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O mundo à nossa volta está pop up… exposições, festivais, restaurantes, bares, lojas – até a marca tradicional de luxo Hermès aposta em lojas “pop-up” em contentores em várias cidades.
Na hotelaria, houve experiências da Scandic Hotels com bungalows pop-up na floresta; e na Bélgica apareceram recentemente, as Slow Cabins, onde a localização precisa é uma surpresa até ao último momento. Por último, uma agência online ThePopuphotel.com que propões soluções de glamping, para festivais, eventos de empresas ou casamentos.
Mais do que estadias em hotéis tradicionais e visitas a monumentos e museus mundialmente conhecidos, sabemos que os consumidores procuram experiências acima de tudo: no Reino Unido, prevê-se um aumento de 17% na despesa em lazer e entretenimento, e de 16% na despesa em experiências em férias. Contrasta fortemente com o aumento de 1% previsto em artigos para o lar…
Uma segunda tendência nos consumidores em todos os sectores – desde a moda, às viagens, à decoração das casas e aos restaurantes – é a necessidade de experimentar novidades permanentes, aliada a uma predisposição para comprar mais vezes, a preços mais reduzidos, para poder acumular mais experiências. Quando o produto é tangível, deita-se fora, ou vende-se em sites de segunda mão para substituir por outro. Nos serviços de hotelaria, restauração e viagem, não de deita fora mas partilha-se intensivamente, caindo no esquecimento assim que deixa de estar no feed das redes sociais do próprio.
Qual o impacto de ambas estas tendências nos hotéis, nos restaurantes e nos espaços para eventos? É enorme. Afecta – ou deveria afectar – o conceito inicial, a arquitectura, a construção e a decoração.
Implica também alterações grandes para os proprietários e gestores: a disposição para investir mais frequentemente, mudando conceitos e apresentando novidades; um acompanhamento e interpretação das tendências de consumo. A nível operacional, exige-se muito mais do que outrora: a capacidade de materializar tendências em hotéis, espaços, produtos e serviços desejados pelos clientes e que sejam rentáveis para os proprietários. Os ciclos de vida cada vez mais curtos, por seu lado, impactam nos perfis das equipas que são necessárias para o sucesso do espaço; mas também num esforço de comunicação e comercialização muito maior para assegurar o seu lançamento e notoriedade.
O mundo da hotelaria e dos restaurantes assemelha-se, cada vez mais, ao mundo dos espetáculos, das galerias de arte e das exposições temporárias dos museus: num espaço polivalente e flexível, decoradores, designers, celebridades e curadores, juntam esforços para criar ambientes inovadores, únicos e muito desejados – entre outros, porque serão, justamente, temporários.
No entanto, como para cada tendência existe uma contra-tendência, as marcas clássicas têm o seu espaço e há inúmeros casos de sucesso – Patek Philippe, Louis Vuitton, Burberry’s são apenas alguns exemplos – mas porque souberam reinventar-se para acompanhar os seus clientes, contando-lhes a sua história e valorizando a sua continuidade.
Opinião de Rita Machado, VP Sales & Marketing Great Hotels of the World
*Artigo publicado na edição de Novembro da revista Publituris Hotelaria