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Kodawari Residences escolhe o Porto para abrir a sua primeira unidade

A futura unidade vai contar com 15 suítes, com o objetivo de proporcionar a melhor noite de descanso possível. Para tal, o foco será colocado exclusivamente nos quartos com produtos de alta gama, eliminando as valências disponíveis noutras unidades hoteleiras, como serviços de Food and Beverage (F&B).

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Kodawari Residences escolhe o Porto para abrir a sua primeira unidade

A futura unidade vai contar com 15 suítes, com o objetivo de proporcionar a melhor noite de descanso possível. Para tal, o foco será colocado exclusivamente nos quartos com produtos de alta gama, eliminando as valências disponíveis noutras unidades hoteleiras, como serviços de Food and Beverage (F&B).

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A Kodawari Residences vai abrir a primeira unidade do seu portefólio no primeiro trimestre de 2025 no Porto, na Rua das Flores.

A futura Kodawari Flores vai contar com 15 suítes, estabelecendo como missão “garantir um descanso incomparável”. Para isso, além da preocupação pela acústica da construção, os quartos da unidade hoteleira vão contar com camas Hästens, amenities Amouage e cobertores da start-up portuguesa Blanky. Estará também disponível um serviço de concierge digital.

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A Kodawari refere, em nota de imprensa, que desta forma concentram-se “no essencial, criar o ambiente perfeito para um sono profundo e reparador”, eliminando aquilo que consideram como “serviços desnecessários, frequentemente associados aos hotéis de luxo e que são cobrados independentemente do tempo e do usufruto que o cliente tem”.

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“Kodawari” nasce de uma expressão japonesa, como a empresa explica em comunicado, que pretende “explicar a busca constante pela perfeição num determinado produto, serviço ou conceito e persegui-lo com paixão, insistência e resiliência”. Neste caso a empresa pretende, acima de tudo, “proporcionar uma noite de sono perfeita, onde o que realmente importa é o conforto e descanso profundo”.

No website da Kodawari Residences a empresa dá conta de mais duas aberturas, uma no Porto e outra em Lisboa, não se conhecendo por enquanto a sua data de abertura.

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Eurofred apresenta segunda geração da bomba de calor Logik da Daitsu

A Eurofred passa a disponibilizar a segunda geração da bomba de calor multifunções Logik, concebida para responder às necessidades de climatização e AQS de grandes edifícios residenciais e comerciais.

De dimensões compactas e de fácil instalação, o equipamento conta com uma ligação hidráulica que não requer manuseamento de refrigeração e permite que a água seja o fluido de transferência direta de calor.

Ao concentrar todos os componentes de refrigeração na unidade exterior, este sistema monobloco elimina a necessidade de módulos interiores, simplificando a instalação hidráulica e reduzindo os custos de construção, como a empresa refere em nota de imprensa.

Desta forma, o Logik II monobloco é capaz de fornecer água quente até 60ºC. Incorpora ainda um compressor de duplo estágio e um ventilador com tecnologia “Inverter” que otimiza o consumo de energia, garantindo o seu funcionamento mesmo em condições climáticas extremas acima dos -20 ºC e até 45 ºC.

Em comparação com o modelo anterior, a nova gama Logik II oferece uma redução do nível sonoro de até menos sete decibéis (dB). Está também equipada com um sistema de monitorização remota e controlo Wi-Fi integrado, que permite aos utilizadores configurar o funcionamento da bomba à distância através de smartphone ou tablet, com a aplicação EWPE Smart instalada.

O sistema monitoriza o consumo e a produção de energia e é capaz de registar e analisar as despesas e identificar potenciais ineficiências para manutenção preventiva. Desta forma, a nova gama apresenta funções como a limitação de potência, o controlo da frequência máxima do compressor e a possibilidade de colocar até quatro unidades em cascata.

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Pine Cliffs disponibiliza mais de 250 vagas de emprego

O Open Day de recrutamento do Pine Cliffs Resort decorre a 10 de fevereiro, disponibilizando vagas para as áreas de receção, concierge, serviço de mesa e bar, cozinha, housekeeping, entre outras.

O Pine Cliffs, a Luxury Collection Resort, promove um Open Day para preencher mais de 250 vagas de emprego na unidade hoteleira.

A ação de recrutamento decorre a 10 de fevereiro no Pine Cliffs Resort, em Albufeira, entre as 10h00 e as 17h00. Em causa estão vagas para as áreas de receção, concierge, guest relations, bagageiros, serviço de mesa e bar, cozinha, housekeeping, monitores de praia, pisicina e kids village, além de manutenção.

A “motivação e paixão pelo setor”, a par de um perfil dinâmico, são alguns dos requisitos procurados pelo hotel nos futuros trabalhadores.

“O sucesso do Pine Cliffs Resort está diretamente relacionado com a equipa que, diariamente, trabalha para exceder as expectativas dos nossos clientes. Procuramos, por isso, perfis dinâmicos, motivados e apaixonados por este setor, com a certeza que no Pine Cliffs Resort irão encontrar uma cultura orientada para o colaborador e para o seu crescimento profissional”, refere Nicole Guerreiro, diretora de recursos humanos do resort, em comunicado.

Apesar de a pré-inscrição não ser obrigatória, o resort incentiva os candidatos a inscreverem-se através de um formulário disponível no website do Pine Cliffs Resort, selecionando a vaga a que se candidatam e enviando o seu CV.

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Heimtextil 2026 expande portfólio com nova secção de “Pavimentos e Equipamentos”

O objetivo passa por oferecer uma gama mais alargada de soluções além dos revestimentos de chão têxteis, complementado o portfólio já existente da feira de “Carpetes e Tapetes”, designado na Heimtextil como “Carpets & Rugs”.

A Heimtextil 2026, que se realiza no próximo ano de 13 a 16 de janeiro, vai contar com uma nova área de produto, “Pavimentos e Equipamentos” – Flooring & Equipment, na sua designação em inglês.

De acordo com a organização, esta nova área “complementa” o portfólio já existente na feira de “Carpetes e Tapetes”, oferecendo aos visitantes um novo segmento de revestimento não-têxtil.

Esta nova secção abrange revestimentos de pavimentos elásticos, mosaicos em vinil de designer e luxo, pavimentos de cortiça, laminados, parquet e outros pavimentos de madeira, bem como revestimentos de pavimentos exteriores.

Esta expansão surge com o objetivo de oferecer “uma visão global do mercado para todo o sector do design de interiores” numa feira onde “os compradores encontram uma gama completa de produtos de alta qualidade, tendências e design de interiores para o lar e para o setor de contract”, como aponta a organização.

“Estamos constantemente a trabalhar com a indústria para desenvolver ainda mais a Heimtextil. Os revestimentos para pavimentos não têxteis são um complemento ideal para a gama de produtos existente na Heimtextil e apelam a novos grupos-alvo, como o retalho especializado em revestimentos para pavimentos. Graças à ligação direta com a Carpets & Rugs, a indústria também beneficia de sinergias eficientes entre segmentos de produtos e de numerosos novos contactos”, afirma Margit Herberth, diretora da Heimtextil, em nota de imprensa.

A diretora refere ainda que este novo segmento na Heimtextil “serve os interesses dos grupos-alvo de visitantes existentes de uma forma ainda mais direcionada – tais como designers e decoradores, arquitetos (de interiores), mobiliário de quartos e objetos, lojas de bricolage e de melhoramento da casa, centros de jardinagem, grossistas e retalhistas”.

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Hotéis da GuestCentric fora da capital atingem os 180M€ em 2024

Com base numa amostra de 400 hotéis que utilizam os serviços da GuestCentric, a empresa concluiu que as unidades hoteleiras analisadas, e que se encontram situadas fora de Lisboa, atingiram uma receita global de 180 milhões de euros em 2024. O melhor desempenho no aumento de receita face a 2023 coube à região Norte.

Os hotéis que utilizam os serviços da GuestCentric, e que se localizam fora de Lisboa, registaram uma receita global de 180 milhões de euros em 2024, um aumento de 6,6% face a 2023.

Os dados são baseados numa amostra de 400 hotéis, que no mesmo ano registaram um milhão de noites reservadas (um aumento de 5,6% em relação a 2023), num total de 386 mil reservas realizadas (mais 6,9% face ao ano anterior).

Dentro desta amostra, os hotéis localizados no Porto registaram um aumento de 35% na receita, enquanto a região Centro verificou um crescimento de 37%. Tendo em conta toda a região do Norte, o crescimento na receita foi de 53% face a 2024.

Para a GuestCentric, este desempenho “sublinha as enormes oportunidades de crescimento” nestas regiões, como refere em nota de imprensa.

“Este crescimento demonstra avanços significativos na diversificação da procura para além de Lisboa. Esta mudança evidencia uma preferência crescente dos viajantes por explorar as diversas paisagens culturais e naturais de Portugal. O robusto crescimento da receita em regiões como o Porto e o Centro ilustra o apelo crescente destes destinos”, afirma Pedro Colaço, CEO da GuestCentric.

De acordo com a GuestCentric, e tendo por base o ano de 2024, as principais tendências para 2025 prendem-se com um aumento significativo de reservas de última hora em julho e o crescimento das receitas através dos websites dos hotéis. Para a empresa, as OTAs vão manter-se como “um desafio”.

“Prevê-se um aumento significativo das reservas em julho, impulsionado sobretudo por planos de férias de última hora, destacando a importância de os hotéis oferecerem condições flexíveis para captar esta procura. Os websites de hotéis continuam a impulsionar o crescimento das receitas, com um aumento de 38%, enquanto os canais móveis registaram um impressionante crescimento de 44%. No entanto, as OTAs mantêm-se como um desafio, com taxas de cancelamento três vezes superiores às dos canais diretos”, aponta a GuestCentric em comunicado.

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Viagens dos residentes invertem trajetória de quebra e crescem 2,6% no 3.º trimestre de 2024

Entre julho e setembro de 2024, as viagens dos residentes inverteram a trajetória de quebra dos três meses anteriores e cresceram 2,6%, somando 8,2 milhões, com destaque para a subida das deslocações em território nacional, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Inês de Matos

As viagens dos residentes aumentaram 2,6%, para 8,2 milhões, no terceiro trimestre de 2024, invertendo a trajetória de quebra apresentada nos três meses anteriores, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou esta segunda-feira, 27 de janeiro, os dados sobre a Procura Turística dos Residentes, entre julho e setembro do ano passado.

Os dados do INE comparam o crescimento de 2,6% registado no terceiro trimestre de 2024 com a descida de -13,4% apresentada nos três meses anteriores e destacam as viagens em território nacional, que, segundo os dados divulgados, “inverteram a trajetória descendente dos dois trimestres anteriores e aumentaram 1,4%, atingindo 6,9 milhões (84,2% do total de deslocações)”, quando no trimestre anterior tinha sido registada uma descida de -15,4%.

A subir estiveram também as viagens com destino ao estrangeiro, que registaram um acréscimo de 9,8%, totalizando 1,3 milhões de deslocações (15,8% do total), o que contrasta com a descida de -1,5% registada no trimestre anterior.

Os números mostram que o total de viagens foi mais elevado nos meses de agosto e setembro, quando foram registados crescimento de 8,4% e 2,1%, respetivamente, enquanto no mês de julho houve uma descida de 5,5% nas deslocações dos residentes.

Os motivos para viajar não diferiram muito do trimestre anterior, ainda que tenham existido menos viagens de negócios, com o INE a indicar que “o “lazer, recreio ou férias”, tal como no período homólogo, foi a principal motivação para viajar no 3º trimestre de 2024, originando 5,6 milhões de viagens (+4,2%), que representaram 67,7% do total”, o que representa um crescimento de +1,1 p.p. face ao terceiro trimestre de 2023.

As deslocações para “visita a familiares ou amigos” também registaram um acréscimo, que, segundo o INE, chegou aos “+4,3%, em resultado de 2,1 milhões de viagens (26,1% do total, +0,4 p.p. face ao 3ºT 2023), enquanto as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” decresceram 18,3%, totalizando 257,6 mil deslocações (3,1% do
total; -0,8 p.p. face ao 3ºT de 2023)”.

Os dados do INE mostram ainda que, entre julho e setembro de 2024, o “lazer, recreio ou férias” foi “a principal motivação dos residentes para viajar, quer em território nacional (64,9% das deslocações nacionais; 4,5 milhões de viagens) quer nas deslocações ao estrangeiro (peso relativo de 82,6%; 1,1 milhões de viagens)”, enquanto a “visita a familiares ou amigos” representou 29,2% do total das deslocações nacionais (2,0 milhões de viagens) e 9,9% das deslocações ao estrangeiro (128,5 mil viagens). Já os motivos “profissionais ou de negócios” foram a terceira principal razão dos residentes para viajar nas deslocações ao estrangeiro (6,2%; 80,1 mil viagens).

O INE diz também que a marcação prévia das viagens continuou a ser uma realidade em 47,1% das viagens dos residentes realizadas no 3º trimestre de 2024, o que traduz um aumento de +1,1 p.p., sendo mesmo “dominante nas deslocações com destino ao estrangeiro (92,9%; +0,5 p.p.), ao contrário das viagens nacionais, em que foi utilizada apenas em 38,6% (+0,6 p.p.)”.

Em 30,2% das deslocações (+1,7 p.p), houve recurso à internet para organização da viagem, com este indicar a ter “maior representatividade na organização de viagens ao estrangeiro (67,3% do total, +3,4 p.p.) do que nas viagens em território nacional, em que a utilização deste recurso representou 23,3% do total (+0,8 p.p.)”.

Quanto a tipos de alojamento, o INE indica que “o “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (53,6% do total), tendo acolhido 24,8 milhões de dormidas nas viagens dos residentes”, principalmente nas viagens motivadas pelo “lazer, recreio ou férias” (44,0% do total) e nas deslocações em “visita a familiares ou amigos” (95,1%).

Já os “hotéis e similares” foram a segunda principal opção de alojamento n1o terceiro trimestre de 2024, concentrando 25,2% das dormidas (11,6 milhões), sendo o principal tipo de alojamento em viagens por “motivos profissionais ou de negócios” (42,7%) e o segundo nas dormidas em deslocações por “lazer, recreio ou férias” (30,1%).

Duração média e proporção de turistas diminuem

Os dados do INE mostram também que, entre julho e setembro de 2024, , cada viagem teve uma duração média de 5,62 noites, o que compara com as 5,90 registadas no terceiro trimestre de 2023, com os dados a revelarem ainda que “a duração média mais longa foi registada em agosto (6,39 noites; 6,62 em agosto de 2023) e a mais baixa em setembro (3,92 noites; 4,19 em setembro de 2023)”.

A descer esteve também a proporção de turistas, uma vez que, no terceiro trimestre do ano passado, 39,9% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística, o que representa uma descida de -0,9 p.p. face ao mesmo período do ano anterior.

“Numa análise mensal, e em termos homólogos, a proporção de residentes que realizou pelo menos uma viagem diminuiu em julho (-1,1 p.p.), mas aumentou em agosto e setembro (+1,2 p.p. e +0,3 p.p., respetivamente)”, explica ainda o INE.

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“Portugal sempre foi uma joia escondida no panorama turístico europeu”

Com os números a indicarem a abertura de 166 novos hotéis em Portugal até 2027, a Publituris Hotelaria quis saber junto de uma das consultoras hoteleiras de maior renome internacional o que leva os grupos internacionais a investir em Portugal. Para Nicolas Cousin, Managing Director Espanha & Portugal da Christie & Co, “os grupos hoteleiros internacionais estão sempre à procura de se expandir em mercados atrativos e Portugal é definitivamente um deles”.

Victor Jorge

Com o setor do turismo a registar os melhores números de sempre, em 2024, o número de novos hotéis no nosso país tem acompanhado essa evolução. Além de considerar Portugal “uma joia escondida no panorama turístico europeu”, Nicolas Cousin, Managing Director Espanha & Portugal da Christie & Co, salienta que, “apesar de ser um dos 10 principais mercados europeus, os custos operacionais e de construção são ainda mais baixos do que em países como Espanha, Itália ou Grécia”. E além do investimento, “os grupos internacionais estão a introduzir no mercado conceitos alternativos de alojamento”, diz o responsável da consultora.

O que explica o aumento da abertura de novos hotéis em Portugal?
Poderíamos dizer que Portugal sempre foi uma joia escondida no panorama turístico europeu, com a maioria dos ingredientes presentes em alguns dos principais destinos mundiais com grande património cultural, cidades e destinos de resort.

O recente crescimento de Portugal deve-se a vários fatores, tais como o ambiente macroeconómico positivo do país, o sólido desempenho turístico – isto depois de, em 2023, ter registado o maior número de dormidas de sempre, cerca de 77 milhões, e o RevPar atingiu um nível recorde de 65 euros – +32% em relação a 2019 -, os vários projetos de infraestruturas e um apetite crescente das principais cadeias hoteleiras para reforçar a sua presença num mercado que ainda é impulsionado por grupos hoteleiros locais.

Este crescimento é uma resposta à procura ou uma aposta no futuro?
Este crescimento é impulsionado por uma combinação saudável de aumento da procura e melhoria do desempenho comercial dos hotéis. As perspectivas positivas em termos de acessibilidade e de crescimento económico sugerem que existem muitas oportunidades para uma maior expansão.

Mas qual a razão para tantos grupos hoteleiros internacionais estarem a investir no mercado português?
A procura em Portugal está fortemente orientada para os visitantes internacionais, que representaram 70% do total de dormidas em 2023. Entretanto, 80% da oferta hoteleira é operada por operadores locais. Esta lacuna representa uma oportunidade de ouro para os grupos hoteleiros internacionais entrarem num mercado com menos concorrência de marcas e captarem uma parte significativa da procura.
Além disso, este movimento é apoiado por investidores internacionais que procuram adquirir ativos neste mercado para os reposicionar e remarcar.

Quais são os fatores únicos que tornam Portugal atrativo para estes investimentos?
Portugal destaca-se pela sua combinação única de atrações orientadas para o lazer e uma rede de negócios robusta. Apesar de ser um dos 10 principais mercados europeus, os custos operacionais e de construção são ainda mais baixos do que em países como Espanha, Itália ou Grécia, o que o torna uma opção ainda mais atrativa para os investidores internacionais.
Por último, Portugal surge também como um mercado natural (e mais acessível) para os operadores que investem em Espanha.

Nesse sentido, o que é que Portugal pode oferecer em termos de oportunidades de negócio para grupos hoteleiros internacionais?
Os grupos hoteleiros internacionais estão sempre à procura de se expandir em mercados atrativos e Portugal é definitivamente um deles. Além disso, e como já referi, é um mercado dominado por operadores locais, pelo que existem muitas oportunidades para estes grupos se desenvolverem, quer através de arrendamentos, Hospitality Management Associates (HMA) ou acordos de franchising, quer em cidades ou destinos orientados para resorts.

80% da oferta hoteleira é operada por operadores locais. Esta lacuna representa uma oportunidade de ouro para os grupos hoteleiros internacionais entrarem num mercado com menos concorrência de marcas e captarem uma parte significativa da procura

E o que é que estes grupos internacionais trazem de novo ou inovador para o setor hoteleiro português?
Para além da captação de novos mercados e segmentos fiéis às suas marcas, os grupos internacionais estão a introduzir no mercado conceitos alternativos de alojamento. As aberturas recentes e o pipeline ativo para os próximos anos incluem marcas como Six Senses, Viceroy, Andaz, Nobu e Anantara, que irão reforçar o segmento de luxo. A Limehome e a Staybridge estão a melhorar o segmento de estadias prolongadas, a Social Hub está a oferecer um conceito híbrido entre hotel, hostel e alojamento para estudantes e a Residence Inn está a trazer residências de marca. Além disso, estão a ser desenvolvidos segmentos de nicho como o conceito “hetero-friendly” da Axel Hotels.

Como é que os grupos internacionais podem transformar a experiência e a oferta hoteleira em Portugal?
A chegada destes operadores internacionais e as suas ofertas diversificadas irão alargar o leque de opções de alojamento disponíveis, respondendo a diferentes segmentos da procura. Isto tornará Portugal um destino ainda mais atrativo na Europa, com novas alternativas como as estadias prolongadas, as residências de marca e os conceitos híbridos. Para além disso, o aumento da concorrência e do nível de qualidade irá aumentar a qualidade geral da oferta no país.

Futuro Six Senses Lisbon, na Rua de São José | Créditos: DR

Em que regiões de Portugal estão os investidores a concentrar o seu interesse e porquê?
Destinos de excelência como Lisboa, Porto e o Algarve continuam a liderar o desenvolvimento hoteleiro em Portugal, representando 70% dos quartos planeados. Estas áreas beneficiam de um excelente desempenho hoteleiro e de um crescimento esperado da procura impulsionado por melhorias nas infraestruturas, mantendo-as na vanguarda do turismo europeu.

No entanto, estes mercados estão a atingir a maturidade e as oportunidades de desenvolvimento são cada vez mais escassas, gerando mais oportunidades de reposicionamento do que de desenvolvimento puro.

Existem regiões emergentes fora das zonas tradicionais como Lisboa, Porto ou Algarve?
Para além de Lisboa, Porto e Algarve, existe um interesse significativo nas regiões Norte (excluindo o Porto) e Centro, graças às suas boas ligações rodoviárias e ferroviárias às principais cidades. Cidades como Braga e Viana do Castelo, no Norte, e Coimbra e Fundoais, no Centro, são exemplos disso. Estas áreas também beneficiarão dos desenvolvimentos planeados para as infraestruturas, melhorando a sua conectividade com os principais centros e com Espanha.

As questões burocráticas, os preços dos imóveis ou falta de infraestruturas podem constituir os principais obstáculos que os grupos internacionais podem enfrentar quando investem em Portugal?
Apesar de existir uma moratória no licenciamento do alojamento local (hostels, Airbnb e guesthouses com menos de 10 quartos) até 2030, não vemos uma barreira comum que afete todo o mercado português.

No entanto, cada destino precisa de ser analisado individualmente. Por exemplo, o processo de licenciamento em Lisboa pode ser lento, e no Porto, o aumento esperado da oferta pode desafiar os níveis de ocupação a curto e médio prazo.

Futuro Axel Porto | Créditos: DR

Para que públicos-alvo ou segmentos de mercado estão a ser desenvolvidos estes novos hotéis?
Estão a ser desenvolvidos novos conceitos para dar resposta a uma grande variedade de procura, desde o segmento ultra-luxuoso, passando pelos viajantes de negócios que recorrem frequentemente a hotéis de estada prolongada, até aos grupos e nómadas digitais que podem preferir um serviço limitado ou conceitos híbridos.

Existe, então, um enfoque no turismo de luxo, nas viagens de negócios, no turismo sustentável ou noutros nichos?
Embora haja uma distribuição saudável entre os segmentos, espera-se que os segmentos de luxo e económico-médio registem o maior crescimento com um maior interesse por parte dos operadores (ou seja, Travelodge, B&B, para o segmento económico).

De que forma é que este investimento de grupos internacionais ajuda a reposicionar Portugal no mercado global da hotelaria?
A entrada de operadores internacionais tende a atrair viajantes com maior poder de compra, impulsionando o desempenho dos hotéis não só em localizações privilegiadas, mas também em mercados secundários. Isto ajuda a distribuir a procura por diferentes áreas, reduzindo o congestionamento turístico nas principais cidades e atenuando as pressões sazonais. Além disso, posiciona Portugal na vanguarda dos destinos turísticos.

Quais são as expectativas para o futuro em termos de competitividade com outros mercados europeus?
Portugal é um mercado em rápido crescimento, sendo o quarto país europeu com o maior aumento da oferta de quartos e o sétimo em termos de crescimento do RevPAR em 2023, em comparação com 2019. Isto indica que Portugal continuará a solidificar a sua posição como um destino de topo na Europa, apesar da sua menor dimensão em comparação com mercados maiores como Itália ou Espanha.

Como especialista, que conselhos daria aos grupos internacionais que estão a considerar investir em Portugal?
A chave é avaliar as necessidades do mercado e a proposta de valor que se pode oferecer enquanto grupo hoteleiro internacional. Para compreender bem a dinâmica do mercado, recomendamos vivamente que os operadores internacionais que ainda não estão presentes no mercado trabalhem em estreita colaboração com especialistas locais e internacionais.

Existem algumas tendências ou oportunidades no mercado português que ainda não foram exploradas?
Como já referi, os tipos alternativos de alojamento estão a entrar rapidamente no mercado. Para além das estadias prolongadas, dos conceitos híbridos e dos segmentos de nicho, há um interesse crescente pelos parques de campismo. Seguindo tendências semelhantes às de Espanha, os fundos institucionais estão a apostar no desenvolvimento de carteiras de parques de campismo com operadores especializados. Por exemplo, a marca WeCamp, pertencente ao fundo de investimento espanhol Meridia, tem já seis parques de campismo em funcionamento em Espanha, quatro em preparação e adquiriu recentemente um parque de campismo no Alentejo.

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Vincci abre novo hotel em Alfama

O hotel de quatro estrelas e 22 quartos, que já está de portas abertas, foi incorporado no portfólio da Vincci Hotels em regime de aluguer.

A Vincci Hotels apostou em Portugal com uma nova unidade hoteleira de quatro estrelas no bairro de Alfama, em Lisboa.

O hotel de quatro estrelas e 22 quartos foi incorporado no portfólio da Vincci Hotels em regime de aluguer, como informou Carlos Calero, diretor-geral da cadeia hoteleira, numa conferência de imprensa na FITUR.

A notícia avançada pelo Hosteltur na quinta-feira, 23 de janeiro, dá conta de que o hotel se situa numa antiga escola de artes e ofícios, num edifício totalmente remodelado. A nova unidade, que foi assinada nos últimos dias, já se encontra de portas abertas, e pretende reunir o local e o global para oferecer um experiência de viagem autêntica e integrada em Lisboa.

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Design sem nome – 1

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Grupo Oásis conta com novo chef executivo

O mais recente chef executivo do Grupo Oásis, Bouazza Bouhlani, conta com mais de 17 anos de experiência na área de Food & Beverage (F&B).

O chef Bouazza Bouhlani passa a assumir a chefia executiva dos hotéis de cidade do Grupo Oásis em Cabo Verde.

Formado em pastelaria e cozinha pela Escola Profissional de Hotelaria de Lisboa, Bouazza Bouhlani já passou pela Herdade da Malhadinha Nova, pelo Convento do Espinheiro e pelo Epic Sana de Luanda. Antes deste novo cargo, o profissional encontrava-se em Marrocos, no restaurante Petit Rocher do Groupe Mar, em Casablanca.

No Grupo Oásis o chef Bouazza ficará responsável por liderar as equipas das cozinhas, além da criação de novos menus, da implementação de tendências gastronómicas e aperfeiçoamento da oferta culinária dos restaurantes do grupo.

“A entrada do chef Bouazza vem confirmar que a área de F&B é para nós um ponto essencial na experiência que queremos oferecer aos nossos hóspedes. Queremos inovar as nossas cartas e menus, mantendo sempre a preocupação que temos com a sustentabilidade e a aposta em produtos locais e pratos tradicionais, a par com pratos internacionais. Acreditamos que, com a sua experiência, nomeadamente internacional, o chef Bouazza é a pessoa certa para nos ajudar neste propósito”, afirmou Ana Abade, diretora de operações do grupo, em nota de imprensa.

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FIL recebe Lisbon Food Affair de 10 a 12 de fevereiro

Este ano, 48% dos expositores da Lisbon Food Affair são constituídos por novas empresas a marcar presença na feira, sendo que cerca de 27% das empresas participantes são internacionais. A organização prevê ainda a realização de mais de 500 reuniões business to business.

A terceira edição da Lisbon Food Affair regressa à FIL – Feira Internacional de Lisboa de 10 a 12 de fevereiro como a plataforma de negócios, inovação e networking para os setores da alimentação, bebidas, canal Horeca, máquinas, equipamentos e tecnologias para a indústria e distribuição alimentar em Portugal.

Com mais de 10.000 metros quadrados de exposição e mais de duas centenas de empresas confirmadas, que representam aproximadamente 500 marcas de diversos segmentos, 48% dos expositores são constituídos por novas empresas a marcar presença na feira.

Cerca de 27% das empresas participantes são internacionais, provenientes de países como Espanha,
África do Sul, Bulgária, França, Holanda, Itália, Japão, Peru e Reino Unido. Este ano, a organização destaca a presença direta de expositores espanhóis, incluindo representações de regiões como a Galiza e a Extremadura.

Já o programa de buyers contempla compradores da Alemanha, Bélgica, Brasil, Colômbia, Croácia, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Itália, Noruega, Polónia, Reino Unido, Suécia e Suíça. Este ano a organização aponta para uma previsão de mais de 500 reuniões business to business (B2B).

A produção local também terá destaque, com a participação de pequenas empresas e produtores apoiados pelos municípios.

À semelhança das duas edições anteriores a LFA contará com três grandes áreas: LFA Food & Beverage, LFA Horeca e LFA Technology.

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1638 Restaurant Wine Bar, do futuro Tivoli Kopke Porto Gaia Hotel

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Minor quer alcançar os 850 hotéis até 2027

O Tivoli Kopke Porto Gaia Hotel, em Portugal, o nhow Roma, em Itália, e o Anantara Kafue River Zambia Tented Camp são as aberturas de 2025 mais esperadas na Minor.

A Minor Hotel antecipa a abertura de 285 novos hotéis, com cerca de 47.000 quartos, nos próximos três anos. A cumprir estes valores, a empresa chegará à meta dos 850 hotéis em 2027.

Os números são apontados pela Hosteltur, que dá conta de que a Minor tem ainda previsto o lançamento de duas novas marcas hoteleiras, com as branded residences a assumirem um papel-chave no curto a médio prazo.

Atualmente, 50% do conjunto de propriedades da Minor está concentrado na Europa. Com esta nova expansão, o grupo pretende incorporar no seu portefólio mais de 100 unidades na Ásia, mais de 60 na região do Médio Oriente e África e 40 na Austrália e Nova Zelândia.

A Minor tem ainda em vista a expansão em mercados como a América do Norte e o norte da Ásia, tendo também identificado Marrocos, Egito e Turquia como destinos-chave para entrada com novos hotéis.

Os segmentos de luxo e upscale mantêm-se como o motor de expansão da Minor Hotel. No caso do luxo, este representa um terço das incorporações previstas para o plano trienal, com marcas como a Anantara, Tivoli e Elewana Collection. Outro terço cabe ao segmento premium, como é o caso da NH Collection, Avani e nhow.

No caso das branded residences, a Minor tem previstos projetos com componente residencial em mais de uma dezena de países, tanto em destinos turísticos como urbanos. Os próximos projetos residenciais situam-se na Europa, Ásia, Médio Oriente e África, nomeadamente em Ras Al Khaimah, Sharjah, Omã e Tanzânia. A nível global, o grupo tem perspectivas de crescimento em empreendimentos residenciais nas marcas Anantara e NH Collection, principalmente na Europa e no Médio Oriente.

Nas aberturas hoteleiras de 2025, o destaque vai para o Tivoli Kopke Porto Gaia Hotel, em Portugal; o nhow Roma, em Itália, e o Anantara Kafue River Zambia Tented Camp.

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