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O LinkedIn e as oportunidades perdidas
Leia a opinião de Rudolfo Nobre, Head of Strategy na Grand Union, na edição 142 da Rebista Publituris Hotelaria.
Publituris Hotelaria
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O LinkedIn é mais ou menos reconhecido de forma unânime como a rede social profissional. No entanto, apesar deste reconhecimento, a plataforma é essencialmente explorada numa dimensão individual e muito pouco numa dimensão organizacional. É antes de tudo vista como uma plataforma de recrutamento. Pelos seus utilizadores, que trabalham os seus perfis e conteúdos partilhados por forma a serem mais apelativos para potenciais empregadores; pelas empresas, que enquanto recrutadores se limitam a utilizar as potentes ferramentas de pesquisa e extraordinária base de dados de profissionais para encontrar os seus candidatos ideais.
Se a isto adicionarmos uma “company page” com uma simples descrição da empresa, estamos falados em termos do uso dado ao LinkedIn por talvez 80% das organizações em Portugal. Juntemos-lhes as empresas que ocasionalmente fazem uma publicação desgarrada a pedido de um administrador, sem uma verdadeira estratégia de comunicação, e talvez o número suba para 90%.
A chave para perceber o que aqui está errado está umas linhas acima: a “extraordinária base de dados de profissionais” que o LinkedIn reúne e está a ser desaproveitada. Estamos a falar de demasiados quadros qualificados que são potenciais clientes, fornecedores ou investidores, para olhar para esta plataforma apenas como ferramenta de recrutamento.
Existem, a meu ver, três eixos principais de comunicação no LinkedIn em que as organizações não deveriam deixar de apostar, tendo em vista a gestão de reputação e consequente atração de talentos e clientes empresariais, através das histórias e campanhas da empresa, bem como pela expertise dos seus profissionais, criando awareness e engagement com a marca:
Comunicação B2B
O lado da empresa feito à medida das necessidades dos seus clientes empresariais. Os serviços, o nível de atenção e de serviço dados a este tipo de cliente e aquilo que faz com as relações com clientes atuais representem autênticos casos de sucesso. Além disto, o LinkedIn disponibiliza algumas ferramentas que permitem otimizar processos, potenciar a comunicação 1-to-1 e reduzir drasticamente as chamadas “portas frias”.
Bastidores da Organização
Deve ser tratado como um “inside view” daquilo que acontece dentro da organização e na relação com clientes corporate. Como é que a empresa chegou onde chegou? Houve um grande insight por detrás de uma grande campanha? Como é que o expertise dos colaboradores da organização fez a diferença em determinada situação? Como é que os atuais colaboradores são valorizados?
Cultura Organizacional
É a partilha daquilo que diferencia a organização no mercado e na forma como se relaciona com fornecedores, clientes, colaboradores e comunidades em que está inserido. É sobre a partilha da visão e valores que definem a sua cultura empresarial. Neste eixo, não se deve negligenciar o valor que pode ser trazido pela participação direta dos próprios colaboradores e respetivas redes de contactos, nomeadamente através de artigos de opinião assinados por key opinion leaders internos.
O importante a reter, é que a comunicação no LinkedIn deve passar a ser vista não só como uma área de atuação dos Recursos Humanos, mas também como uma área importantíssima para os departamentos de Vendas e de Corporate Affairs.
As oportunidades estão lá. Basta dar-lhes atenção.
*O autor escreve com as regras do novo Acordo Ortográfico.