Marcas devem continuar a comunicar com os seus clientes? A opinião dos especialistas
Especialistas explicam como deverão as marcas comportar-se neste período no que refere à comunicação com os seus clientes.
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A Covid-19 está a parar a economia e, sem saber ainda quanto tempo levará a travar esta pandemia, é difícil nesta altura medir os impactos para as empresas. Neste cenário, como deverão as marcas comportar-se no que refere à comunicação com os seus clientes?
Num artigo de opinião, publicado pelo Meios&Publicidade, Manuela Botelho, secretária-geral da Associação Portuguesa dos Anunciantes, refere que “a incerteza e as mudanças de comportamento no contexto desta crise estão a levar as marcas a interromper grande parte das iniciativas de marketing que tinham previstas, a adiar investimentos e a cancelar eventos. Faz sentido porque, sejamos claros, não há nesta crise nenhuma oportunidade de marketing”.
Para a responsável, “esta é antes uma oportunidade para as marcas mostrarem com clareza como as pessoas são importantes para elas. É altura de evitarem campanhas promocionais ou de venda e se concentrarem na construção de marca e em dar às pessoas aquilo que elas mais precisam: atenção, confiança e entretenimento”.
Manuela Botelho defende que “é altura para reunirem os seus melhores talentos e pensar como é que podem ser verdadeiramente relevantes e fazer a diferença na vida dos clientes. E não tenho dúvidas que esse talento existe em Portugal e existe em larga escala nesta indústria, que sempre foi criativa e com grande capacidade de se reinventar e aproveitar as novas circunstâncias para criar valor. Não podemos esquecer que, como alguém já disse, por vezes é no mais sombrio dos tempos que a luz da bondade e da criatividade humanas brilha mais”.
“A construção de comunidades é uma boa forma de interagir com as pessoas e de manter a ligação com estas. É fundamental ouvir as pessoas e utilizar esses “insights” para preparar o plano de acções e de comunicação. Cada empresa, melhor que ninguém saberá encontrar a forma mais adequada de estar presente neste momento difícil da vida de todos. Sejamos ágeis, construamos conteúdos para diferentes plataformas e afinemos o tom da comunicação. O nosso desconforto pode ser o conforto dos nossos clientes”, conclui.
Num outro artigo de opinião também publicado pelo Meios & Publicidade, Manuel Soares de Oliveira, CEO da agência Mosca, questiona: “Devem os anunciantes cancelar campanhas numa altura destas? Se o consumidor não pode comprar o produto ou serviço, deveremos continuar a anunciar?”
Para responder a estas questões, dá o exemplo: “ Durante o Blitz em Londres, na Segunda Guerra Mundial, algumas marcas continuaram a anunciar, mesmo tendo suspendido a produção de alguns dos seus produtos. Há histórias de outdoors que eram bombardeados e as companhias iam lá arranjá-los. Mas se os produtos não estavam disponíveis, para quê anunciar? São várias as razões apontadas. A primeira é uma visão mais prática. A crença de que a guerra iria acabar e quem estiver no top of mind do consumidor largará na pole position”.
A segunda razão, refere, “é mais emocional”. “As marcas que não desaparecem quando há problemas são as marcas que merecem a confiança dos consumidores.”
Fonte: Meios & Publicidade