Hotelaria

R.I.P “Estandardização de Hotelaria”

Leia a opinião de Kevin Hemsworth, coordenador da licenciatura em Gestão Hoteleira do ISAG – European Business School.

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R.I.P “Estandardização de Hotelaria”

Leia a opinião de Kevin Hemsworth, coordenador da licenciatura em Gestão Hoteleira do ISAG – European Business School.

Nos anos 80 e 90, o boom da estandardização levou a que, sobretudo, os hotéis de cadeia uniformizassem tanto as infraestruturas como os serviços e procedimentos que se desenrolavam junto do cliente.

Esta estandardização nos serviços provocava uma determinada segurança aos colaboradores, cientes de que o seguimento das regras estipuladas não comprometia a “qualidade”.

Permitia também que o seu crescimento profissional dentro de uma cadeia ou de um hotel dependesse de conhecer bem a casa, permitindo a sua ascensão e passando, posteriormente, para outro hotel.

Do lado do cliente, a estandardização das infraestruturas, ou seja, da entrada do hotel, dos quartos ou das casas de banho, traduzia-se, supostamente, em segurança, pois saberiam exatamente o que esperar do hotel, onde estariam os serviços básicos e até a gaveta onde se encontra a toalha da piscina.

Este conhecimento por repetição traria a sensação de que “o cliente estava em casa” e uma fidelização à marca.

Nos dias que correm, a premissa é completamente oposta – tudo tem de ser original, diferente, flexível e,
se possível, proporcionar as experiências mais diversificadas entre uma estadia e a próxima, mesmo quando acontecem no mesmo hotel.

Esta premissa extravasa os procedimentos e as infraestruturas estandardizadas e passa, agora, para o conceito, para a proposta de serviços e preços cada vez mais personalizados.

Cai por terra o conceito de segmento de cliente, que permitia ao hoteleiro ser cirúrgico na sua busca e captação de negócio, mas que agora é dificultado pela constante disponibilização de tarifas online, onde o que conta é a popularidade da data e a lei da oferta e da procura.

Somente nos mercados de nicho se consegue atuar com maior exatidão e criar valor acrescentado, embora muitos o confundam com “rebranding” e caiam no mercado global de novo.

Assim sendo, o “novo hoteleiro” deve estandardizar a inovação e a criatividade, ou seja, assumir que o normal é ser diferente, arrojado e capaz de arriscar com novas propostas cirúrgicas, ainda que cíclicas e viradas para palavras de moda, como sendo “sustentável”, “something-friendly”, “unique”, “e-accessible” e outras tendências.

Ainda que a sua durabilidade seja frágil e leve a que rapidamente estejam ultrapassadas e sejam substituídas, é também por essa renovação e constante novidade que o cliente clama.

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Os colaboradores são solicitados a efetivamente pensarem, a procurarem soluções ou inovações autonomamente, e não apenas a receberem o cliente como cliente, mas, sim, como o seu convidado especial.

Por isso, façamos o luto à estandardização e admiremos os novos hoteleiros pelo seu dom da delegação e da confiança nas suas equipas para reinventar a hospitalidade nos hotéis e criar momentos memoráveis… para já!

Kevin Hemsworth, coordenador da licenciatura em Gestão Hoteleira do ISAG – European Business School

*Publicado na edição de abril da Publituris Hotelaria

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Chefs Arnaldo Azevedo e Julien Montbabut dedicam jantar a ostras e champanhe no Bistrô by Vila Foz

A iniciativa “Oysters and Champagne Night” decorre a 9 de maio, num jantar confecionado pelos chefs Arnaldo Azevedo e Julien Montababut

O Bistrô by Vila Foz, no Mercado de Matosinhos, vai dedicar um jantar às ostras e champanhe na iniciativa “Oysters and Champagne Night”, que decorre a 9 de maio.

O jantar elaborado a quatro mãos pelos chefs Arnaldo Azevedo, do restaurante Vila Foz, e Julien Montababut, do Le Monument, será composto por seis momentos.

O jantar terá início com uma degustação de ostras, servidas em diferentes texturas e acompanhamentos, à qual se segue uma entrada com gema de ovo a baixa temperatura, servida com alho aromático e espargos crocantes.

No momento seguinte, a gamba do Algarve surge em destaque, envolvida num arroz cremoso de caldo de ovas e aromatizado com coentros frescos. Segue-se um prato composto com peixe do mercado, escolhido no próprio dia, acompanhado por espinafres salteados, beurre blanc e ovas de truta.

Num quinto prato, o protagonista é o polvo, servido com puré de batata-doce e um molho inspirado na caldeirada tradicional, reinventado com um toque contemporâneo. Já para sobremesa, os chefs propõem Abade de Priscos, acompanhado por ananás dos Açores.

A “Oysters and Champagne Night” tem início às 19h30 e é apoiada pela Aquanostra e a Veuve Clicquot, responsáveis pelas ostras e champanhe servidos neste jantar. A refeição tem o valor de 80 euros por pessoa, com bebidas incluídas. As reservas devem ser feitas através dos contactos 222 449 750 ou bistro@vilafozhotel.pt.

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Dormidas decrescem em março com queda de mercados externos, apesar de evolução positiva dos residentes

No passado mês de março, o setor do alojamento turístico em Portugal contou com 2,3 milhões de hóspedes, 5,6 milhões de dormidas e proveitos totais de 406,9 milhões de euros. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se nos 48,7 euros (-2,1%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 96,5 euros (-0,1%).

O setor do alojamento turístico em Portugal registou 2,3 milhões de hóspedes (-0,1%) e 5,6 milhões de dormidas (-3%) em março de 2025. Desta forma, foram gerados 406,9 milhões de euros de proveitos totais e 302,1 milhões de euros de proveitos de aposento (+0,3% e -0,4, respetivamente).

Os números são avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que a diminuição de dormidas é motivada pela diminuição dos mercados externos, que recuaram 5,2% (-3,1% em fevereiro), totalizando 3,9 milhões de dormidas.

Por outro lado, as dormidas dos residentes registaram um crescimento de 2,4% (-1,2% em fevereiro) para 1,7 milhões de dormidas.

O INE faz notar que estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado ao Carnaval, que este ano ocorreu em março, a par do período de férias escolares relativas à Páscoa, que tiveram lugar em abril. No ano anterior, este período concentrou-se em fevereiro, no caso do Carnaval, e em março, no caso da Páscoa.

Em março deste ano, os dez principais mercados emissores representaram 73,8% do total de dormidas de não residentes. O mercado britânico manteve a liderança, com 16,5% do total das dormidas de não residentes em março. Contudo, decresceu 4,6% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em março (13,5% do total), diminuíram 7,5%. Seguiu-se o mercado norte-americano, na terceira posição, com uma quota de 9,5%, que representou um crescimento de 0,5%.

No grupo dos dez principais mercados emissores em março, o mercado polaco registou o maior crescimento (+35,9%), seguido pelo canadiano (+11,4%). Nos decréscimos, destacou-se a variação do mercado espanhol (-37%).

Madeira e Setúbal registam a maior subida no número de dormidas

Durante o mês de março, a evolução de dormidas foi distinta, consoante as regiões. Se os maiores aumentos foram registados na Região Autónoma dos Açores (+6%) e na Península de Setúbal (+3,6%), o Algarve registou o maior decréscimo (-8,7%), seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (-5,2%).

As dormidas de residentes registaram aumentos mais expressivos na Região Autónoma da Madeira (+18,9%), destacando-se ainda o crescimento da Península de Setúbal (+12,8%).

Em sentido contrário, o Algarve apresentou o decréscimo mais expressivo nas dormidas de residentes (-16%), tendo-se observado diminuições também no Oeste e Vale do Tejo e no Alentejo (-1% em ambas).

As dormidas de não residentes registaram decréscimos em todas as regiões, exceto na Região Autónoma dos Açores (+1,9%). As maiores diminuições observaram-se no Centro (-15,6%) e no Alentejo (-9,5%).

Proveitos totais de 406,9 M€ em março 

Em março, os proveitos totais foram de 406,9 milhões de euros (+0,3%), enquanto os relativos a aposento recuaram 0,4%, cifrando-se nos 302,1 milhões de euros.

Recorde-se que em fevereiro os proveitos totais registaram um aumento de +3,7% e os relativos a aposento +3,3%.

 

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,6% dos proveitos totais e 36,7% dos proveitos de aposento), seguida pela região Norte (16,6% e 16,9%, respetivamente) e pelo Algarve (16,5% e 15,3%, pela mesma ordem).

Os aumentos de proveitos mais expressivos foram verificados nas Regiões Autónomas da Madeira (+16,5% nos proveitos totais e +18,1% nos de aposento) e dos Açores (+12,3% e +11,0%, pela mesma ordem).

Já as regiões que apresentaram decréscimos foram o Algarve (-9,9% e -11,0%, respetivamente), o Alentejo (-3,8% e -6,4%, pela mesma ordem) e a Grande Lisboa (-3,8% e -4,6%, respetivamente).

Madeira regista estadas médias mais prolongadas

Relativamente à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico, que em março foi de 2,41 noites, o indicador continuou a diminuir, tendo descido 3%, após um decréscimo de 2,9% em fevereiro.

Os valores mais elevados de estada média continuaram a observar-se na Região Autónoma da Madeira (4,57 noites) e no Algarve (3,68 noites), sendo que as estadias mais curtas decorreram no Centro (1,60 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,70 noites).

Em março, as estadas médias decresceram -1,8% nos residentes (1,76 noites) e -2,3% nos não residentes (2,86 noites).

A Região Autónoma Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,02 noites), quer dos residentes (3,04 noites).

Queda no RevPAR e no ADR

Na totalidade dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu os 48,7 euros em março, registando uma diminuição de 2,1% (+4,5% em fevereiro).

O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 96,5 euros (-0,1%, após +4,4% em fevereiro).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (85,5 euros), seguindo-se a Região Autónoma da Madeira (83 euros), que registou também o maior crescimento (+16,1%). Os maiores decréscimos registaram-se no Algarve (-9,7%) e no Alentejo (-8,5%).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (124,1 euros), seguida pela Região Autónoma da Madeira (108,5 euros), que apresentou o maior crescimento neste indicador (+14,2%).

Em março, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 2,3 milhões de hóspedes (-0,1%) e 5,6 milhões de dormidas (-3,0%), tendo a estada média (2,41 noites) diminuído 3%.

As dormidas de residentes aumentaram 2,4%, enquanto as de não residentes registaram um decréscimo de 5,2%.

Já os parques de campismo registaram 80,7 mil campistas e 306,6 mil dormidas em março, correspondendo a variações de -16,2% nos hóspedes e de -9,2% nas dormidas (-10,2% nos residentes e -8,6% nos não residentes), tendo a estada média (3,80 noites) aumentado 8,3%.

As colónias de férias e pousadas da juventude receberam 20,9 mil hóspedes (-16%), que proporcionaram 43,4 mil dormidas (-16,7%), tendo a estada média (2,07 noites) diminuído 0,9%. As dormidas de residentes decresceram 7,1% e as de não residentes diminuíram 32,8%.

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Créditos: Richard Powers
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Marriott adquire marca hoteleira citizenM

A Marriott International adquiriu a marca hoteleira citizenM e a respetiva propriedade intelectual por 355 milhões de dólares. Os 36 hotéis atuais da marca e as três unidades hoteleiras em construção continuarão a ser detidos e arrendados pelo vendedor, estando sujeitos a novos contratos de franchising a longo prazo com a Marriott.

A Marriott International estabeleceu um acordo para a aquisição da marca hoteleira de lifestyle citizenM.

Com um portefólio de 36 hotéis abertos, num total de 8.544 quartos, a marca citizenM está presente em mais de 20 cidades, incluindo Nova Iorque, Londres, Paris e Roma. O pipeline atual da marca conta com três hotéis em construção, num total de 600 unidades de alojamento, cuja data de abertura está prevista para meados de 2026.

Esta marca hoteleira, focada no design, no uso eficiente dos espaços e na experiência tecnológica dos hóspedes foi criada em 2008. Agora, a marca citizenM e a respetiva propriedade intelectual são adquiridas pela Marriott por 355 milhões de dólares. Desta forma, o portefólio da citizenM passará a fazer parte do sistema da Marriott, com os hotéis detidos e arrendados pelo vendedor sujeitos a novos contratos de franchising a longo prazo com a Marriott.

Prevê-se que as taxas estabilizadas para a carteira de hotéis abertos e em construção sejam de aproximadamente 30 milhões de dólares anuais, como indicado em nota de imprensa. O vendedor também pode receber pagamentos adicionais de até 110 milhões de dólares com base no crescimento futuro da marca durante um período plurianual, sendo que estes pagamentos só terão início no quarto ano após a conclusão da transação.

Créditos: Richard Powers

“A citizenM foi criada para viajantes frequentes e as capacidades de distribuição da Marriott vão permitir-nos dar as boas-vindas a novos hóspedes modernos. Com a força do motor de desenvolvimento da Marriott, aguardamos a perspectiva de muitas propriedades adicionais da citizenM em novos destinos a nível mundial. Continuaremos a ser proprietários dos nossos bens imobiliários e a explorar todos os nossos hotéis. Esta relação permite-nos trabalhar em conjunto para maximizar os retornos”, afirmou Lennert de Jong, CEO da citizenM.

A conclusão da transação está agora sujeita a várias condições, incluindo a aprovação regulamentar dos Estados Unidos da América.

A Morgan Stanley & Co. International plc e a Eastdil Secured atuaram como consultores financeiros do vendedor nesta transação.

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ESHTE dinamiza Open Day no seu 34.º aniversário

Além de um Open Day destino a alunos do secundário, que são convidados a conhecer as instalações e os cursos disponíveis na instituição, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) celebra o seu 34.º aniversário com um conjunto de atividades.

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) celebra o seu 34.º aniversário a 13 de maio com um conjunto de atividades, entre elas um Open Day para alunos do ensino secundário.

De participação gratuita, mas com inscrição obrigatória, o Open Day começa às 9h00.

O programa do Open Day contempla a realização de uma visita às instalações, diversos jogos em equipa e uma sessão de acolhimento, agendada para as 11h00. Nesta serão apresentadas as licenciaturas disponíveis na instituição – entre Direção e Gestão Hoteleira; Gestão do Lazer e Animação Turística; Gestão Turística; Informação Turística e Produção Alimentar em Restauração – pelos coordenadores de curso, o Núcleo de Ação Social e o Gabinete de Inserção Profissional e Formação ao Longo da Vida.

“Será uma excelente oportunidade para os estudantes do secundário que tenham interesse em testemunhar in loco a experiência que a ESHTE acumula na área do turismo. Temos uma instituição muito ativa e esse será um dia especial, com diversas iniciativas, em que será possível conhecer a fundo cada uma das nossas subáreas de formação, as nossas instalações e a nossa excelente localização”, sublinha o presidente da instituição, Carlos Brandão.

Serão ainda entregues os Prémios de Mérito aos estudantes do 1.º ano, no âmbito do Programa Student Transition & Engagement Program +, e as Cartas de Curso aos recém-diplomados.

As comemorações do aniversário da ESHTE contemplam ainda um workshop de motivação à realização da prática desportiva, um seminário intitulado “Promoção da expansão de horizontes profissionais”, ambos apoiados pelo Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior, da DGES, bem como o desafio ESHTEscape, um evento multiatividades para promover dinâmicas em equipa, entre as 14h00 e as 16h30.

O final da tarde será preenchido com a entrega dos prémios referentes ao desafio ESHTEscape e a atuação da Tunística.

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Marriott International abre primeiro hotel da marca Autograph Collection no Serengeti

O futuro Mapito Safari Camp, Serengeti, Autograph Collection será o primeiro hotel em acampamento de safari desta marca da Marriott, esperando-se que abra portas no terceiro trimestre de 2025.

A Marriott International assinou um acordo para abrir o seu primeiro hotel num acampamento de safari sob a marca Autograph Collection. Localizado na Tanzânia, mais concretamente no Serengeti, é esperado que o futuro Mapito Safari Camp, Serengeti, Autograph Collection abra portas no terceiro trimestre de 2025.

Situado perto do portão de Fort Ikoma, do Parque Nacional do Serengeti, o hotel situa-se entre o Serengeti Central e o corredor de migração ocidental, ao longo da rota da Grande Migração, por onde passam manadas de gnus, zebras e antílopes entre maio e julho de cada ano.

O Mapito Safari Camp, Serengeti, Autograph Collection vai reunir 16 suítes em formato tenda, incluindo uma villa com dois quartos. Cada suite vai contar com um terraço exterior, fogueira e um teto retrátil para observar as estrelas. Os planos para este campo incluem um spa, centro de fitness, piscina e várias opções de restauração como o “The Boma”, inspirado nas reuniões à volta da fogueira.

“O Mapito Safari Camp marcará um momento decisivo para a Autograph Collection ao introduzirmos a primeira experiência de safari da marca num dos destinos de vida selvagem mais deslumbrantes do mundo”, afirmou Jerome Briet, diretor de desenvolvimento da Europa, Médio Oriente e África da Marriott International.

A incorporação de práticas sustentáveis, que apoiem a conservação e minimizem o impacto ambiental, será um dos objetivos da unidade de alojamento, como referido em nota de imprensa.

Das atividades do futuro Mapito Safari Camp, Serengeti, Autograph Collection, os hóspedes podem esperar experiências como safaris diurnos e noturnos, safaris a pé, voos de balão de ar quente e refeições no mato.

O portfólio global da Autograph Collection inclui atualmente mais de 330 hotéis.

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Joana Almeida: “A hotelaria faz todo o sentido quando o serviço é o centro da sua atividade”

O Palacete Severo, situado no Porto, abriu portas em outubro do ano passado após um investimento de quatro milhões de euros. Sob a direção-geral de Joana Almeida, o hotel pretende afirmar-se como um lugar de “desmaterialização do luxo”, com um serviço “irrepreensível”.

Carla Nunes

No coração do Porto, junto à Avenida da Boavista, o Palacete Severo surge como um pequeno oásis no centro da cidade. De portas abertas desde outubro de 2024, o edifício classificado como imóvel de interesse histórico, reconvertido num hotel de luxo com 20 quartos, pertenceu ao arquiteto Ricardo Severo, que em conjunto com outros colegas de profissão visionou “a casa portuguesa ideal”. O local, onde viveu juntamente com a sua mulher, Francisca Dumont, de origem brasileira, faz referência não só a elementos portugueses, como também à ligação ao Brasil, “quer no tipo de cerâmicas e madeiras utilizadas, como nos elementos escolhidos para os vitrais”.

A explicação é dada por Joana Almeida, que assumiu a direção-geral desta unidade hoteleira ainda antes de se encontrar em funcionamento, em maio de 2023. Enquanto percorremos os corredores e salas deste palacete, Joana Almeida conta que o projeto surgiu de um investimento de cerca de 4 milhões de euros por parte de um casal de investidores franceses da Constellation du Taureau. Apesar de nunca terem investido em hotelaria, o casal “apaixonou-se” pela casa e respetivo jardim, ambos classificados como imóvel de interesse histórico.

Detentores de uma galeria de arte em Paris no distrito de Saint-Germain-des-Prés, a Galerie Perspective, o casal decidiu estender este espaço dedicado à criação de arte contemporânea ao Palacete Severo, que funciona com uma programação autónoma, quer nos espaços comuns da unidade hoteleira, quer nos próprios quartos, com obras disponíveis para venda.

Créditos: Just Frame It

Desta forma, os 20 quartos do hotel – 11 inseridos no palacete e nove localizados numa ala de nova construção – contam com uma personalidade própria, pontuada pelas obras de arte que os adornam. No caso dos quartos do palacete, a própria arquitetura do edifício oferece vários pormenores curiosos: no antigo escritório do arquiteto, agora reconvertido em quarto, ainda é possível perceber o local onde se situava o cofre da casa, cuja dimensão permitiu instalar a casa de banho deste quarto. Com acesso direto ao jardim, o quarto dá a ideia de se dormir no próprio exterior, com todo o conforto de um cinco estrelas.

Se o spa se localiza na nova ala de quartos, sob a marca Olivier Claire, os dois restaurantes da unidade hoteleira, o Éon Restaurante e o Bistrô Severo, fazem uso das antigas salas e pátio do palacete para oferecer um ambiente acolhedor.

Sob a chefia de Tiago Bonito, o Éon Restaurante assume-se como um restaurante gastronómico com menus de degustação de dez e 14 momentos. Já o Restaurante Bistrô, de cozinha mediterrânica, assume um caráter “mais tranquilo”, de acordo com Joana Almeida, sendo o local onde se servem os pequenos-almoços e os menus executivos ao almoço.

Eventos personalizados

Com um percurso fortemente ligado à hospitalidade, particularmente na organização de eventos – chegou a assumir funções no Europarque – Joana Almeida transitou do Sheraton Porto Hotel & Spa para a direção deste boutique hotel.

O convite para fazer parte deste projeto surgiu numa altura em que a profissional pretendia “sair da zona de conforto”, após vários anos enquanto general manager de um hotel com 266 quartos. O conceito de arte inserido na hotelaria, a visão dos proprietários sobre o tipo de hospitalidade que pretendiam oferecer na unidade e o legado do projeto convenceram Joana Almeida a aceitar o cargo no Palacete Severo.

“Tinha saído do Sheraton Porto Hotel & Spa, onde estive muitos anos, e estava num processo de pensar o que é que queria fazer. Não queria fazer igual, queria sair um bocadinho da minha zona de conforto. Para mim, a hotelaria faz todo o sentido quando o serviço é o centro da sua atividade. E esta unidade, pelo seu conceito, por aquilo que fui falando com [os proprietários] e o alinhamento de pensamento sobre o que poderia ser o hotel, [convenceu-me a aceitar o cargo]”, explica Joana Almeida à Publituris Hotelaria.

O Palacete Severo conta apenas com uma sala de eventos, pelo que Joana Almeida aponta que o desafio agora passa por trabalhar na personalização. Se há aspetos que não são necessários como acontece num hotel de grande dimensão, como é o caso do kit de banquetes, passa a existir “um maior envolvimento naquilo que é a sua preparação, no conceito do que o cliente vai querer”. Como explica, “nós próprios também nos envolvemos de outra maneira, é tudo muito personalizado, muito tailor-made, e essa é que é a grande diferença de um hotel mais pequeno e com este conceito”.

Créditos: Just Frame It

Admitindo que a organização de eventos faz parte do seu ADN, Joana Almeida aponta que a escala e dimensão permitem fazer “coisas quase improváveis”: “Nem sempre os grandes eventos nos realizam mais do que um pequeno evento, porque há pequenos eventos onde nos envolvemos de uma forma [diferente]”, afirma.

Mercado australiano foi “uma surpresa”

Com o hotel a captar mercados como o norte-americano, brasileiro e europeu nestes primeiros meses de operação – particularmente os mercados britânico e alemão –, Joana Almeida refere que a chegada do mercado australiano ao hotel foi “uma surpresa”, por não terem reunido esforços comerciais nesse sentido. Também o mercado nacional procura o hotel, contudo, e neste momento, “mais na área de negócios do que de lazer”.

Quanto aos públicos-alvo do hotel, Joana Almeida refere que estes terão de ter “alguma literacia para usufruir em pleno daquilo que o espaço entrega, não só do ponto de vista da arquitetura, e recuperação, [mas também] da arte que está expressa na galeria”. O turismo de saúde é outra das motivações dos clientes que têm acorrido à unidade, “especialmente do mercado norte-americano”, dada a proximidade ao Hospital das Forças Armadas e ao Hospital Lusíadas.

Restaurante Severo | Créditos: Just Frame It

No acumulado até janeiro, Joana Almeida aponta que a taxa de ocupação se encontrava nos 63%, sendo que a expectativa passa por “chegar ao final do ano com 85 a 86% de ocupação”.

Já o posicionamento da unidade é “claro”. Com o intuito de se situar num patamar “elevado” a “muito elevado”, o hotel pretende, acima de tudo, celebrar a “unicidade” do edifício em que se insere, fugindo do ostensivo.

“O luxo é o tempo e a vivência de um espaço destes, poder estar aqui tranquilamente, quer a trabalhar, quer em lazer, e isso advém de um serviço irrepreensível. E é por aí que nós queremos posicionar a unidade”, termina Joana Almeida.

*Artigo publicado originalmente na edição 226 da revista Publituris Hotelaria

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Torre de Palma organiza 7.ª edição do Wine Market em junho

O Torre de Palma Wine Market, dedicado aos vinhos e produtores da região do Alentejo, dá a possibilidade aos visitantes de provar as últimas colheitas e novidades de produtores locais, bem como de interagir com os responsáveis por trás de cada marca. À semelhança de anos anteriores, o evento tem lugar no Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte.

O Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte organiza a 7.ª edição do Torre de Palma Wine Market a 7 de junho deste ano.

O evento, que tem lugar no espaço desta unidade hoteleira, constitui-se como um mercado dedicado aos vinhos e produtores da região do Alentejo, onde os visitantes podem provar “as últimas colheitas e novidades de produtores locais e interagir com os responsáveis por trás de cada marca”, como o hotel refere no seu website. É ainda possível provar e adquirir as várias referências, assim como várias edições especiais.

A abertura de portas decorre às 16h00, momento em que é dado início às provas de vinhos. Segue-se um jantar ao ar livre, às 19h30, sendo que o evento termina pelas 22h30.

Até à data, o Torre de Palma Wine Market conta com os seguintes produtores confirmados: Torre de Palma Wine Hotel; Herdade do Mouchão; Monte da Bonança; Mainova; Tiago Cabaço Winery; Adega de Borba; Reynolds Wine Growers SA; Terra d’Alter; RG Rovisco Garcia; Adega de Portalegre Winery; Quinta do Paral; Vinhos Cananó; Herdade do Perdigão e Monte do Pintor; Herdade do Sobroso; Rumo Vinhos; Herdade da Rocha; MONTE DA RAPOSINHA, LDA; Torre do Frade; Altas Quintas; Herdade da Mingorra; Vinhos Rosa Santos Família; Howard’s Folly; Coutale Portugal/España – Acessórios para Vinhos; Dropstops®; Irmãos Peixoto e Winterhalter Group.

Os bilhetes com entrada no evento mais copo, sem jantar incluído, têm um valor de 15 euros. Já os bilhetes que incluem jantar custam 45 euros.

Através da aplicação Yon Wine, os bilhetes podem ser adquiridos com desconto, com a entrada sem jantar por um valor de 13 euros e entrada com jantar a 43 euros.

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Sublime Comporta recebe pop up do restaurante Canalha a 1 de maio

A partir de maio, o hotel Sublime Comporta recebe o pop up do restaurante lisboeta Canalha, sob a chefia do chef João Rodrigues. A iniciativa decorre até ao final de outubro.

A partir de 1 de maio, o Sublime Comporta passa a contar com mais uma valência de restauração, com o restaurante Canalha a instalar-se no resort até ao final de outubro.

À semelhança do que aconteceu em 2024, o chef João Rodrigues leva este seu projeto até à Comporta com uma oferta semelhante à do Canalha em Lisboa, com referências como o Raspado de presa de vaca arouquesa; a Lula de toneira e manteiga de ovelha; ou a Tortilha aberta de camarão e cebola, bem como a vitrine de peixe e marisco, disponível para escolha do cliente mediante a oferta do dia.

O menu do Canalha Comporta terá ainda algumas propostas novas, comparativamente com a temporada anterior no Sublime, como a Cabeça de xara, a Cecina de wagyu, as Molejas de borrego ou o Carabineiro a cavalo.

Com 76 lugares, o Canalha Comporta está aberto tanto para hóspedes como para clientes que não estejam alojados no hotel de quarta-feira a domingo, das 19h00 às 23h00

As reservas podem ser feitas através do número 211 452 426 ou de comporta@canalha.pt.

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Reservas da RateHawk cresceram 67% a nível global em 2024

A plataforma de reserva de hotéis, bilhetes de avião e transfers para profissionais do setor das viagens teve um crescimento de reservas na ordem dos 67% em 2024, tendo estabelecido parcerias com mais de 70 novos fornecedores de alojamento a nível mundial.

A RateHawk, uma plataforma online business to business (B2B) para reservas de hotéis, bilhetes de avião e transfers destinada a profissionais do setor das viagens, registou um crescimento de reservas de 67% a nível global em 2024.

A empresa, que conta com nove anos de atividade, indica que em 2024 o valor líquido das suas reservas aumentou 1,8 vezes em comparação com 2023. Já a empresa-mãe, o Emerging Travel Group, sediado nos Emirados Árabes Unidos, alcançou um volume bruto de transações de 3,7 mil milhões de dólares em 2024.

No ano passado, a empresa afirma ter expandido o portefólio ao estabelecer parcerias com mais de 70 novos fornecedores de alojamento em todo o mundo, contando agora com mais de 300 fornecedores globais e contratos diretos com mais de 34.000 unidades de alojamento, totalizando 120.000 propriedades contratadas.

Desta forma, o número total de opções de alojamento disponíveis ultrapassa os 2,6 milhões.
Também a procura pelos serviços de transporte da empresa, incluindo reservas de voos e transfers, duplicou no último ano, segundo a RateHawk.

A plataforma passou a disponibilizar reservas de viagens de comboio na Europa, sendo que após três meses de lançamento, “mais de 25% dos profissionais de viagens que habitualmente reservam hotéis através da RateHawk começaram também a utilizar o serviço ferroviário”, como referido em nota de imprensa.

“De acordo com o mais recente relatório da UN Tourism, 1,4 mil milhões de pessoas realizaram viagens internacionais em 2024, aproximando-se dos níveis pré-pandemia. Em 2024, duplicámos o número de integrações API, estabelecendo parcerias com mais de 500 novas entidades, incluindo a Ctrip. Para 2025, pretendemos manter este ritmo, com especial enfoque nas OTAs e nas plataformas tecnológicas mais inovadoras”, refere Felix Shpilman, presidente e CEO do Emerging Travel Group, empresa-mãe da RateHawk.

Em 2024, a RateHawk expandiu a sua presença internacional, disponibilizando serviços em mais oito idiomas, perfazendo um total de 32 línguas. A empresa abriu também um novo escritório em Singapura, por forma a “consolidar a sua presença na Ásia”.

Atualmente, a RateHawk conta com mais de 93 mil parceiros e com escritórios em Londres, Berlim, Lisboa, Varsóvia, Dubai, Limassol, Singapura e Wilmington.

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Formação

Glion lança novo mestrado executivo em hospitalidade e liderança empresarial

O Executive Master of Advanced Studies in Hospitality and Business Leadership decorre durante 12 meses, num programa composto por quatro módulos lecionados em regime online e uma semana imersiva no campus da Glion em Montreux, na Suíça.

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O Glion Institute of Higher Education alargou a sua oferta educativa com o lançamento de um novo mestrado executivo de estudos avançados em hospitalidade e liderança empresarial.

O “Executive Master of Advanced Studies in Hospitality and Business Leadership” é composto por um programa de 12 meses e decorre a tempo parcial, combinando aulas em regime online com “uma experiência imersiva no campus da Suíça”, como indicado em nota de imprensa.

O curso é dirigido a profissionais com pelo menos três anos de experiência, com a Glion a indicar que este é “ideal para gestores em ascensão, empresários, pessoas que mudaram de carreira e executivos que procuram o reconhecimento formal das suas credenciais de liderança”.

Dividido em quatro módulos, cada um com uma duração de 12 semanas em regime online e uma carga horária semanal entre 14 e 18 horas, o programa inclui temáticas como modelos de negócio disruptivos, sustentabilidade, finanças empresariais, marketing digital, gestão de operações e transformação organizacional.

O regime de aulas é posteriormente complementado com a “Semana Residencial”, realizada no campus de Montreux, na Suíça, da Glion. De caráter presencial, esta semana permite consolidar a “rede de contactos, uma aprendizagem imersiva e a exposição à inovação no setor, através de visitas aos bastidores e workshops com especialistas”.

O curso termina com um projeto final de investigação empresarial, “através de um desafio estratégico alinhado com o contexto de carreira de cada participante”, como refere a Glion.

“Criámos este programa de Mestrado Executivo para profissionais ansiosos por dar o próximo passo nas suas carreiras. Quer se trate de um talento em ascensão ou de um líder já estabelecido, este programa proporciona um espaço valioso para aperfeiçoar o seu pensamento estratégico, explorar as principais ideias sobre as tendências da hotelaria e reforçar a sua marca enquanto executivo. Foi concebido para ser intensivo, relevante e flexível, assegurando que se encaixa perfeitamente na sua agenda, ao mesmo tempo que proporciona uma aprendizagem transformadora”, afirma Antonina Santalova, Academic Dean na Glion.

Após a concussão deste programa, os diplomados receberão um diploma no valor de 60 ECTS (30 créditos americanos).

As candidaturas já se encontram abertas, sendo que o primeiro intake tem início a 24 de novembro de 2025.

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