Grupo Pestana regressa aos lucros com 23 milhões de euros
Depois de um ano de 2020 negativo, o Pestana Hotel Group (PHG) regressou aos lucros, obtendo um resultado líquido de 23 milhões de euros. Já as receitas passaram para 295 milhões, enquanto o EBITDA ultrapassou os 96 milhões.
Victor Jorge
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Os resultados líquidos referentes ao exercício de 2021 do Pestana Hotel Group (PHG), apresentados esta quarta-feira, dia 18 de maio, voltaram a números positivos, registando lucros de 22,9 milhões de euros, contra os 32,2 milhões de euros negativos alcançados em 2020, mas ainda longe dos 79,4 milhões obtidos no melhor ano de sempre do maior grupo hoteleiro português, em 2019.
No que diz respeito ao volume de vendas, o crescimento foi de 113,7 milhões de euros, passando de 181,7 milhões, em 2020, para 295,4 milhões de euros, em 2021, mas, também aqui, ainda aquém dos 418,8 milhões de euros alcançados no último ano pré-pandémico.
Já no EBITDA, o grupo apresentou, para o exercício de 2021, 22,9 milhões de euros face aos 33,7 milhões de 2020, triplicando, assim, este valor. No exercício de 2019, o EBITDA obtido pelo grupo foi de 161,8 milhões de euros.
Na conferência de imprensa que marcou a apresentação de resultados do grupo Pestana, José Theotónio, CEO do PHG, admitiu que “cada ano de pandemia parecia um século”, fazendo referência ao desempenho variável do exercício. “O ano de 2021, em termos turísticos começou, basicamente, em maio”, admitiu José Teotónio, revelando que “se até maio tivemos muito pouca atividade, tivemos uma abertura no quinto mês do ano, mas que depois voltou a cair, com a situação dos britânicos, para voltar a crescer nos meses de verão. Depois veio a variante Ómicron e, em novembro, tudo voltou tudo a fechar”, salientou o responsável do grupo.
“Comparado com 2020, sem dúvida que 2021 foi melhor, mas ficámos, naturalmente, longe de 2019”, destacando José Teotónio que “2021 ficámos a 45 a 50% de 2019”.
Considerando que os números de 2021 “não são um grande resultado, mas, dadas as circunstâncias, termos regressado aos resultados positivos já é muito bom”, confidenciou José Theotónio.
Destacando que, em fevereiro de 2020 o grupo abriu o 100.º hotel para “fechá-lo 39 dias depois” [unidade de Nova Iorque], José Teotónio revelou que o grupo já tem, atualmente, todas as unidades (re)abertas).
Regressando, no entanto, a 2021, e com o mercado nacional a dar “um forte contributo em termos de reservas”, o grupo teve nos destinos de resort, com destaque para o Porto Santo e o Algarve, os pontas de lança na recuperação, contrapondo o desempenho dos destinos citadinos que “levaram e deverão levar mais tempo a recuperar”, segundo o CEO do grupo.
De resto, o PHG manteve as aberturas previstas para 2021 e 2022, com as nove unidades que estavam em pipeline, admitindo José Theotónio que, “com a pandemia, não tínhamos muito interesse em acelerar estes processos”. Assim, ao longo destes dois anos, foram acrescentados cerca de 1.000 quartos à oferta existente: Pousada de Vila Real de Santo António (Algarve), Pestana Vintage (Lisboa), Pousada do Porto-Flores (Porto), Pestana Fisherman (Maderia), Pestana CR7 Gran Vía (Madrid, Espanha), Pestana CR7 Times Square (Nova Iorque, EUA), Pestana Tânger (Marrocos), todos em 2021, continuando as aberturas em 2022 com o Pestana CR7 Marrakech (Marrocos) e Pestana Douro Riverside (Porto).
“Temos todos os hotéis abertos, o que é um contentamento, mas também um desafio. Agora é colocá-los no mapa”, antevendo com “boas perspetivas” o verão que está a chegar, mas sinalizando a guerra que se está a desenrolar a Leste “e ainda a COVID que parece que acabou, mas ainda aí está”.
Para 2022, José Theotónio acredita que, numa perspetiva Like-for-Like (LfL), ou seja, contabilizando a mesma operação que existia em 2019, “deveremos ficar a 85 a 90%, mas no total, estimamos um 2022 semelhante ou mesmo superior a 2019, o melhor ano de sempre do grupo”.