Hotusa investe 30 M€ em hotel museu em Lisboa
Localizado na Rua Cais de Santarém, na frente ribeirinha, o cinco estrelas Eurostars Museum é um hotel museu erguido sobre o que foi o Palácio de Coculim, comprado pelo grupo Hotusa em 2005.
Carina Monteiro
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O grupo espanhol Hotusa inaugurou oficialmente a sua terceira unidade em Lisboa. Localizado na Rua Cais de Santarém, na frente ribeirinha, o cinco estrelas Eurostars Museum é um hotel museu erguido sobre o que foi o Palácio de Coculim, comprado pelo grupo em 2005. Foram precisos cerca de 30 milhões de euros para abrir a unidade que preserva a história do edifício e da cidade.
A cerimónia de abertura do Eurostars Museum realizou-se na passada sexta-feira, dia 16, e contou com a presença de diversas governantes portugueses e espanhóis, entre os quais os ministros da Economia e Negócios Estrangeiros, Manuel Caldeira Cabral e Augusto Santos Silva, respectivamente, o presidente da junta da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, a presidente do Congresso dos Deputados de Espanha, Ana Pastor Julián, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
No discurso da cerimónia de abertura, Amancio Lopez Seijas, presidente do Grupo Hotusa, referiu as dificuldades para colocar de pé a unidade, que é também um museu que retrata as diferentes épocas da história de Portugal. “Inaugurar um hotel é sempre um momento mágico, porque significa que um ideal se converteu numa ideia, uma ideia se converteu num projecto, um projecto numa obra, e a obra é inaugurada. Neste caso, há mais mérito, porque quando comprámos o edifício, em 2005, sabíamos que existiam muitos problemas mas que valeria a pena”.
Já a presidente do Congresso dos Deputados de Espanha, Ana Pastor Julián, referiu-se a Amancio Lopez como “um galego e uma pessoa que fez muito por demonstrar que os empresários quando fazem as coisas bem são capazes de dar oportunidade a muita gente”. A presidente do Congresso dos Deputados de Espanha lembrou que o governo espanhol atribui a Amancio Seijas Lopez a Medalha de Mérito Turístico por liderar um grupo “empresarial que foi peça chave na internacionalização da economia espanhola, está presente em mais de 100 países, e é uma referência ética e de bom financiamento empresarial”.
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina começou por elogiar o projecto, dizendo tratar-se de “uma unidade única que marca o espírito daquilo que queremos para a cidade e do que se está construir em Lisboa. Fomos este ano distinguidos com o galardão de Melhor Destino Mundo para City Breaks e é, precisamente, com projectos únicos, de excelência e de referência como este, que vamos ser capazes de manter este título e este galardão”.
Medina deixou ainda um elogio a todos os que, como a Hotusa, tomaram a decisão de investir em Lisboa e em Portugal nos anos de crise. “Em 2005, o País e a cidade encontravam-se numa situação diferente. Em 2008, tivemos uma crise profunda e sei bem o esforço que terão feito para aguentar e levar o projecto até chegarmos ao dia de hoje. Mas como diz o ditado, a sorte protege os audazes, e quem investiu no tempo da dificuldade é hoje também recompensado com o tempo da bonança”. O autarca passou a mensagem que as obras de requalificação da Frente Ribeirinha (Terreiro do Paço, Cais do Sodré, Ribeira das Naus e Campo das Cebolas) são também uma forma de recompensa para quem investiu nesta localização “É uma recompensa que a cidade está a dar a quem teve o rasgo de investir e acreditar em Lisboa”.
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, destacou “a persistência, a resiliência e a determinação” do grupo que “continuou em frente com um projecto que foi difícil, mas também, por ser difícil, valeu a pena”. O ministro elogiou a a recuperação da edifício para hotel e museu, numa “frente ribeirinha e numa cidade que também elas se estão a recuperar”. Caldeira Cabral elogiou ainda o esforço conjunto que autarquias e privados estão a fazer no que ao turismo diz respeito, e que resultou na eleição, este ano, de Portugal como o Melhor Destino do Mundo.
No final da cerimónia, os governantes portugueses e espanhóis receberam simbolicamente as chaves do hotel.
Recorde-se que o Eurostars Museum é uma unidade com 91 quartos e 10 suites, salas de reuniões, piscina interior, ginásio, restaurante à la carte e bar-cafetaria. O museu pode ser visitado todos os domingos, das 12h00 às 17h00, mediante reserva. Cada bilhete custa cinco euros.
Novas aberturas
Depois da abertura do Eurostars Museum, a Hotusa tem mais cinco unidades para abrir em Lisboa: dois hotéis propriedade da empresa no Parque das Nações, que se encontram em fase de construção e têm abertura prevista para o início de 2019. No total, as duas unidades, de três e cinco estrelas, perfazem 440 quartos; Existem ainda mais dois hotéis em regime de arrendamento: um três estrelas de 140 quartos, na Av. Duque de Loulé, e um quatro estrelas na Defensor de Chaves, com 70 quartos. A quinta unidade é um boutique hotel de 58 quartos, localizado na Rua da Prata, onde antes funcionava a companhia da Olga Roriz. As obras devem começar brevemente.
No Porto, o grupo espanhol vai abrir no final deste ano um cinco estrelas no antigo edifício AXA, na Av. dos Aliados, um prédio de apartamentos turísticos na Rua Sampaio Bruno e um quatro estrelas em Matosinhos também para este ano.
Globamente, a Hotusa prevê investir em Portugal 150 milhões de euros.