Alambique de Ouro alarga empreendimento num investimento de 9 milhões de euros
O hotel Alambique de Ouro, no Fundão, apresenta um novo projeto de ampliação com spa, ala com 42 suítes premium e meeting center.
Carla Nunes
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O hotel Alambique de Ouro, no Fundão, apresenta um novo projeto de ampliação da unidade. O projeto consiste num novo spa, uma nova ala com 42 suítes premium e um meeting center, destinado a eventos. Este alargamento exigiu um investimento de nove milhões de euros e tem abertura prevista para setembro deste ano.
A unidade hoteleira aproveitou a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que decorre de 16 a 20 de março na FIL, para apresentar o seu novo investimento.
O destaque vai para o Golden Rock Alambique Water Spa, um conceito de spa que irá ocupar cerca de 2500 metros quadrados divididos por três pisos, “numa composição que não é fácil encontrar na península ibérica”, de acordo com José Almeida, diretor da unidade hoteleira.
O spa será constituído por três piscinas interiores aquecidas: “uma piscina com animação, hidrodinâmica, de 41 metros de amplitude; uma piscina intermédia de natação e relaxamento, de 28 metros e uma outra piscina para crianças”. Para além disso, o hotel passará a ter um wellness center, com centros de massagens, uma zona de duches e serviços sensoriais.
Localizado próximo da Serra da Estrela, o Alambique de Ouro promete ter neve todo o ano. Isto porque o spa inclui uma cabine de neve, “a primeira a ser instalada em Portugal”, de acordo com José Almeida. Esta cabine recria a neve natural, convidando os hóspedes “a cruzar as temperaturas negativas com o banho turco ou a sauna” – tudo inserido numa gruta recriada neste novo alargamento. O circuito termina com um hamman, composto por quatro cabines diferentes.
A zona de spa conta ainda com um ginásio, “também vocacionado para o mercado local” e, no último piso, “uma zona de relaxamento, onde as pessoas podem relaxar ou ler um livro”.
O empreendimento compreende ainda uma componente de multimédia e som desenhado pela Altice, parceiro tecnológico da unidade, que assegurou através de um conjunto de parceiros “as comunicações e redes” do hotel. Ainda no spa, será instalado um ecrã LED de 10 x 4 metros, que será utilizado para as mais diversas finalidades, seja para uma “animação multimédia, live streaming, festa corporativa ou promover serviços internos do empreendimento”.
De acordo com o diretor, “este empreendimento vem numa lógica de combater a sazonalidade”. Apesar de “já serem muito fortes no verão”, a unidade pretende “aumentar a sua taxa média de ocupação e duração média da estadia no inverno”, sendo que a ideia será sempre “reforçar o destino”.
O serviço de spa também estará acessível a clientes não alojados. Não existindo ainda preços definidos, e que estes podem variar “consoante o dia da semana, horário e tempo de utilização”, José Almeida adianta que, olhando para os preços de mercado, estes podem começar nos 30 euros por dia para clientes não alojados.
Um empreendimento focado nas famílias e no segmento MICE
Dado que o Alambique de Ouro “sempre esteve muito focado no segmento de famílias”, tal como explica o diretor da unidade, a renovação compreende a construção de uma nova ala com 42 suítes premium, dirigidas para este público.
Todas as suítes vão ter quarto e sala, “exclusivamente desenhados e construídos com material da Porcelanosa”, e casas de banho espaçosas, com cerca de quatro compartimentos. Estas vão estar equipadas com televisão, tanto no quarto como na sala, sendo que os quartos com varanda, virada para o resort, disponibilizam espreguiçadeiras, enquanto os quartos sem varanda têm vista para a Serra da Estrela.
Os preços rondarão os 150 e os 180 euros, “dependendo do número de pessoas, dias da semana e em função das épocas”.
Para além do mercado familiar, a unidade hoteleira fará um reforço no segmento MICE, através de um meeting center com cerca de 1000 metros quadrados e quatro salas, que variam entre os 150 e 250 metros quadrados.
O objetivo aqui passa por trabalhar “numa lógica ibérica”, captando também clientes espanhóis das zonas de “Castela, Leão e Extremadura – essencialmente numa faixa na ordem dos 100, 150 quilómetros de distância, junto à fronteira, que as pessoas fazem com alguma tranquilidade”, de acordo com o diretor.
As obras para este empreendimento começaram em setembro de 2019, tendo sido, entretanto, “condicionadas pela pandemia”. Por esta razão, o hotel tem abertura prevista para setembro.
Dada a dimensão destas novas valências, e numa altura em que o setor carece de recursos humanos, José Almeida afirma que “já fizeram recrutamento nalgumas áreas, no entanto, haverá ainda muitos recursos humanos que terão de ser contratados no final do verão”, uma vez que a unidade pretende “ter tudo devidamente alinhado e preparado para entrar em grande nas férias escolares do Natal, em dezembro”.
Em atividade desde 1989, o Alambique de Ouro começou por ser um restaurante à beira da estrada, passando depois para estalagem e, atualmente, hotel de quatro estrelas. O administrador da unidade, Alberto Carlos, tem 66 anos e desde sempre trabalhou no Alambique de Ouro – aliás, ainda hoje pode ser encontrado todos os dias no restaurante da unidade, de acordo com os seus colaboradores.