Hotelaria: Dormidas voltaram a cair 1,3% em Setembro
Mercado britânico foi o que apresentou a maior descida de dormidas entre os não residentes, caindo 10,5%.

Inês de Matos
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No passado mês de Setembro, a hotelaria nacional contabilizou 2,2 milhões de hóspedes e 6,2 milhões de dormidas, números que representam realidades distintas, já que o número hóspedes aumentou 0,2%, enquanto as dormidas caíram 1,3%, a mesma percentagem de descida que já tinha sido registada no mês de Agosto, de acordo com os dados publicados esta quinta-feira, 15 de Novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“As dormidas em hotéis (69,1% do total) diminuíram 0,7%. Destacou-se o crescimento de 4,4% registado nos apartamentos turísticos, sendo ainda de referir a evolução positiva (+1,2%) nos aldeamentos turísticos. Nas demais tipologias, ocorreram reduções”, refere o INE, dando conta de que, “nos primeiros nove meses do ano, os hóspedes aumentaram 1,3% e as dormidas recuaram 0,5%” .
Ainda assim, as dormidas dos residentes subiram 9,0% em Setembro, depois de já terem subido 5,6% no mês anterior, enquanto as de não residentes diminuíram 4,9%, indicador que já tinha registado, em Agosto, uma quebra de 4,7%.
Já no conjunto do terceiro trimestre do ano, as dormidas de residentes aumentaram 5,4%, percentagem que, nos primeiros três meses do ano, tinha chegado aos 10,6%, mas que caiu para -0,2% no segundo trimestre, enquanto as dormidas dos não residentes desceram 4,7%, depois de um valor positivo de 6,0% nos três primeiros meses de 2018, descendo para -4,3% no segundo trimestre.
Em Setembro, a estada média registada na hotelaria nacional fixou-se nas 2,78 noites, o que equivale a uma redução de 1,5%, valor que foi puxado para baixo pela redução da estada dos não residentes, que caiu 2,2%, já que a estada média dos residentes até subiu, ganhando 3,1%.
A taxa de ocupação, por sua vez, foi de 63,2%, o que traduz uma descida de 1,6 pontos percentuais, depois de já no mês precedente ter descido 1,5 pontos percentuais, enquanto RevPAR se situou nos 71,5 euros, em Setembro, o que se traduziu num aumento de 1,4%, depois da subida de 2,6% em Agosto.
“A AM Lisboa registou o RevPAR mais elevado (104,5 euros). Neste indicador, são de destacar os crescimentos na RA Açores (+8,0%) e Norte (+6,5%)”, acrescenta o INE, referindo que “a evolução do RevPAR foi globalmente positiva entre as diversas tipologias em Setembro”.
Ainda assim, os proveitos cresceram 1,2%, chegando aos 420,2 milhões de euros, apesar de se ter registado uma desaceleração, já que o crescimento deste indicador em Agosto foi de 3,6%. Por aposento, os proveitos cresceram 2,7%, ascendendo a 314,1 milhões de euros, depois de em Agosto se ter verificado uma subida de 3,7%.
Por mercados, o britânico, que representou 23,1% do total de dormidas de não residentes, foi o que apresentou a maior descida, caindo 10,5% em Setembro, numa quebra que, desde o início de 2018, chega já aos 9,7%. Depois, seguiu-se o mercado alemão, que representou 13,9% do total, mas desceu 5,3%, num quebra que chega aos 4,1% desde o início do ano, bem como o mercado francês, que representa 9,4% do total, mas desceu 6,3% em Setembro, tendo caído 2,2% desde o início de 2018.
Em sentido contrário esteve o mercado espanhol, que representou 9,0% do total e subiu 7,7% em Setembro, numa tendência que se regista desde o início do ano, período em que este mercado subiu 0,9%, ainda que os crescimentos mais expressivos tenham vindo do mercado norte-americano, que subiu 10,6% em Setembro e que, desde o início do ano já aumentou 20,6%. Nos primeiros nove meses do ano, também os mercados canadiano e brasileiro apresentaram aumentos expressivos, crescendo 16,8% e 11,0%, respectivamente.
Já no que diz respeito às regiões nacionais, o Norte, o Alentejo e os Açores foram as únicas regiões que registaram acréscimos nas dormidas, subindo 3,6%, 3,2% e 0,5%, respectivamente, enquanto as reduções mais significativas ocorreram no Centro (-8,7%) e na Madeira (-3,9%).
“Nos primeiros nove meses do ano, o realce vai para os crescimentos de 4,7% no Norte (região com um peso de 13,2% nas dormidas totais acumuladas) e de 3,2% no Alentejo (quota de 3,2% no mesmo período)”, lê-se na nota informativa do INE.
Entre as dormidas dos residentes, houve aumentos em todas as regiões, com excepção dos Açores, que caíram 1,3%, com o destaque a ir para o Algarve, que obteve um crescimento de 19,7%, enquanto as dormidas de não residentes registaram crescimentos apenas no Norte (+3,1%) e nos Açores (+1,4%), com os decréscimos mais acentuados a registarem-se no Centro (-19,4%), Algarve (-6,1%) e Alentejo (-5,8%).
“Desde o início do ano, salienta-se o crescimento de dormidas de não residentes no Alentejo (+7,2%) e no Norte (+5,8%) e, em sentido contrário, o decréscimo no Centro (-12,0%)”, refere ainda o INE.