APHORT considera ”insuficientes” medidas do Governo para o setor
Associação pede maior esforço de resposta e de flexibilidade nas condições que permitam salvaguardar a tesouraria das empresas.
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As medidas decretadas pelo Governo, devido ao coronavírus, são “insuficientes para o setor do turismo”, considera a Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT), que pede “um maior esforço de resposta e de flexibilidade nas condições que permitam salvaguardar a tesouraria das empresas”.
De acordo com a associação, à “linha de crédito para micro empresas”, anunciada esta quinta-feira, 12 de março, pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, a APHORT defende que se junte um “conjunto de outras medidas” que, no entender da associação, são “fundamentais”.
“A possibilidade de um lay off mais ágil, no que diz respeito a prazos e processos”; “a concessão de moratória sem juros, por um período de seis meses, no pagamento da segurança social e do IVA”; “a concessão de moratória, por um período de seis meses, no pagamento de financiamentos bancários, com juros suportados pelo Turismo de Portugal” e ainda “a suspensão imediata das taxas municipais que vigoram sobre o setor: a taxa turísticas e a taxa das esplanadas” são as medidas defendidas pela APHORT.
A associação diz que este tipo de medidas está já a ser implementado em países como a Espanha, França e Itália e alerta o Governo para a “necessidade desta resposta ter um caráter de urgência”, uma vez que “as medidas têm que ser exequíveis, acessíveis a todas as empresas e passíveis de serem postas em prática com a maior rapidez possível”.
“Para além das famílias e dos cidadãos, é imperativo que o Governo possa também proteger e garantir a saúde das empresas. O turismo não pode ser só lembrado quando é conveniente. Este setor, que tanto tem dado ao país, não pode, numa altura destas, ser esquecido”, considera Rodrigo Pinto Barros, presidente da APHORT.