Hoteleiros apontam período de retoma para segundo semestre de 2022
De acordo com um estudo da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), 47% dos hoteleiros portugueses inquiridos indica que o período de retoma para o setor deverá ocorrer no segundo semestre de 2022.
Carla Nunes
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De acordo com um estudo da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), 47% dos hoteleiros portugueses inquiridos indica que o período de retoma para o setor deverá ocorrer no segundo semestre de 2022.
Os dados são de um inquérito realizado pela Associação de Hoteleiros de Portugal (AHP) apresentado esta segunda-feira, onde foi feito um balanço da Páscoa, concentrado no período de 11 a 18 de abril de 2022, e apontadas as perspetivas para o verão deste ano, entre junho e setembro.
Relativamente às perspetivas de retoma aos níveis de 2019, 47% dos inquiridos indicou que esta decorrerá no segundo semestre de 2022, enquanto 30% aponta para o segundo semestre de 2023.
Num outro inquérito da AHP, em 2020, e perante a mesma questão, os hoteleiros também apontavam para a retoma no segundo semestre de 2022, apenas numa percentagem mais baixa (30%).
O mesmo aconteceu num outro inquérito da ADH, em 2021, em que o período de retoma era antecipado para o segundo semestre de 2022 por 36% dos inquiridos.
Fatores como a inflação (56%), a escassez de mão-de-obra (56%) e a instabilidade geopolítica, bem como a guerra na Ucrânia (51%) foram apontados como os que terão maior impacto na retoma do turismo em 2022.
Questões como a imprevisibilidade da situação pandémica surgem em último lugar (18%).
Na apresentação dos dados, a AHP avaliou ainda as perspetivas de retoma no turismo de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT).
Se no primeiro trimestre de 2022 a Europa recebeu quarto vezes mais turistas que no período homólogo (numa percentagem de mais 280%), no continente americano a chegada de turistas duplicou (mais 117%).
No entanto, quando comparados com os valores de 2019, o primeiro trimestre de 2022 ficou abaixo dos níveis – menos 43% na Europa e menos 46% na América.
Para este ano, a OMT prevê que a chegada de turistas internacionais deve chegar entre 55 a 70% dos níveis de 2019, o que estará dependente: do ritmo de levantamento de restrições COVID-19; da evolução da guerra na Ucrânia; das novas variantes/surtos de COVID-19 e de fatores económicos, como a inflação e o preço da energia.
O inquérito dos peritos da OMT adianta ainda que, numa perspetiva mundial, só em 2023 conseguiremos atingir os resultados de 2019 (48%), com uma percentagem bastante semelhante de inquiridos a afirmar que a retoma só terá lugar em 2024 (44%).
Por outro lado, numa perspetiva europeia, a retoma é apontada para 2023 numa percentagem mais significativa (56%), com apenas 36% dos inquiridos a considerar que esta só terá lugar em 2024 (36%).
O estudo da AHP consistiu num inquérito realizado entre 27 de abril e 20 de maio junto de 462 empreendimentos turísticos associados e/ou aderentes ao AHP Tourism Monitors das regiões de Portugal, nomeadamente regiões autónomas dos Açores e Madeira, Algarve, Alentejo, Centro, Lisboa e Norte.