Créditos: ABarroso, dirhotel.
Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços: “Há aqui um cruzamento de saberes que só pode ser multiplicador”
Em declarações à imprensa, Rita Marques falou sobre os desafios da nova pasta, da qual tomou posse esta quarta-feira.
Carla Nunes
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Em declarações à imprensa, à margem do XVIII Congresso Nacional dos Directores de Hotéis de Portugal, a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços falou sobre os desafios da nova pasta, da qual tomou posse esta quarta-feira.
Numa ótica de conciliação entre os três setores, Rita Marques declarou que “não nos podemos esquecer que o setor do turismo é um motor fundamental” na economia portuguesa e que, nesse sentido, “não conseguirei dividir-me: tenho que me multiplicar”.
“Tenho que dar toda a atenção que o setor [do turismo] merece e abraçar o setor do comércio e dos serviços, trabalhando com as respetivas confederações, associações representativas e sindicatos desta importante atividade económica, no sentido de garantir que também são um motor importante da nossa economia”, declara.
Quando questionada se a junção das três pastas poderia representar a desvalorização do papel do turismo e do contributo que dá à economia, Rita Marques afirmou não lhe “cumprir comentar as opções políticas do primeiro-ministro”, preferindo não adiantar se o acumular de pastas a surpreendeu.
Acrescentou que a sua função passa por “executar, entregar e garantir que dentro em breve teremos muitos mais motores para além do turismo”. Afirmou que, apesar de o comércio e os serviços serem um motor importante, cabe-lhe agora “garantir que continuamos a trabalhar no sentido de um maior dinamismo destas atividades empresariais”.
Sobre os possíveis pontos de encontro entre as pastas de turismo, comércio e serviços, a secretária de Estado afirmou que existem “naturalmente sinergias”, uma vez que, “o setor do turismo representava 50% das prestações de serviços em Portugal em 2019”, ou seja, “já tinha um contributo muito relevante para as exportações dos serviços”.
“Naturalmente há sinergias, temos que as explorar. Estou confiante que a boa dinâmica que encontrávamos quer no setor do turismo, quer no comércio e serviços serão úteis para os setores. Há aqui um cruzamento de saberes que só pode ser multiplicador. É justamente esse o objetivo que tenho, multiplicar e não dividir”.
Numa nota final, Rita Marques acredita que, “até esta data”, o objetivo de atingir os 85% da receita turística de 2019 é “materialmente possível”, pelo que apontam até ao final de 2022 chegar entre 80% a 85% destas receitas.