Opinião | A única escolha que tem um propósito e uma visão: é a utopia que co.cria uma nova realidade
Leia a opinião de Ana Cristina Guilherme, publicada na edição 151 da Revista Publituris Hotelaria, distribuída em Agosto de 2018.
Publituris Hotelaria
AHP e SITESE assinam revisão das tabelas salariais do Contrato Coletivo de Trabalho para 2025
Consumo de água global nos empreendimentos turísticos do Algarve cai 16%
Eurofred passa a distribuir o Aquatank NEO da Daitsu
Líbere Hospitality Group investe em segundo empreendimento no Porto
Escolas do Turismo de Portugal ministram programa de formação e integração de migrantes no setor
Inquérito AHRESP: Alojamento turístico antecipa ocupações acima dos 80% para a Passagem de Ano
BTL assume nova identidade
Jupiter Hotel Group aposta em Carla Almeida para o cargo de Sales Manager
Universidade Portucalense lança novo programa executivo em Gestão e Retenção de Talento na Hotelaria
Bensaude Hotels Collection integra Caloura Hotel Resort no portfólio
Há esperança para Portugal e em especial para a região da Comporta, que pode reforçar definitivamente um posicionamento internacional único e diferenciador.
Há apenas um único projecto que honra o Destino Comporta e Portugal, chama-se UTOPIA, a visão de Louis-Albert de Broglie para uma região carismática e que sempre antecipou o futuro.
O nosso País tem, em Setembro, a oportunidade de criar algo único a nível internacional e assumir a liderança com um destino diferenciador que honra a herança e o legado da riqueza portuguesa. Qualquer outra escolha que não esta, é um erro estratégico e um crime no património ambiental à escala internacional.
Redefinir o luxo:
O que há dez anos foi uma tendência é hoje uma realidade que está para ficar. É uma forma de estar e pensar a Vida. Hoje o conceito “luxo” passou a estar mais ligado a palavras como: autêntico, silêncio, natureza, conforto, despretensioso, sustentável, equilíbrio, ecológico, cultura, biodiversidade, mindfulness, privacidade e muitas mais.
A Comporta traduz esta essência, é real e é a sua personalidade como “marca” Comporta que tem conquistado pessoas dos mais diversos pontos do mundo, que elegem este destino como o “destino” que as apaixona e conquista para sempre.
Aprender com o passado:
Existem já em Portugal duas regiões que provam o erro que é cair no ganho fácil das construções sem limites, na especulação imobiliária e em falta de estratégia: Algarve e Madeira. É interessante analisar que, em ambos os casos, tem sido feito o imenso esforço para tentar reposicionar os destinos: dar destaque às zonas menos “estragadas” e que para os mais entendidos é uma mensagem óbvia da vergonha dos abusos do passado.
É possível agora escolher e fazer diferente: no caso da Comporta é mesmo valorizar o que a torna única: porque já é um destino de utopia e por isso apaixona quem o visita. É este carisma natural que tem destaque na imprensa mundial e, por isso, temos o dever moral de proteger e assegurar a continuidade desta região tão valiosa.
Portugal como catalizador
Há algo mais além do óbvio que encanta quem nos visita ou troca de país para viver diariamente esta magia de “ser português”: uns dizem que é a gastronomia, as pessoas, outros os benefícios fiscais, a cultura ou o clima mas, e se for algo maior? Fernando Pessoa desvendou a visão de Portugal no Mundo ao escrever o “V Império”.
Dalai Lama tem esta frase: “O planeta não precisa de mais pessoas bem- sucedidas, o planeta precisa DESESPERADAMENTE de mais pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e amantes de todos os tipos.” Concordo e acrescento que Portugal precisa é de ter mais projectos com alma, visão e respeito que assegurem e valorizem a riqueza, a unicidade e a diferença de cada região.