AHRESP quer suspensão da taxa turística em Fátima
Taxa deverá ter o valor de um euro por noite e será cobrada apenas durante a época alta.
Publituris Hotelaria
“O cliente português é mais exigente que o espanhol”, admite José Luis Lucas (Hyatt Inclusive Collection)
EPHTL junta alunos e profissionais para debater perspectivas no setor
Cinco hotéis da AP Hotels & Resorts distinguidos com o selo Save Water
Vila Galé cria parceria com a VilacomVida para promover inclusão e diversidade laboral
Alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganham medalhas internacionais
Minor Hotels abre oficialmente as portas do NH Collection Gent
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais
Eurostars Hotel Company chega ao País Basco com dois hotéis
Ariana Rodrigues debate desafios da liderança no “Be Our Guest” da ADHP
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) quer ver suspenso o processo de intenção de criar uma taxa turística em Fátima e apela à Câmara Municipal de Fátima, bem como aos vários intervenientes, que mantenham o diálogo.
“Não existiu qualquer informação ou diálogo, formal ou informal, com a AHRESP sobre esta matéria e temos conhecimento que também não existiu qualquer informação ou diálogo, formal ou informal, com o Turismo do Centro, nem com a instituição, nem com o seu Presidente, que foi nesta matéria também apanhado de surpresa”, esclarece Mário Pereira Gonçalves, presidente da AHRESP, citado em comunicado enviado esta quinta-feira, 22 de Novembro, à imprensa.
A AHRESP diz ser contra a criação de uma taxa turística em Fátima, tendo em conta os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), “que confirmam a diminuição de turistas no concelho de Ourém, no seguimento da queda da procura a que se assiste actualmente”.
A AHRESP considera também que a taxa não se justifica devido às “especificidades dos negócios familiares” existentes naquela região, que são “muito sazonais” e têm “os contratos comerciais para 2019, e mesmo para 2020, já fechados”, pelo que “estes custos não previstos, serão exclusivamente suportados” pelas empresas, o que põe “em risco a sua sustentabilidade, bem como dos seus postos de trabalho”, argumenta a associação.
“Devemos relembrar que, numa altura em que o mercado está retraído, e atendendo que o turismo de Fátima, é na sua maioria, sustentado na recepção de grupos, não podemos renegociar com os operadores, no curto prazo, novas condições”, alerta a AHRESP.
Entre as reivindicações da AHRESP, está a definição de “um período de debate com todos os agentes envolvidos antes de uma tomada de posição” por parte da autarquia, com a associação a mostrar-se disponível para dialogar.
“A AHRESP sempre se mostrou disponível para dialogar com as autarquias e está uma vez mais receptiva a dialogar com o município de Ourém”, sublinha a associação, recordando o sucesso das negociações com a Câmara Municipal de Aveiro, que “levaram à respectiva abolição de uma taxa turística, bem como à reformulação do modelo em Lisboa”.
“Foram casos em que existiu diálogo e através do qual se chegou a consensos. A AHRESP apela, assim, para que a Câmara Municipal de Ourém suspenda o processo em curso a fim de se poder de forma mais ponderada a oportunidade, os riscos e as e implicações desta decisão”, acrescenta Mário Pereira Gonçalves.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Ourém aprovou, a 1 de Outubro, a criação de uma taxa turística que será cobrada aos visitantes de Fátima e que deverá ter o valor de um euro por noite, devendo ser apenas cobrada durante a época alta.