Hotelaria cresce em Março
Taxa de ocupação, preço médio e RevPar registaram crescimentos em comparação ao período homólogo anterior.
Patricia Afonso
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A taxa de ocupação, preço médio e RevPar registados pela Hotelaria nacional em Março foram superiores aos valores verificados no mesmo mês do ano passado, fixando-se nos 65% (+0,5 p.p.), 78 euros (+16%) e 51 euros (+17%), respectivamente. Os dados são da Associação da Hotelaria de Portugal, que realiza esta análise mensal com recurso à ferramenta AHP Tourism Monitors .
No que respeita o indicador da ocupação, a maior variação homóloga foi registada na Costa Azul, com um crescimento de 12,6 p.p., para os 57%; seguido das Beiras, mais 9,3 p.p., para uma taxa de 53%; e do Alentejo, onde o indicador registou uma subida de 6,1 p.p., para os 51%. Pela negativa, de destacar as descidas nos destinos Leiria/Fátima/Templários (menos 6,6 p.p.), Madeira (menos 4,4 p.p., para os 35%), Açores (menos 4 p.p., para os 56%) e Algarve (menos 2,2 p.p., para os 55%).
Em termos de preço médio, os crescimentos mais acentuados foram contabilizados em Lisboa , que registou a melhor performance (101€ / +18%), seguido do Grande Porto (80€ / +19%) e da Madeira (74€ / +13%).
Os destinos com maior evolução do RevPAR foram as Beiras, crescimento de 52%, a Costa Azul, com um aumento de 45% do indicador; e o Alentejo, com mais 36% .
No mês em análise, tanto no ARR como no RevPAR, a categoria quatro estrelas foi a que registou um crescimento mais expressivo, com mais 17% e mais 20%, respectivamente.
Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, afirma que “apesar de este ano se ter realizado no final do mês, a Páscoa impactou claramente os resultados de Março“. No entanto, diz, “foi mais evidente na taxa de ocupação de alguns destinos turísticos, o que acabou por se reflectir no RevPAR”.
Ainda sobre a taxa de ocupação, a directora-executiva assinala “os resultados negativos dos destinos Leiria/Fátima/Templários, que vinha a crescer há mais de um ano; Madeira, a ser afectada, por um lado, pelos mais de 50 voos cancelados em Março e, por outro, pela quebra de hóspedes de mercados como o alemão e o inglês em razão da redução de voos entre destinos (recorde-se a insolvência de algumas companhias aéreas); Açores, que está em queda desde o início de 2018; e Algarve, muito provavelmente por força do mau tempo que se fez sentir durante este mês”. “Em Portugal Continental, segundo dados do IPMA, este foi o 2.º Março mais chuvoso desde 1931 e o mais frio dos últimos 18 anos”, frisou Cristina Siza Vieira.