Reforçar destinos turísticos com uma oferta leisure assente no digital
A experiência digital ao serviço de uma oferta reforçada no segmento leisure. Foi esta a proposta apresentada por Tony Mascaró, founder e CEO da eMascaró, no H&T, Salón de Innovación en Hostelería.
Carla Nunes
Vila Galé salva 13.350 refeições em parceria com a Too Good To Go
Grupo Jupiter investe cerca de 21M€ para abrir novo hotel no Porto
Viceroy at Ombria Algarve já abriu portas
Grupo Altis vai abrir boutique hotel de luxo no antigo Petit Palais By Olivier
Hilton abre Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton nas próximas semanas
Oásis Atlântico Praiamar investe em renovações
Mercan Properties lança primeira pedra do futuro Lagos Marina Hotel
AHRESP exige ter voz ativa sobre taxas turísticas e pede reposição dos valores de IVA
Nova edição: Entrevista a George Vinter e Lior Zach, fundadores da BOA Hotels
Hotéis Marriot em Portugal celebram a Global Customer Appreciation Week
A experiência digital ao serviço de uma oferta reforçada no segmento leisure. Foi esta a proposta apresentada por Tony Mascaró, founder e CEO da eMascaró, no H&T, Salón de Innovación en Hostelería – um evento dirigido para os profissionais do canal HORECA e da indústria do turismo em Espanha que decorre de 6 a 8 de fevereiro no Palácio de Ferias y Congresos de Málaga (FYCMA).
De acordo com o profissional, existe a necessidade de combinar os vários elementos de leisure de uma dada área ou território para “para criar uma oferta comum e partilhar conhecimento e ferramentas”.
Neste caso concreto, dá o exemplo de destinos como Málaga e Barcelona e de como podem utilizar as suas experiências de lazer – seja o ócio, a cultura, o destino, os alojamentos, experiências de bem-estar ou desporto – para “vender algo mais do que sol e praia” – e, consequentemente, dignificar o setor e valorizar o território.
“O setor leisure tem mais que condições suficientes para promover esta transformação. Mais do que sol e praia temos cultura, museus, etc. que dão valor ao território e que criam novos empregos, tornando o destino não só atrativo para turistas de fora, mas também locais”.
A proposta de Tony Mascaró passa por utilizar a tecnologia para criar um visual que sirva o storytelling das marcas – ou seja, criar uma imagem de marca, tanto nos meios digitais como nos suportes físicos offline, que demonstre claramente a identidade da marca, a sua missão e ao público a que se dirige. De acordo com o profissional, esta imagem “tem que se adaptar ao público e às fases em que ele interage com o nosso produto – a fase de exploração, de consideração, o pré, durante e o pós-consumo”.
No seu entender, para criar presença no digital, as empresas devem antes de tudo criar uma estratégia, apostar num bom storytelling que se adapte aos públicos consumidores, na integração de dados e num sistema de conversão adequado para cada canal, por forma a recolher dados em tempo real para alterar ou otimizar a comunicação para cada target se necessário.
No entanto, para colocar tudo isto a funcionar, Tony Mascaró lembra que mais importante que a aquisição da tecnologia, as empresas devem focar-se primeiro na sua equipa e na aquisição de talento.
“Hoje em dia, a grande notícia é que tudo se democratizou e o conhecimento está acessível a todo o mundo através da internet. O problema é a aquisição de talento na empresa, o que implica a formação dos recursos, ter uma equipa com mentalidade jovem, criativa e inovadora. Isso é o mais difícil. Falta converter o talento e a alavanca cabe à empresa. Esse é o desafio: talento, mais do que a tecnologia”, aponta.
O profissional acredita que para potenciar a aquisição e retenção de pessoal há que definir “uma missão e valores em que a empresa acredite”, já que é isso que as gerações mais jovens procuram, “uma comunidade, uma marca, um sentimento de pertença”.
“Estas gerações] procuram um serviço e produtos que vão mais além do que vender coisas, mas que melhorem a sociedade. Cada vez menos procuram o dinheiro rápido ou algo superinovador, procuram o projeto em que realmente se sintam confortáveis. A tecnologia pode-se comprar, está no mercado, mas para atrair talento temos de falar de filosofia, estratégia, valores e missão da empresa”, termina.
O H&T, Salón de Innovación en Hostelería contabiliza este ano a sua 15ª edição e é considerado o maior de sempre, com três pavilhões numa área total de 25.000 metros quadrados e a representação de mais de 380 empresas do setor.
A Publituris Hotelaria marcou presença no H&T, Salón de Innovación en Hostelería a convite da Cámara de Comercio, Industria, Servicios y Navegación de Málaga.