Monumental Palace, uma homenagem à Hotelaria
A unidade hoteleira de cinco estrelas abriu portas no mês de Novembro e acrescenta 76 quartos à oferta portuense
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Feche os olhos por 20 segundos e imagine o glamour das décadas de 40 e 50. Recorde os filmes de época, quando as personagens mais sofisticadas se instalavam numa qualquer suite de um hotel de luxo. Recorde Paris, Grace Kelly ou Audrey Hepburn. Depois, pode reabrir os olhos e voltar ao tecnológico e inovador século XXI (e a este artigo).
É esse ambiente glamouroso, grandioso e sofisticado, mas tecnologicamente confortável, que o Monumental Palace Hotel traz de novo à hotelaria portuguesa, em concreto, a portuense. Aliás, o Maison Albar Hotels Le Monumental Palace, designação adoptada após a compra pelo grupo francês s Paris Inn Group, que opera a Maison Albar Hotels.
Mas, voltemos um pouco atrás. O projecto hoteleiro de cinco estrelas é o concretizar de um sonho do empresário portuense Mário Ferreira, fundador da Mystic River – maioritariamente conhecida pelo negócio dos cruzeiros, a DouroAzul –, que queria não só recuperar este espaço emblemático na Avenida dos Aliados, na cidade Invicta, como aposta na indústria hoteleira.
O hotel
O Le Monumental Palace ocupa o Edifício Almeida Cunha, em estilo neoclássico, cujo projecto data de 1923 e tem a assinatura de Michelangelo Soá. Mário Ferreira viu neste edifício – que dava corpo à Pensão Monumental – um “projecto desafiante”, mas “único e necessário para a cidade e para o País”. Com isto em mente, o empresário do Norte contactou o arquitecto Audemaro Rocha, da Rodapé Arquitectos; e os designers Artur Miranda e Jacques Bec, do gabinete de arquitectura de interiores Oitoemponto; e, juntos, definiram um projecto “marcado por um compromisso entre a modernidade exigida actualmente e o respeito pela memória histórica do passado”.
Foram necessários seis anos, algumas vicissitudes e 30 milhões de euros, mas o Monumental Palace reabre majestoso e verdadeiramente único, com designs e equipamentos desenhados e concebidos exclusivamente para o efeito, em cumprimentos dos seus desígnios.
Tratam-se de 76 quartos – 63 quartos e 13 suites –, spa com gabinetes para massagens, piscina interior, sauna e banho turco, três salas de conferências, salão, biblioteca e três espaços de restauração: o American Bar, o restaurante Gourmet Le Monument e a cervejaria Monumental Café, que devolve à comunidade o emblemático espaço. A cozinha está a cargo do chef francês Julien Montbabut.
Já no final das obras, há cerca de quatro meses, Mário Ferreira anunciou a venda do hotel ao grupo francês, num negócio que surpreendeu o mercado e chegou ao 38 milhões de euros.
À Publituris Hotelaria, o empresário explica que “a venda do Monumental resulta da apresentação de uma proposta de aquisição que era, verdadeiramente, irrecusável”. “Desde que apresentámos publicamente o projecto, recebemos várias solicitações de interessados em adquirir o mesmo. Recusámos todas. Mas, perante a insistência, e o compromisso de respeitar o projecto que idealizámos para o espaço e que concluímos, sem que quisessem alterar nem um parafuso, acabámos por aceitar uma proposta, como acima disse, irrecusável para a altura, se calhar o mais certo, se fosse hoje seria também recusada”, afirma Mário Ferreira.
“O nosso compromisso foi o de terminar o projecto e entregá-lo pronto para a abertura como acordado. Tarefa que cumprimos com esmero. A gestão do hotel estará a cargo da Paris Inn Group, mas continuaremos disponíveis para trabalhar em parceria”, adianta o fundador da Mystic River.
Novos projectos
Mas se o Monumental Palace Hotel era a bandeira da entrada do empresário portuense na indústria hoteleira, o seu legado no sector está longe de ter terminado.
“Neste momento, temos três outros projectos de hotelaria em curso, todos em locais estratégicos e propriedades especiais”, começa por dizer Mário Ferreira, indicando que existem , dois projectos “em Vila Nova de Gaia – o Hotel do Cais, junto ao Cais de Gaia nos antigos armazéns da Real Companhia Velha, que estamos a recuperar; e o projecto de hotelaria para a escarpa da Serra do Pilar, que será o primeiro em Portugal a ter uma entrada também pelo rio”. “Temos ainda um projeto do Douro Marina Hotel, em Mesão Frio”, recorda o empresário portuense.
Mário Ferreira precisa que todos estes projectos hoteleiros dizem respeito a uma “hotelaria de cinco estrelas, com valências únicas e distintas do que neste momento existe na região”. Contudo, escusa-se a mais pormenores, afirmando que, neste momento, “é prematuro avançarmos com mais detalhes”. “Brevemente teremos mais novidades”, indica.
No entanto, questionado sobre em que fase é que se encontram estes projectos e para quando está prevista a sua abertura, o fundador da Mystic River precisa que “o Hotel do Cais está em fase de construção, estando prevista a sua abertura para o verão de 2019”, enquanto os hotéis “da escarpa e o Douro Marina Hotel ainda se encontram em fase de licenciamento, um há três anos e o outro há 20 anos”; dando enfâse ao tempo que este último se encontra nesta etapa.
Se está a ponderar vender também estas unidade hoteleiras, Mário Ferreira explica que “a nossa intenção, tal como era com o Monumental, é a de concluir os projectos e mantê-los sob nossa gestão. Mas nunca poderemos afirmar que não venderemos se o mercado continuar nesta trajetória de crescimento”. “Na vida deve-se vender quando não se precisa e com mercado em alta, estando preparado para comprar quando o mercado voltar a estar em baixa”, destaca.
“A Hotelaria em Portugal e, mais especificamente, no Porto tem vindo a evoluir positivamente, havendo ainda espaço para crescer e melhorar”, considera o empresário, quando perguntamos sobre o sector hoteleiros nos dias de hoje, e acrescenta: “O ritmo de construção de novas unidades hoteleiras, e o crescimento do turismo em Portugal, são exemplos desse mesmo crescimento e evolução. No entanto, há que evoluir e crescer com critério. E é importante que o foco do crescimento seja agora não apenas na quantidade, mas na qualidade do turismo que somos capazes de atrair. Importa melhorar o nível de serviço, a sofisticação do mesmo, de forma a sermos capazes de atrair turistas com maior poder de compra, que procuram destinos únicos, autênticos e com uma qualidade de serviço elevada. A nossa aposta na hotelaria passa precisamente por este foco.”