Pestana acelera crescimento
Grupo vai abrir 20 unidades em três anos, igualando as aberturas feitas nos últimos seis anos.
Patricia Afonso
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São mais 20 novos hotéis até 2020, num investimento de 200 milhões de euros. São estes os números do plano de expansão do Pestana Hotel Group a curto prazo, o “maior de sempre”.
Em três anos, o Pestana Hotel Group vai adicionar ao seu portefólio mais três mil camas, distribuídas por 20 unidades hoteleiras, em Portugal e no estrangeiro. Este número de aberturas corresponde ao mesmo número de hotéis que o grupo abriu nos últimos seis anos, algo que espelha a “aceleração” do crescimento do Pestana Hotel Group.
Os valores foram reiterados na manhã desta quarta-feira por José Roquette, administrador responsável pelo desenvolvimento, que resumiu a estratégia do grupo e assumiu que este é o maior plano de expansão “de sempre”.
Um dos principais contributos da estratégia do grupo é a diversificação: do risco patrimonial por diferentes localizações – como se observar pela contínua procura por locais diferentes –; do produto e conceitos, nomeadamente através da inovação; e da cultura de gestão. Este plano de passa, também, pela procura de novos modelos de negócios e pela “ampliação da visibilidade da marca em mercados mais relevantes”.
DESAFIOS
O administrador apontou, também, os principais desafios com que o grupo se vai debatendo: a consistência, “sobretudo nos modelos de negócio e fórmulas e competitividade”; e na rentabilidade ao longo dos vários ciclos. Neste ponto, José Roquette salientou a importância das reestruturações nos momentos determinantes e no “racionalizar as estruturas”. Ainda nestas questões, o administrador revelou alguns valores, com destaque para o número de quartos em 2010 e os esperados no triénio 2018-2020 (9,470 vs 15,470); e para o EBITAR do grupo, que cresceu dos 96 milhões de euros em 2010, para os 125 milhões de euros em 2017. Isto, depois da quebra com a crise, em particular em 2013 e 2014, onde este indicador caiu para os 93 e 92 milhões de euros, respectivamente.
O último grande desafio é a “obsessão pela solidez”, com uma “visão de longo prazo e uma questão de credibilidade”.
Sem querer falar nos números de operação, José Roquette admitiu que a dívida do grupo seria totalmente paga com cerca de três anos e meio do EBITDAR actual. Esta é, aliás, uma métrica imposta pelo próprio fundador, Dionísio Pestana. O ano de 2017 terá sido de recordes e o “melhor de sempre”. Para 2018 e 2019, o responsável não prevê qualquer tipo de desaceleração. Pelo contrário, com o actual ano a poder mesmo ultrapassar os anterior.
Em jeito de resumo, José Roquette apontou os três pilares da estratégia do Pestana Hotel Group: a diversificação (geográfica, partimonial e financeira); a inovação (no produto/conceito e modelo de negócio); e o branding: (através da segmentação e posicionamento).
PORTUGAL, EUROPA E EUA
Portugal, a Europa e a América do Norte, em concreto os EUA, são os principais focos de investimento da marca, que vai investir cerca de metade dos 200 milhões de euros revelados no País, que albergará cerca de 60% dos três mil quartos.
Esta aposta em Portugal tem a ver com o bom momento vivido pelo País e que o grupo acredita que se irá manter.