Resort na Bahia: Vila Galé garante que não há indígenas na área de construção
O grupo hoteleiro português reagiu ás notícias que dão conta da construção de uma unidade hoteleira numa reserva indígena.

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A Vila Galé Hotéis reagiu esta terça-feira, dia 29 de outubro, em comunicado às notícias sobre a alegada construção de um hotel de luxo numa reserva indígena no sul do estado brasileiro da Bahia, com o apoio do Governo do Brasil.
O grupo Vila Galé começa por esclarecer que celebrou em maio de 2018 um acordo de parceria com uma empresa brasileira proprietária de uma área de cerca de 60 ha para o desenvolvimento de um resort hoteleiro numa área total aproximada de 20 hectares, no Município de UNA, Estado da Bahia.
Trata-se de um projeto “estruturante para UNA, para a Bahia e para o Brasil”, constituído por “um grande Resort com cerca de 500 quartos, 6 Restaurantes, Centro de Convenções e Eventos, piscinas, Clube de Crianças com Parque Aquático, Recepção, Bares, SPA com piscina interior aquecida, etc…”
Os estudos e projetos foram realizados na totalidade, “estando aprovados pelas entidades competentes – A licença prévia ambiental está emitida e em vigor”, afirma o grupo.
Quanto à licença de instalação e o alvará de construção “estão prontos para emissão, apenas a aguardar o esclarecimento desta questão por parte da FUNAI e do Ministério da Justiça que tutela esta instituição”.
O grupo declara que “não existe no local qualquer tipo de ocupação de pessoas e bens ou sequer vestígio da mesma num horizonte temporal muito alargado”, estando tudo preparado para “o imediato arranque da obra de construção logo que se verifique o esclarecimento desta questão e munida das necessárias licenças”.
Sobre as notícias desta terça-feira, dia 29, o grupo sublinha que: “A obra não está iniciada e não existem indígenas nesta área nem quaisquer vestígios dos mesmos no local”, assim como “a área é propriedade privada”.
Recorde-se que a notícia foi divulgada pelo site The Intercept e referia que a área em causa, que corresponde a 470 quilómetros quadrados, pertence ao povo Tupinambá de Olivença, que luta pela demarcação das terras há pelo menos 15 anos.
“Esta é a primeira vez, pelo menos desde a Constituição de 1988, que um órgão federal faz ‘lobby’ sobre outro – e o regista num documento oficial do Governo – para entregar à iniciativa privada uma área indígena, também ela registada num documento oficial do executivo”, afirmou o portal.
A área em causa é o lar de 4,6 mil nativos, além de pescadores artesanais, e a sua história remonta a 1680, quando missionários jesuítas fundaram aquele aldeamento indígena.
Desde então, os Tupinambá residem no território que circunda a vila de Olivença, nas proximidades do curso de vários rios.