostram uma subida de 4,1% no número de hóspedes, totalizando 3,378 milhões. Os residentes em Portugal somaram 1,564 milhões, numa evolução de 5,7%, enquanto os não residentes totalizaram 1,814 milhões, uma subida de 2,7% face aos dois primeiros meses de 2024.

Lisboa liderou no número de hóspedes, com 1,040 milhões (+3% face ao primeiro bimestre de 2024), seguindo-se o Norte com 812 mil (+4,7%) e o Algarve (375 mil, +3,3%). A região que mais cresceu no número de hóspedes neste primeiro bimestre de 2025 foram os Açores (+13,6%), não se registando qualquer descida nas regiões turísticas nacionais.

Nos hóspedes não residentes, Espanha foi quem registou maior número, com 228 mil, seguindo-se o Reino Unido (quase 200 mil) e EUA (152 mil).

Analisadas as dormidas nestes primeiros dois meses de 2025, o mercado nacional registou 7,840 milhões numa subida de 1,4% face ao período homólogo de 2024. Neste parâmetro, os residentes em Portugal somaram 2,642 milhões de dormidas, numa subida de 4,5% face aos primeiros dois meses de 2025. Já as dormidas de não residentes registaram uma descida de 0,1% para 5,198 milhões.

A região da Grande Lisboa aparece novamente a liderar neste campo, com 2,246 milhões de dormidas, embora registe uma descida de 0,3%. O Norte é a segunda região com mais dormidas, com 1,429 milhões, numa subida de 3,5% face a igual período do ano passado. Em terceiro lugar aparece o Algarve, com 1,347 milhões de dormidas, correspondendo a uma descida de 2,5% relativamente a janeiro-fevereiro de 2024.

A maior subida doi registada pela Península de Setúbal, com um incremento de 10,4%, para 164 mil dormidas, enquanto no capítulo das descidas, o Algarve reparte esta posição (-2,5%) com a região do Oeste e Vale do Tejo.

Por mercados emissores, das quase 5,2 milhões de dormidas, quase 810 mil foram de britânicos, surgindo a Alemanha em segundo lugar (580 mil) e Espanha na terceira posição (431 mil).

Mais proveitos
Apesar do decréscimo nas dormidas, os proveitos aumentaram em fevereiro, +4% nos proveitos totais e +3,4% nos relativos a aposento (+13,9% e +14,3% em janeiro, pela mesma ordem), atingindo 287,7 e 208,8 milhões de euros, respetivamente.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,5% dos proveitos totais – 99,4 milhões de euros – e 36% dos proveitos de aposento – 75 milhões de euros), seguida da Madeira (17,1% – 49 milhões de euros – e 16,7% – 35 milhões de euros, respetivamente) e do Norte (16,4% – 47 milhões de euros – e 16,5% – 34 milhões de euros, pela mesma ordem).

Os aumentos de proveitos mais expressivos ocorreram na Madeira (+16,7% nos proveitos totais e +20,7% nos de aposento) e na Península de Setúbal (+12,2% e +15,4%, pela mesma ordem). Os maiores decréscimos registaram-se no Oeste e Vale do Tejo (-3,1% e -0,7%, respetivamente) e no Alentejo (-2,4% em ambos).

Já no acumulado dos primeiros dois meses de 2025, os proveitos totais somaram quase 550 milhões de euros, numa subida de 8,5% face a igual período de 2024, enquanto os proveitos de aposentos totalizaram 398 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 8,3%.

Lisboa aparece em primeiro lugar com mais de 191 milhões de euros em proveitos totais (+5,1%), seguindo-se a Madeira com 99 milhões de euros (+22,9%) e o Norte com 90 milhões de euros (+8,2%).

No que diz respeito aos proveitos de aposentos, a liderança também pertence a Lisboa com 145 milhões de euros (+4,5%), seguindo-se a Madeira com 69 milhões de euros (+24,6%) e o Norte com 65 milhões de euros (+6,9%).

Estada média continuou a decrescer em fevereiro
Em fevereiro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,35 noites) continuou a diminuir (-3,1%, após -1,8% em janeiro). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,73 noites) e no Algarve (3,68 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,58 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,64 noites).

Em fevereiro, a estada média dos residentes (1,68 noites) diminuiu 3,0% e a dos não residentes (2,92 noites) decresceu 2,6%.

A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,33 noites) quer dos residentes (2,88 noites).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 39,6 euros em fevereiro, registando um aumento de 4,5% (+10,4% em janeiro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,9 euros (+4,9%, após +7,2% em janeiro).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Madeira (71,5 euros), seguindo-se a Grande Lisboa (64,7 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na Madeira (+22,4%) e na Península de Setúbal (+18,0%), enquanto no Alentejo se registou o maior decréscimo (-5,7%).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (110,2 euros), seguida da Madeira (100,1 euros), tendo esta última apresentado o maior crescimento neste indicador (+18,6%).

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Cushman & Wakefield: Investidos 2.380M€ no imobiliário comercial português em 2024

De acordo com a Cushman & Wakefield, o setor hoteleiro representou 21% do valor total transacionado no imobiliário comercial em 2024. A diversificação de operadores internacionais, especialmente nos segmentos full service e luxury, e o crescimento de apartamentos com serviços para estadias mais prolongadas são algumas das tendências apontadas pela consultora para a indústria.

Na 44ª edição do Marketbeat Portugal, a Cushman & Wakefield indica que foram investidos 2.380 milhões de euros no imobiliário comercial português em 2024, divididos entre os setores de escritórios; retalho; indústria e logística; hotelaria e residencial.

Segundo a consultora, as projeções para 2025 apontam para a continuidade do crescimento do investimento em imobiliário comercial no país, num total estimado de 2.560 milhões de euros – ou seja, um aumento de cerca de 8% face a 2024.

Com o setor do retalho a recolher a maior fatia de investimento em imobiliário comercial em 2024, de 50% do total transacionado, ao setor hoteleiro coube uma fatia de 21% deste investimento.

Seguiu-se o setor de escritórios, que contou com 14% do valor transacionado, e os ativos alternativos, que contaram com 11% do volume total do investimento, com destaque para o segmento de residências para estudantes.

O capital estrangeiro representou mais de 70% do investimento total em 2024, maioritariamente proveniente da Europa, com os mercados francês e espanhol a representarem, em conjunto, metade do volume estrangeiro.

No mesmo relatório, a Cushman & Wakefield aponta que o setor hoteleiro continuará a expandir-se com a diversificação de operadores internacionais, especialmente nos segmentos full service e luxury. Prevê ainda o crescimento dos apartamentos com serviços para estadias mais prolongadas.

Com o turismo nacional a “reforçar a sua competitividade através de experiências focadas em natureza, gastronomia e cultura”, a consultora refere que o mercado norte-americano “ganha relevância, enquanto o asiático mantém um elevado potencial de crescimento”.

No investimento, espera-se um aumento das transações na indústria hoteleira, de acordo com a Cushman & Wakefield, incluindo vendas de portefólios e plataformas operativas, “com investidores dispostos a pagar prémios por projetos alinhados com políticas de Environmental, Social e Governance (ESG)”.

“O setor imobiliário encontra-se no epicentro de uma profunda transformação, impulsionada por rigorosas exigências regulatórias e pela crescente procura por edifícios sustentáveis e alinhados com as práticas ESG. A integração desses critérios nas decisões de investimento tornou-se um imperativo estratégico para 2025, com fundos de investimento ESG a ganhar destaque e a atrair capital significativo. Estas tendências refletem uma mudança estrutural no setor, onde a sustentabilidade não é mais uma opção, mas um requisito essencial para a competitividade e o sucesso económico a médio-longo prazo”, sublinha Eric van Leuven, diretor-geral da Cushman & Wakefield em Portugal.

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Alojamento turístico em Portugal faturou 6,7MM€ no ano passado

O valor de faturação de 2024 adiantado pela Informa D&B, referente às várias tipologias de alojamento em Portugal, representa um crescimento de 10,9% face a 2023. De acordo com este observatório setorial, no ano passado foram registadas 80,3 milhões de dormidas, um aumento de 4% em relação ao ano anterior.

A faturação do alojamento turístico em Portugal atingiu os 6,7 mil milhões de euros em 2024, num crescimento de 10,9% face ao ano anterior, de acordo com os mais recentes dados da Informa D&B.

O estudo setorial inclui dados de hotéis, unidades de alojamento local, aparthotéis, apartamentos turísticos, estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação, aldeamentos turísticos, Pousadas e ‘Quintas da Madeira’.

No ano passado foram registados 31,6 milhões de hóspedes, um aumento de 5,2% em relação a 2023. Já as dormidas aumentaram para 80,3 milhões, mais 4% do que no ano anterior.

No caso dos hotéis em particular foram recebidos 20,8 milhões de hóspedes, 66% do total, que contribuíram com aproximadamente 48,8 milhões de dormidas, ou seja, cerca de 61% do total.

Já os estabelecimentos de Alojamento Local (AL) foram os que registaram maior crescimento em termos de dormidas, segundo a Informa D&B.

Mercados emissores

As dormidas realizadas pelos residentes em Portugal situaram-se na ordem dos 23,9 milhões, mais 2,4% do que em 2023.

Do lado dos residentes no estrangeiro, o crescimento foi de 4,8%. Entre os estrangeiros, os britânicos mantiveram-se como os clientes com maior destaque, representando 13% das dormidas totais, à frente dos alemães e dos espanhóis.

Contudo, a Informa D&B destaca os aumentos das dormidas realizadas pela população residente nos Estados Unidos da América (EUA) e dos Países Baixos, com crescimentos de 12% e 9%, respetivamente.

Capacidade hoteleira

No final de 2023, a capacidade hoteleira em Portugal era de cerca de 480 mil camas, mais 4,5% do que no ano anterior. Pouco mais de metade do número total de camas, ou seja, cerca de 250 mil, correspondia a hotéis, seguindo-se o segmento de alojamento local com 19%. O Algarve era a região com maior oferta de camas, com 28% do total, à frente da zona de Grande Lisboa, com 19%.

Considerando apenas os hotéis, é no arquipélago de Madeira e no Algarve que se localizam os de maior dimensão. Na Madeira, o número médio de camas por estabelecimento era de 274, enquanto no Algarve era de 259. Neste contexto, a Informa faz notar que o número médio de camas por estabelecimento era de 154.

Por categoria, os hotéis de 3 e 4 estrelas representavam 66% do número total e equivaliam a cerca de 70% da capacidade total deste tipo de estabelecimentos.

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Hotelaria de Lisboa e da Madeira mantém liderança em taxa de ocupação e RevPAR em 2024

Os hotéis situados na Grande Lisboa e na Região Autónoma da Madeira mantiveram a liderança em termos de taxa de ocupação e receita por quarto disponível (RevPAR) em 2024. Os resultados pertencem à Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que aponta o mercado nacional como o principal mercado no top 3 dos hoteleiros. Por outro lado, tem-se registado um “declínio da importância” do mercado francês em todas as regiões do país.

Carla Nunes

De acordo com o mais recente inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), os hotéis de Lisboa registaram uma taxa de ocupação média de 73% em 2024 (um aumento de 2% face a 2023), um preço médio de 199 euros (mais 18 euros em relação ao ano passado) e um RevPAR de 145 euros, ou seja, mais 16 euros que em 2023.

Já a hotelaria da Madeira registou em 2024 uma taxa de ocupação de 79%, um valor igual ao verificado no ano anterior, sendo que o preço médio situou-se nos 145 euros (um aumento de quatro euros em relação a 2023) e o RevPAR nos 115 euros, mais quatro euros que em 2023.

O balanço nacional feito pela AHP aponta para uma taxa de ocupação média hoteleira em 2024 de 65% (o mesmo valor de 2023), um preço médio de 146 euros (mais quatro euros face ao ano anterior) e um RevPAR de 95 euros (três euros acima do registado em 2023).

“Se a taxa de ocupação se manteve basicamente idêntica, sabemos que o RevPAR cresceu por força do preço médio, tendo sido puxado, no caso do preço médio, pela Grande Lisboa e Algarve. A Grande Lisboa e a Região Autónoma da Madeira foram os campeões nacionais em RevPAR”, apontou Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, na apresentação do balanço aos jornalistas.

Mercado francês em declínio em todas as regiões

Relativamente aos principais mercados de 2024, 89% dos hoteleiros inquiridos pela AHP apontou Portugal como fazendo parte do seu Top 3 de mercados. Seguiu-se o Reino Unido, indicado por 55% dos inquiridos como parte do seu Top 3 de mercados, e os Estados Unidos da América, apontado por 39% dos inquiridos.

Mercados como Espanha e Alemanha foram referidos por 37% e 31% dos inquiridos, respectivamente.

Neste ponto, Cristina Siza Vieira aponta para o posicionamento de França em sétimo lugar, tendo sido apontada apenas por 15% dos hoteleiros como um do seu Top 3 de mercados.

“Ainda que suave, tem havido um declínio da importância relativa do mercado francês em todas as regiões”, refere Cristina Siza Vieira, que aponta para a economia e instabilidade política em França como dois dos fatores responsáveis por esta quebra, a par de um possível desvio de hóspedes para o Alojamento Local (AL), um segmento não avaliado pelo estudo da AHP.

No que diz respeito aos canais de reserva, a plataforma Booking “voltou a ganhar terreno”, tendo sido indicada por 95% dos hoteleiros inquiridos como o seu principal canal de distribuição em 2024. Seguiu-se o website próprio, referido por 91% dos inquiridos.

Do lado oposto, a Expedia perde terreno nos principais canais de reserva no ano passado. Indicada em 2023 por 61% dos hoteleiros como o seu principal canal de distribuição, em 2024 foi referenciada apenas por 36% dos inquiridos.

Alentejo com “procura expressiva” para o Natal e Revéillon de 2024

O balanço hoteleiro de 2024 da AHP isolou ainda os resultados verificados durante o período de Natal e Revéillon, nos quais é dado conta de que o período do Natal “não tem a expressão na hotelaria que tem o Ano Novo”.

A média nacional do ano passado aponta para uma taxa de ocupação no período de Natal de 47% e um preço médio de 124 euros (mais 1 euro face a 2023).

Já no período de Revéillon de 2024, a taxa de ocupação média a nível nacional situou-se nos 67%, com o preço médio a cifrar-se nos 160 euros (menos 2 euros em relação a 2023).

Com a Grande Lisboa e a Região Autónoma da Madeira a registarem as taxas de ocupação e preço médio mais elevados para ambas as festividades, Cristina Siza Vieira não deixa de apontar para a “procura muito expressiva” pelo Alentejo, quer no Natal, quer no Ano Novo.

Nesta região em concreto, a taxa de ocupação no Natal foi de 45% (mais 12% face a 2023) e, no Revéillon, de 70% (um aumento de 8% em relação a 2023).

O inquérito “Balanço 2024 / Perspetivas 2025” foi realizado entre 2 e 31 de janeiro pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP junto dos empreendimentos turísticos associados.

O estudo contou com uma amostra de 328 empreendimentos situados em Lisboa (21% dos inquiridos), Algarve (18%), região Norte (14%), Região Autónoma da Madeira (11%), Alentejo (10%), região Centro (9%), Oeste e Vale do Tejo (8%), Região Autónoma dos Açores (6%) e Península de Setúbal (3%).

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Portugal é o terceiro destino mais atrativo para investimento hoteleiro na Europa

O European Hotels Investor Intentions Survey 2025, desenvolvido pela CBRE, aponta Portugal como o terceiro destino mais atrativo para investimento hoteleiro na Europa, a par do Reino Unido. Lisboa entra pela primeira vez neste ranking, sendo considerada como a quarta cidade mais atrativas para investimento no setor, precedida por Londres, Madrid e Roma.

Portugal chegou ao Top 3 de destinos mais atrativos para investimento hoteleiro na Europa, ocupando o terceiro lugar no ranking, a par de países como Espanha, em primeiro lugar, e Itália, em segundo lugar no pódio.

A cidade de Lisboa entra pela primeira vez neste ranking, ocupando o quarto lugar de cidades mais atrativas para investimento na indústria hoteleira.

Os dados são explanados no European Hotels Investor Intentions Survey 2025, desenvolvido pela CBRE, no qual é referido que os investidores demonstram “um otimismo crescente face ao desempenho do setor hoteleiro europeu”, com mais de 90% a planear manter ou aumentar a alocação dos investimentos.

“Embora os inquiridos prevejam que a situação geopolítica será o principal desafio para o investimento em 2025, a confiança no mercado hoteleiro europeu continua a crescer. Mais de 90% dos investidores estão dispostos a manter ou a aumentar a alocação de capital ao setor. O setor oferece retornos competitivos e o sentimento otimista dos investidores permanece, com boas perspectivas de rentabilidade e um desempenho superior relativo em relação a outras classes de ativos como principais razões para aumentar a sua alocação a hotéis”, refere a CBRE em nota de imprensa.

Espanha continua a ser o principal destino de investimento pelo segundo ano consecutivo, seguido por Itália, que este ano ultrapassou o Reino Unido pelo segundo lugar do ranking.

Se em Espanha o investimento é “apoiado pelos fundamentos do mercado a longo prazo e pela procura turística sustentada”, o crescente interesse no setor hoteleiro italiano “é generalizado, impulsionado pela oferta diversificada de hospitalidade do país e pelo surgimento de um novo grupo de hotéis de classe internacional”.

Com Portugal e o Reino Unido a partilharem o terceiro lugar, França e Grécia mantiveram o quarto e quinto lugar, respetivamente.

Ao nível de cidade, Londres continua a ser a principal escolha para investimento. Madrid solidificou o estatuto de segunda cidade mais atrativa para o investimento hoteleiro, com Roma a completar o Top 3 de cidades, subindo da quarta posição alcançada em 2024. Lisboa e Barcelona completam o Top 4 e 5, respetivamente.

De acordo com o estudo da CBRE, os investidores continuam a procurar o produto urbano, com 65% dos inquiridos a considerarem as cidades de entrada como os locais mais atrativos, dado “o seu estatuto como centros de procura a longo prazo, apoiados por viagens de negócios e de lazer resilientes”.

No mesmo estudo, 12% dos inquiridos afirmaram que as cidades secundárias são as oportunidades de investimento mais atrativas, “impulsionadas pela crescente confiança nos mercados turísticos emergentes, que são apoiados por infraestruturas melhoradas e mudanças nos padrões de viagem”.

“O atual desequilíbrio entre a oferta e a procura em toda a Europa continua a ser um fator-chave para o
setor”, refere Kenneth Hatton, diretor de hotéis europeus da CBRE. “Estamos a ver propostas fortes
de potenciais compradores que procuram adquirir os melhores ativos, refletidos nos volumes de
investimento hoteleiro do ano passado, que aumentaram 34% em relação a 2023, o maior aumento anual
para qualquer setor na região”.

Já Duarte Morais Santos, diretor de hotéis da CBRE Portugal, afirma que “o setor hoteleiro português tem vindo a consolidar a sua posição como um dos mais dinâmicos da Europa, impulsionado por um turismo resiliente e por um mercado cada vez mais sofisticado. O facto de Portugal ter subido quatro posições neste ranking reflete o reconhecimento da sua robustez e do potencial de crescimento sustentável”.

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