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O Estado da Nação Hoteleira: De olhos nos erros passados

A Publituris Hotelaria juntou os principais grupos hoteleiros para debater a actualidade. À mesa estiveram Pestana, Vila Galé, Hoti Hotéis, Altis, Turim e Sana Hotels. Leia sobre os assuntos discutidos no decorrer deste mês, no site da revista.

Patricia Afonso
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O Estado da Nação Hoteleira: De olhos nos erros passados

A Publituris Hotelaria juntou os principais grupos hoteleiros para debater a actualidade. À mesa estiveram Pestana, Vila Galé, Hoti Hotéis, Altis, Turim e Sana Hotels. Leia sobre os assuntos discutidos no decorrer deste mês, no site da revista.

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O Estado da Nação é um debate que tem lugar todos os anos, por norma no final de cada sessão legislativa, antes das férias parlamentares. Um espaço onde é debatida a situação do País e o Governo e oposição confrontam o trabalho feito. Nós quisemos saber o Estado da Nação Hoteleira. Coincidentemente, estamos no início da época alta. Para isso, juntámos os presidentes, CEOs e administradores dos principais grupos hoteleiros portugueses.

Manuel Proença, presidente da Hoti Hotéis; Raul Martins, presidente do Grupo Altis; José Theotónio, CEO do Pestana Hotel Group; Carlos Silva Neves, administrador da SANA Hotels; Ricardo Martins, CEO da Turim Hotels; e Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador dos Vila Galé Hotéis; foram os nomes cujas agendas conseguimos sincronizar por uma hora e meia para se juntarem num pequeno-almoço no InterContinental Estoril. Preço x Ocupação e quem é que está realmente a lucrar: Hoteleiros ou Distribuição?; Limitações do Aeroporto de Lisboa, possível excesso de oferta e necessidade de regulação; Como concorrer com novos conceitos de Alojamento; e, por último, a sustentabilidade do Turismo e perspectivas para o futuro. Estes foram os temas lançados.

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De olhos nos erros passados

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O primeiro tema foi, provavelmente, dos que suscitou mais discussão. Começou ameno, mas as diferentes posições não demoraram a conhecer-se.

Gonçalo Rebelo de Almeida foi o primeiro a tomar a palavra. O aumento da procura é indiscutível, faz parte do ciclo positivo que se vive e “faz com que haja margem para subir os preços”. Uma opinião transversal a todos os protagonistas.

Porém, a verdade é que “em muitas situações estamos a repor, no fundo, a degradação de preços a que se assistiu no período de 2009-2014, em que se andou a sacrificar preço”, em algumas situações “muito próximas do ridículo”. O administrador da Vila Galé confessa que não se pode “queixar”, mas refere que vivemos um ciclo positivo, à semelhança do que já aconteceu outras duas vezes nos últimos 30 anos. Mas “se for actualizar o valor [dos hotéis best seller em 2000] e introduzir o factor correcção monetária, não estou com valores muito acima do que fazia na altura. Obviamente que em valor absoluto há uma diferença grande, mas o dinheiro também tem outro valor. Portanto, não é assim uma coisa espectacular.”

O tema rentabilidade envolve uma componente imobiliária e aqui existem dois aspectos a considerar, segundo Gonçalo Rebelo de Almeida. Por um lado, temos o preço inflacionado do investimento em Lisboa. Do outro, o “perigoso” contentamento com “rentabilidades relativamente baixas”, dado a falta de alternativas do investimento noutros sectores. “Se tiver capital disponível e tiver como opção deixar na banca, num depósito a prazo, e não dar dinheiro nenhum, ou investir num activo imobiliário e dar-me 3 ou 4% de rendimento, as pessoas já estão contentes com este valor.” Porém, se são estes os valores “em períodos positivos”, o risco “da rentabilidade ser muito duvidosa quando houver um ciclo negativo é grande”.

A lógica por detrás do investimento na Hotelaria e no Imobiliário é diferente: “A nossa rentabilidade vem do resultado operacional que aquilo gera enquanto hotel. A lógica deste tipo de investidores é de comprar agora para tentar vender a seguir com uma mais-valia.”

José Theotónio concorda com as ideias já expostas, refere a perda de competitividade do Turismo face ao imobiliário no que concerne a novas unidades e alerta para a “bolha” já vivida em anos passados.

O CEO dos Pestana puxa a distribuição para o debate. Assumindo um modelo de desintermediação dos operadores turísticos e agências, o responsável sublinha que “o crescimento dos custos quer na captação de fluxos directos, quer da intermediação dos canais online tem vindo a subir de forma exponencial e, no fundo, essas empresas são hoje aquelas que se estão a apropriar de uma forma importante daquilo que é o valor que o turismo tem vindo a criar e… Enfim, os números são divulgados por eles: 25% das receitas da Google vêm do travel. Se assim é, quer dizer que esse dinheiro está a ficar nessa parte das empresas electrónicas.”

Manuel Proença alerta, por seu lado, que a recuperação de preço é sentida nas

regiões: Lisboa, Porto, Madeira e Algarve. Mas, “depois, há o interior do País, determinadas cidades onde ainda não se nota essa performance”. Algo que o representante da Hoti Hotéis acredita que vai acontecer, mas “há aqui um efeito de arrastamento conjugado que é a questão do imobiliário” e dos novos players a quem o Turismo é “apetecível”, mas que despertaram apenas agora para este sector.
chamadas grandes r
Na distribuição, o sector tem pouca margem de discussão com as grandes plataformas e acaba por se ver quase que forçado a aceitar as comissões de 20 e 25% exigidas, sob a pena de ‘deixarem de existir’ comercialmente. “E há uma grande parte deste bolo que é o Turismo que, no fundo, acabou por se posicionar fora do país nestas plataformas. Isto é um fenómeno, digamos que relativamente recente, que é muito difícil de combater”, diz o representante da Hoti Hotéis.Ricardo Martins considera o poder das plataformas online – que alteraram radicalmente a forma de comercialização – “perigoso” e sublinha outra vertente desta perigosidade: o “chashflow directo”, ao contrário do que acontece na tour operação, “porque a tesouraria permite que as pessoas tenham mais ambição e voem mais alto”. A isto junta-se a já falada questão do imobiliário e a falta de consciência em alguns processos de análise. “O preço do imobiliário está de tal forma que se pondera e fazem-se contas duas, três e quatro vezes para ver se, de facto, os projectos são rentáveis.”Subir preçosRaul Martins concentra-se na rentabilidade. Afirmando que o “rumo da actividade hoteleira modificou-se”, esclarece que os anos de crise levaram muitas “empresas a endividarem-se para pagar ordenados, fornecedores e manter o negócio”. Uma situação que está, agora, a ser amortizada. “Só em 2016 é que começámos a vender ao preço de 2007”, diz, referindo-se à cidade de Lisboa, onde o Altis concentra actividade. Também a distribuição concentra um maior volume das reservas, independentemente da subida ou não das comissões.
A solução, advoga, passa “pelo aumento de preço na época alta”. “Na baixa estamos a aumentar ocupação”. Só assim a indústria pode ter “melhores resultados e autonomia financeira”. Algo para o qual o aumento do preço do imobiliário já contribuiu, pois os activos “passaram a valer mais”.Carlos Silva Neves concorda com a subida do preço, mas é mais disruptivo na sua abordagem. “Vejo as coisas de uma forma muito diferente. Eu não me queixo que o preço do m2 do imobiliário está alto ou baixo. Vejo da seguinte forma: qual e o potencial que nós, portugueses, temos; a capacidade que temos de fazer; como fazemos e acreditamos fazer. E, depois, as coisas vêm por acréscimo e consequência”.E o que significa isto? Muito resumidamente, não vender Portugal como um destino barato. Nivelarmos os nossos preços pelo panorama europeu. O preço, o nosso valor, diz respeito ao nosso produto e, nisso, a nossa qualidade é indiscutível, defende o responsável dos Sana.A celeuma foi instalada com a questão do preço, que levou Manuel Proença a falar no “reinado” do Revenue Management e que “quem manda é o mercado, não fazemos preços baixos porque queremos”; enquanto Gonçalo Rebelo de Almeida ressalvou que “o produto não pode ser todo cinco estrelas” e Ricardo Martins frisou a necessidade de “consolidar o destino”. O que levou Carlos Silva Neves a reafirmar que Portugal deve ser vendido como um “destino diferente”, uma “alternativa”, e não um destino barato.

* Este artigo foi publicado na íntegra na edição de Junho, número 137, da revista Publituris Hotelaria

 

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NH Collection Gent

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Minor Hotels abre oficialmente as portas do NH Collection Gent

Com esta abertura hoteleira no centro histórico de Gent, a Minor Hotels Europe & Americas passa a contar com quatro hotéis da marca NH Collection Hotels & Resorts na Bélgica.

No início deste mês, a 4 de novembro, a Minor Hotels abriu as portas do seu mais recente hotel na Bélgica, o NH Collection Gent.

Com o lançamento deste hotel da NH Collection no centro histórico de Gent, a Minor Hotels Europe & Americas reforça a presença da marca NH Collection Hotels & Resorts na Bélgica, onde já detém uma propriedade em Antuérpia e duas em Bruxelas.

Parcialmente alojado num edifício restaurado da Feira Mundial de 1913, o hotel homenageia as figuras mais importantes dos têxteis de Gent do século XIV. Inspirado nas obras de Hendrik Conscience, romancista popular flamengo, o NH Collection Gent conta a história do amor proibido entre Veerle Van Artevelde e Lieven Denys, desde a cripta medieval de Denys, do século XIII, até ao Grand Café Van Artevelde.

O NH Collection Gent, de quatro pisos, conta com 174 quartos, sendo que as suites júnior apresentam os nomes dos membros da família Van Artevelde, figuras que se destacaram na história da indústria têxtil de Gent.

NH Collection Gent

Créditos: DR

Além do pequeno-almoço buffet, servido no Restaurante Spinners, a oferta de comidas e bebidas do hotel é composta pelo Grand Café Van Artevelde, onde podem ser “saboreadas especialidades locais e cervejas belgas”, e pelo Dyers Courtyard, dedicado a refeições ligeiras, como referido em nota de imprensa.

Das restantes valências do NH Collection Gent fazem parte um ginásio, sauna e dez salas para reuniões e eventos, com capacidade para 400 convidados.

Um quarto duplo no NH Collection Gent para dois hóspedes tem o valor base de 150 euros por noite, incluindo pequeno-almoço e excluindo impostos municipais.

NH Collection Gent

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Eurostars Bilbao | Créditos: DR, via Hosteltur

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Eurostars Hotel Company chega ao País Basco com dois hotéis

A cadeia hoteleira passará a estar presente em San Sebastián e Bilbau com dois hotéis, cuja abertura está prevista para 2025 e 2026, respetivamente.

A Eurostars Hotel Company tem em vista a construção de um novo hotel em San Sebastián e a reabilitação de um edifício em Bilbau, cujas datas de abertura estão previstas para o verão de 2025 e o final de 2026, respetivamente.

Desta forma, a cadeia hoteleira do grupo Hotusa passará a estar presente pela primeira vez no País Basco, como noticia o Hosteltur. Ambos os projetos serão acrescentados ao portefólio da Eurostars Hotel Company em regime de arrendamento.

Em San Sebastián, mais concretamente no Paseo de la Fe, será construído o futuro Eurostar Villa Itziar, um quatro estrelas cujas obras de construção começaram no final de 2023, sob a direção do estúdio FIARK.

O futuro hotel de nova construção vai contar com 27 quartos, restaurante, um bar no rooftop, ginásio, jardim com piscina exterior e parque de estacionamento. A expectativa é a de que o hotel abra portas no verão de 2025.

Em Bilbau, a cadeia já deu início às obras de reabilitação do edifício que dará lugar ao futuro Eurostars Bilbao, um quatro estrelas situado na margem norte do rio Nervión, próximo ao Museu Guggenheim e ao Estádio de San Mamés.

O hotel vai oferecer 75 quartos e vários espaços comuns, prevendo-se que abra portas no final de 2026, após as obras de remodelação projetadas e dirigidas pelo estúdio de arquitetura Ajuriaguerra TRES.

“Tanto Bilbau como San Sebastián são destinos com um desenvolvimento turístico notável na última década, para o qual queremos contribuir com uma oferta de alta qualidade, que enriqueça a experiência dos visitantes. Esperamos continuar a crescer na região com novas iniciativas que reforcem o nosso compromisso com a excelência turística”, afirmou Amancio López, presidente do Grupo Hotusa.

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Hélder Martins mantém-se como presidente da AHETA

A AHETA elegeu os corpos sociais para o triénio 2025-2027, mantendo-se Hélder Martins como presidente.

A única lista a concorrer para os corpos sociais da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) – Lista A – que integrava todos os membros que compunham a lista apresentada em 2022, embora reforçada por mais algumas empresas em virtude da alteração de estatutos entretanto realizada, foi declarada vencedora, com a totalidade dos votos expressos, a favor.

Hélder Martins presidente reeleito, refere, em comunicado que “é de salientar, em primeiro lugar a confiança depositada pelos associados, o que muito agradecemos e a nossa promessa é de continuar a trabalhar para afirmar a AHETA como principal associação regional, na área do turismo. Numa altura em que nos deparamos com tantos desafios, temos que juntar todos os esforços no sentido de garantir a solidez das empresas para continuar a apostar na melhoria das condições dos nossos colaboradores, razão fundamental do sucesso do turismo e, por outro lado, continuar a apostar na qualidade dos empreendimentos turísticos com vista a uma melhor garantia de ‘value for money’, na perceção dos turistas.

Por seu lado, Mário Ferreira, o novo Presidente da Assembleia Geral, “espera continuidade no que se refere aos compromissos assumidos nestas e nas anteriores eleições, que nos elegeram”, apontando a conclusão da “criação do Gabinete do Associado, como meio de ouvir as empresas e ajudar a resolver os seus problemas; densificar os Gabinetes de Apoio Jurídico e Apoio ao Investimento”.

“Espero ainda que a AHETA continue a ganhar escala de representação, seja por via orgânica angariando novos associados, seja por cooperação ou agregação com entidades que concorrem para os mesmos objetivos”, frisa o novo Presidente da Assembleia Geral.

E conclui: “o Algarve, enquanto Região e Destino Turístico, tem especificidades que devem ser defendidas pelas próprias empresas, pois ninguém o irá fazer por nós. Só uma AHETA forte e representativa, como ator de peso no conjunto das instituições, poderá defender as empresas do Algarve da tentação centralista de Lisboa”.

A tomada de posse terá lugar a 20 de novembro, às 19.30 horas no Hotel Alísios, em Albufeira, presidida pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.

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Sommet Education estabelece parceria com a HSMAI

O memorando de entendimento assinado entre a Sommet Education e a Hospitality Sales & Marketing Association International (HSMAI) na região Médio Oriente e África estabelece um conjunto de projetos e atividades entre as instituições.

A Sommet Education, que engloba as escolas Les Roches e Glion Institute of Higher Education, assinou um memorando de entendimento com a Hospitality Sales & Marketing Association International (HSMAI) do Médio Oriente e África (MEA, na sua sigla em inglês).

A parceria “estabelece um quadro para o envolvimento mútuo em projetos e atividades que irão melhorar as oportunidades de crescimento educacional e profissional na indústria da hospitalidade”, como a Sommet Education refere em comunicado.

Uma destas atividades passa pela organização de mesas-redondas executivas pela HSMAI MEA, com professores da Les Roches e do Glion Institute of Higher Education a debaterem temas como as tendências da hotelaria, a inovação e o marketing estratégico. Está ainda prevista a organização de webinars, workshops e seminários.

Através deste acordo, prevê-se também a contribuição de especialistas académicos da Les Roches e da Glion na produção de artigos de investigação e documentos técnicos para publicação no website da HSMAI MEA.

Além destas atividades, a Sommet Education será parceiro educativo na 7ª Conferência Anual de Estratégia Comercial (CSC), que terá lugar de 26 a 27 de novembro deste ano no Conrad Dubai.

“A nossa parceria com a HSMAI MEA alinha-se perfeitamente com a nossa missão de promover a excelência na hotelaria através da formação. Ao conectar os nossos alunos com uma rede profissional tão vasta, o nosso objetivo é colmatar a lacuna entre a academia e a indústria, capacitando a próxima geração de líderes da hospitalidade com percepções e oportunidades do mundo real”, refere Adrian Artimov, VP of Enrolment at Sommet Education.

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Câmara de Lisboa dinamiza formação de gestão do risco de sismo e tsunami para hoteleiros

A iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) decorre esta quarta-feira, 20 de novembro, no Auditório do Alto dos Moinhos – Metro de Lisboa, entre as 09h00 e as 15h30.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) encontra-se a desenvolver um projeto relacionado com a capacitação para a gestão do risco de sismo e de tsunami por parte dos empreendimentos turísticos localizados na cidade de Lisboa, através do Programa ReSist e do Regimento de Sapadores Bombeiros, bem como do Centro Europeu de Riscos Urbanos.

A iniciativa, de acordo com a CML, decorre do facto de este território apresentar “condições propícias à ocorrência” destes fenómenos, razão pela qual realizará em parceria com estas entidades uma ação de formação dirigida a profissionais da hotelaria, sejam gestores hoteleiros, supervisores de manutenção, segurança hoteleira ou proprietários de alojamentos locais (AL).

A formação “Turismo sustentável e resiliente” decorre esta quarta-feira, 20 de novembro, no Auditório do Alto dos Moinhos – Metro de Lisboa, onde serão apresentadas medidas que podem ser implementadas nos alojamentos, sejam hotéis ou AL.

O objetivo passa por “mitigar o risco sísmico, promover a resiliência e a sustentabilidade face a fenómenos naturais e capacitar preventivamente para a avaliação e gestão de cenários de catástrofe, quer no plano individual quer no plano coletivo”, como a CML refere em comunicado.

A formação, que terá lugar entre as 09h00 e as 15h30, inclui temas como “Tsunami: factos e mitos”; “Mitigação do risco sísmico”; “Continuidade do negócio e sustentabilidade no setor hoteleiro”; “Cultura de autoproteção em ambiente de catástrofe” e “Socorro e estabilização de vítimas”.

A participação na formação é gratuita, contudo, é necessária inscrição através do link.

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Six Senses alarga portefólio em Itália com novas aberturas em Milão e no Lago de Como

O Six Senses Milan tem data de abertura prevista para 2025, na Via Brera 19. Já o futuro Six Senses Lake Como deverá abrir portas em 2028, resultado da remodelação do Grand Hotel Cadenabbia.

A marca hoteleira Six Senses aumenta a sua presença em Itália com duas novas aberturas no país: o Six Senses Milan e o Six Senses Lake Como.

Ambos os hotéis surgem da assinatura de um acordo de gestão hoteleira com o Gruppo Statuto, sendo que o hotel da Six Senses em Milão tem abertura prevista para o próximo ano 2025 e o do Lago de Como em 2028.

O futuro Six Senses Milan ficará situado na Via Brera 19, com um total de 68 quartos, dos quais 15 são suites, e duas piscinas. Além do spa apetrechado com tecnologia de ponta, à semelhança de outros hotéis da marca, o Six Senses Milan vai oferecer um rooftop com bar e piscina.

Dada a sua localização naquele que é considerado um bairro de artistas, onde a tradição e a cultura milanesa se encontram, o hotel pretende levar os seus hóspedes numa “viagem de descoberta pelo artesanato e o estilo intemporal”, como refere em nota de imprensa, através de pormenores como o mármore arabescato, latão antigo, vidro fumado feito à mão, os tetos texturados e rebordos em mosaico”.

Six Senses Milan

Six Senses Milan | Créditos: DR

Já o Six Senses Lake Como abrirá portas após a remodelação total do atual Grand Hotel Cadenabbia, situado na margem ocidental do lago. O número de quartos do atual edifício de seis andares será “significativamente reduzido”, de acordo com a marca, para acomodar 102 quartos e suítes espaçosos, sendo que será também dedicado mais espaço para a área de spa e wellness.

A piscina e o deck exteriores serão complementados por uma piscina flutuante no lago. Já a oferta de comidas e bebidas inclui um restaurante de especialidade, um bar no terraço e um restaurante no quarto piso da unidade, com vista para o lago.

“Tanto o Six Senses Milan como o Six Senses Lake Como correspondem a um objetivo. O primeiro foi intencionalmente dimensionado e concebido para oferecer uma hospitalidade cuidada e o bem-estar holístico numa das capitais da moda mais dinâmicas da Europa. Já o segundo será um refúgio sereno inserido num dos mais belos jardins à beira do lago, a apenas 90 minutos de distância de Milão”, refere em comunicado Neil Jacobs, CEO da Six Senses.

Estas duas aberturas, fruto de um acordo com o Gruppo Statuto, segue-se à abertura do Six Senses Rome, em 2023, no restaurado Palazzo Salviati Cesi Mellini, bem como do Six Senses London e Six Senses Ibiza, que também resultaram de um acordo com este grupo.

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AHETA vai a votos a 18 de novembro

As eleições que decorrem a 18 de novembro, segunda-feira, têm como objetivo eleger os órgãos sociais para o triénio 2025/2027.

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) vai a votos a 18 de novembro para eleger os órgãos sociais para o triénio 2025/2027.

Presente a sufrágio estará uma lista liderada por Mário Ferreira na Assembleia Geral, Hélder Martins, na Direção e Francisco Moser no Conselho Fiscal.

Em nota de imprensa, a associação dá conta de que “esta será uma lista que aposta na continuidade do trabalho realizado e que integra todos os elementos que integravam as listas anteriores”.

Desta forma, apresentam-se para a assembleia geral Mário Azevedo Ferreira (PG Hotels), como presidente; Maria do Rosário Ribeiro (Vila Galé S.A), como vice-presidente; e José Emídio (AGT, S.A.) e Orlando Lopes (Mogal, Inv. Tur Hoteleiros S.A.) como secretários.

Já a direção conta com Hélder Martins (Pedras d’el Rei, Gestão e Turismo, S. A.) como presidente. Já a listagem para vice-presidente inclui Joel Pais (Solverde, S.A.); Jorge Beldade (Minor Luxury Hotels S.A.); José Vila-Nova (Vila Vita Parc, Lda); Martinho Fortunato (Marlagos, In. Turísticas Lda); Pedro Lopes (Salvor, S.A.); Reinaldo Teixeira (Garvetur Ag. Imobiliária, S.A.); Sérgio Leandro (SGEHR, Soc Gest e Exp. Hotéis e Resorts, S.A.);  Teresa Bispo (Pedra dos Bicos, S.A.); José Carlos Leandro (Alísios II, Imob. Turismo, S.A.); Carlos Viegas (Soc. Turística Vasco da Gama, S.A.); José Queiroga Valentim (Pedras da Rainha, At. Turísticas, S.A.).

Por fim, o conselho fiscal apresenta como presidente Francisco de Moser (Details Hotels & Resorts, S.A.), como vice-presidente Rui Justo (Balvil Gest Emp Turísticos Lda) e como secretário Rui Costa (Alboltur Soc. Hoteleira Lda).

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João Jesus assume direção regional de operações de resorts para o sul da Europa na Minor

Após um extenso percurso profissional ligado à Minor Hotels, e depois de um ano e meio como diretor-geral do Domes Lake Algarve, João Jesus regressa a este grupo hoteleiro para suceder a Jorge Beldade, que irá reformar-se no final de 2024.

A Minor Hotels apostou em João Jesus assumir o cargo de diretor regional de operações de resorts para o sul da Europa. Desta forma, o profissional fica responsável pela gestão global dos atuais resorts que integram o portefólio da Minor Hotels em Portugal, Espanha, França e Itália, além da abertura de novos resorts nestes destinos.

Licenciado em Marketing Turístico, João Jesus conta com uma pós-graduação em Gestão de Campos de Golfe, pela Universidade do Algarve. Começou a carreira no setor no Tivoli Carvoeiro, onde desempenhou vários cargos. Posteriormente, passou para a equipa comercial da Tivoli Hotels & Resorts, “onde se destacou na área do golfe”, como referido em nota de imprensa.

Em 2010, assumiu a função de diretor de vendas de lazer, ao qual se seguiu o cargo de diretor de vendas e marketing da região do Algarve. Já de 2018 a 2023, assumiu a direção-geral do Tivoli Carvoeiro.

Após um ano e meio como diretor-geral do Domes Lake Algarve, João Jesus regressa à Minor Hotels, sucedendo a Jorge Beldade, que irá reformar-se no final de 2024.

“Retorno à Minor Hotels com muito entusiasmo. Com estas novas funções, terei a oportunidade de me desafiar profissionalmente e, em simultâneo, contribuir para consolidar o crescimento da Minor Hotels no mercado europeu”, comenta João Jesus.

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Fim de ano no Algarve com ligeiro aumento, mas “sem grande impacto no turismo”, diz AHETA

Os hoteleiros algarvios preveem uma ligeira subida na taxa de ocupação dos hotéis para o período da passagem de ano, comparativamente a 2023, “mas sem grande impacto no turismo”, estima o presidente da principal associação hoteleira regional.

“Perspetivamos que a ocupação fique ligeiramente acima dos 80% registados no ano passado nas unidades que vão estar abertas para esse período”, revelou o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), à agência Lusa.

De acordo com Helder Martins, ao contrário do Natal, “uma festa vivida mais em casa e em família e sem impacto no alojamento turístico”, a passagem de ano “atrai mais pessoas à região, mas não é isso que vai alterar o mês”.

“Esta é a época mais baixa do ano, são meses com taxas de ocupação no alojamento de cerca de 30%, aumentando ligeiramente para a passagem do ano, mas só em uma ou duas noites, o que não é expressivo”, notou.

Contudo, adiantou, os hoteleiros perspetivam “para esse curto período, um ligeiro aumento em relação ao ano passado”.

Segundo o dirigente, os aumentos previstos refletem-se, sobretudo, nas unidades que oferecem pacotes de estadia e animação, bem como nos concelhos que promovem animação de rua.

“São ofertas que atraem as pessoas e que têm algum impacto no alojamento nas unidades que vão funcionar nesse período”, sublinhou o presidente da AHETA.

Helder Martins disse “desconhecer ainda a taxa de reservas” para a época festiva, adiantando que as mesmas “começam a ter procura quando as unidades anunciam o programa de animação e, depois, as de última hora”, ou seja, na semana anterior ao fim do ano.

“É um período mais procurado pelo mercado nacional, mas que se resume a uma estadia curta e, pela experiência que temos, sem grande impacto no turismo na região”, concluiu.

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Nova edição novembro: Sustentabilidade na hotelaria

O mais recente número da revista Publituris Hotelaria aborda a sustentabilidade aplicada ao setor, com as considerações proferidas no Global Summit do World Travel and Tourism Council (WTTC) e no World Travel Market London (WTM). No dossier desta edição, fique ainda a conhecer o Fundo de Sustentabilidade do Six Senses Douro Valley e a utilização da aplicação da Too Good to Go na hotelaria em Portugal, que desde a sua chegada ao país já reuniu 79 hotéis aderentes.

Carla Nunes

O mais recente número da revista Publituris Hotelaria aborda a sustentabilidade aplicada ao setor, com as considerações proferidas no Global Summit do World Travel and Tourism Council (WTTC) e no World Travel Market London (WTM).

A (in)sustentabilidade foi um dos temas centrais em dois eventos globais no universo do turismo. E em ambos as conclusões foram simples e claras: caso nada se faça, o turismo será fortemente impactado e com isso, a hotelaria não sairá incólume. Em vez de sustentabilidade, os especialistas preferem a definição “regeneração”. Mas uma coisa é certa e em ambos os eventos foi possível ouvir: “Está na altura de atuar. Já!”.

No dossier desta edição, fique ainda a conhecer o Fundo de Sustentabilidade do Six Senses Douro Valley, através do qual são apoiadas instituições de cariz social da região. Para o próximo ano, o objetivo passa por duplicar o número de projetos apoiados através deste fundo. Destaque também para a utilização da aplicação da Too Good to Go na hotelaria em Portugal, que desde a sua chegada ao país já arrecadou 79 hotéis aderentes.

No capítulo “Fala-se” damos conta de dois estudos apresentados no Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que este ano decorreu na Feira de Exposições de Aveiro.

Um deles, elaborados pela NielsenIQ Portugal, retrata o “Estado da Arte da Restauração em Portugal”, no qual os empresários e consumidores inquiridos apontam a perda do poder de compra como a principal causa da diminuição das refeições fora de casa.

Já no mais recente estudo do KIPT – Knowledge to Innovate Professions in Tourism, realizado em colaboração com a AHRESP, é referido que nos trabalhadores entre os 25 e os 34 anos o risco de demissão silenciosa é maior (28%), uma tendência que também se verifica mais nos nacionais (23%) do que nos estrangeiros (18%) e nos colaboradores solteiros (25%).

Na secção “Fornecedores” o CEO da La Redoute Portugal, Paulo Pinto, dá conta da evolução da La Redoute Intérieurs em Portugal, onde este segmento já representa dois terços das vendas da empresa no país. Passados dez anos da sua implementação por terras lusas, a La Redoute Intérieurs granjeou o segundo lugar a Portugal no pódio em vendas no segmento profissional, que é liderado por França.

Quase a fechar, na Palavra de Chef deste mês o chef do restaurante Frondoso, João Fevereiro, dá-nos a conhecer os sabores açorianos que trabalha no DoubleTree by Hilton Lagoa Azores, numa conversa guiada pela importância de preservar a biodiversidade, a sustentabilidade na cozinha e a relação dos cozinheiros com os fornecedores.

Por fim, fique com uma “Inspeção” ao Locke Santa Joana, a primeira unidade deste grupo hoteleiro operado pela edyn, empresa de hospitalidade sediada em Londres. Localizado no antigo Convento de Santa Joana, datado do século XVII, este hotel junto ao Marquês de Pombal, em Lisboa, oferece 370 unidades de alojamento e uma vasta oferta de comidas e bebidas. No restaurante principal da unidade, o Santa Joana, a cozinha é liderada pelo chef Nuno Mendes.

As opiniões desta edição pertencem a Alexandra Ventura (Nova SBE); António Melo e Rúben Guerreiro (ADHP e ADHP Júnior, respetivamente); Luís Ferreira (ISAG); Luís Pedro Cramo Costa (Neoturis); Bruno Coelho (Beltrão Coelho) e Alexandre Marto Pereira (United Hotels of Portugal).

*Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

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