Alojamento turístico cresce acima de 2019 em hóspedes e dormidas em julho
As unidades de alojamento turístico contabilizaram 3,0 milhões de hóspedes e 8,6 milhões de dormidas, valores que traduzem subidas de 6,3% e 4,8% face a julho de 2019, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Inês de Matos
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Em julho, as unidades de alojamento turístico nacionais contabilizaram 3,0 milhões de hóspedes e 8,6 milhões de dormidas, valores que traduzem subidas de 6,3% e 4,8% face a igual mês de 2019, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A estimativa rápida do INE relativamente ao desempenho do alojamento turístico em julho mostra também que a tendência de crescimento é ainda mais acentuada na comparação com julho do ano passado, já que traduz um aumento de 85,4% no número de hóspedes e de 90,1% nas dormidas.
O INE destaca também o papel dos mercados externos, que totalizaram 5,7 milhões de dormidas em julho, representando 66,3% do total de dormidas, o que corresponde a uma subida de 205,2% face a mês homólogo de 2021, igualando os níveis de 2019.
Nos mercados externos, cujas dormidas dos principais 17 mercados representaram 87,6% do total das dormidas dos não residentes, o INE sublinha o contributo do mercado norte-americano, que registou uma quota de 7,6% em julho, continuando “a destacar-se, com um crescimento de 35,9%” face a igual mês de 2019.
Já o mercado britânico, que representou 19,0% do total das dormidas de não residentes em julho, apresentou um aumento de 1,0% relativamente a julho de 2019, enquanto o espanhol, cujas dormidas representaram 12,6% do total, viu as dormidas subir 2,3%. Contrariamente, no mercado alemão, que apresentou dormidas que representaram 9,4% do total, houve uma descida 4,7% face a julho de 2019.
O INE diz ainda que, em julho, registaram-se também crescimentos assinaláveis nos mercados mercados checo (+63,0%), romeno (+30,7%) e dinamarquês (+18,7%), enquanto as maiores diminuições verificaram-se nos mercados brasileiro (-26,2%) e sueco (-9,5%).
Já o mercado interno contabilizou 2,9 milhões de dormidas, o que traduz um aumento de 9,1% face a julho de 2021 e de 15,8% face ao mesmo mês de 2019, o último ano antes da chegada da pandemia da COVID-19.
No sétimo mês do ano, houve aumentos de dormidas em todas as regiões do país, com exceção do Algarve, que apresentou uma descida de 4,5% neste indicador, ainda que a principal região turística portuguesa tenha concentrado a maioria das dormidas, com uma quota de 33,1%.
“Os aumentos mais expressivos ocorreram na RA Madeira (+21,0%), Norte (+14,9%) e Centro (+10,6%). Relativamente às dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, destacando-se a RA Madeira (+78,6%), Centro (+22,4%), Norte (+21,2%), AM Lisboa (+12,7%) e Alentejo (+12,6%). As dormidas de não residentes aumentaram no Norte (+11,3%), RA Madeira (+11,1%), AM Lisboa (+2,8%) e RA Açores (+0,2%), tendo-se observado as maiores diminuições no Algarve (-8,3%) e Alentejo (-7,4%)”, acrescenta o INE.
Os dados do INE permitem também perceber que as unidades de hotelaria foram as preferidas, já que representaram 81,7% do total de dormidas, depois de um aumento de 94,3% face a igual mês do ano passado. Face a julho de 2019, as dormidas na hotelaria cresceram 4,6%.
Já os estabelecimentos de alojamento local, que representaram 14,0% do total de dormidas, viram este indicador crescer 91,6% face ao mesmo mês do ano passado, ainda que, em comparação com 2019, se tenha registado uma quebra de 0,8%.
A subir estiveram ainda as dormidas nas unidades de turismo no espaço rural e de habitação, que representaram 4,3% do total, onde este indicador aumentou 32,5% face a julho de 2021 e 35,7% face a julho de 2019.
Quanto à estada média, em julho, este indicador fixou-se nas 2,85 noites, depois de um aumento de 2,5%, com destaque para a estada média dos não residentes, que foi de 3,15 noites, crescendo 0,2%. Nos residentes, a estada média chegou às 2,40 noites, evidenciando uma descida de 6,6%.
A Madeira e o Algarve foram as regiões do país que atingiram uma estada média mais elevada, situando-se nas 4,92 e 4,28 noites, respetivamente.
No acumulado até julho, as dormidas aumentaram 194,3%, depois de um crescimento de 58,5% nos residentes e de 406,2% nos não residentes, ainda que, face a 2019, se registe ainda uma quebra de 4,4%, graças à descida de 9,4% nas dormidas de não residentes, uma vez que as dormidas dos residentes subiram 7,8%.
O INE diz ainda que, em julho, 12,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, valor que fica significativamente abaixo dos 22,1% de estabelecimentos que estavam encerrados em julho de 2021.