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Opinião

Evolução da oferta hoteleira e a bifurcação no interesse dos investidores

“[O segmento de segmento de luxo e ultra luxo] é precisamente um dos segmentos de mercado para onde a oferta hoteleira em Portugal deverá evoluir, e onde os investidores atualmente gravitam o seu interesse, complementado por vontade no desenvolvimento de produtos de Branded Residences (stand alone ou em projetos mistos complementados com hotelaria tradicional)”.

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Evolução da oferta hoteleira e a bifurcação no interesse dos investidores

“[O segmento de segmento de luxo e ultra luxo] é precisamente um dos segmentos de mercado para onde a oferta hoteleira em Portugal deverá evoluir, e onde os investidores atualmente gravitam o seu interesse, complementado por vontade no desenvolvimento de produtos de Branded Residences (stand alone ou em projetos mistos complementados com hotelaria tradicional)”.

Karina Simões
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Karina Simões

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Karina Simões, Head of Hotel Advisory na JLL Portugal

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De acordo com os dados mais recentes referentes a 2024 (Julho) do Travel BI, cerca de 20% da capacidade de alojamento hoteleiro atual existente em Portugal encontra-se concentrada nos hotéis de 5 estrelas.

Contudo, a mesma não dá resposta no que ao segmento de luxo e ultra luxo diz respeito, existindo apenas escassos exemplos de hotéis a nível nacional que se podem posicionar a este nível.

Este é precisamente um dos segmentos de mercado para onde a oferta hoteleira em Portugal deverá evoluir, e onde os investidores atualmente gravitam o seu interesse, complementado por vontade no desenvolvimento de produtos de Branded Residences (stand alone ou em projetos mistos complementados com hotelaria tradicional). Tal facto deve-se à hotelaria de luxo ser impulsionada pela sua robustez operacional, desempenho e rendimentos crescentes, e os Branded Residences serem mais orientados para estadias prolongadas, os quais são alimentados por rentabilidades consistentes e operações secas.

A diversificação da oferta a seguir este rumo irá permitir ao país não só uma qualificação da mesma, mas também potenciadores de notoriedade internacional, e permitirão o posicionamento do Turismo em Portugal em segmentos de mercado que nos dias de hoje ainda não encontram uma oferta totalmente alinhada com as suas pretensões, e com as tendências/oferta internacionais.

Um facto curioso, é que as potenciais iniciativas de investimento no segmento de luxo em Portugal estão agora com um foco de procura em ambiente urbano, quando até aqui se destacava a sua oferta em resorts. As escassas oportunidades que surgem de ativos que permitem o desenvolvimento de esquemas de hotelaria de luxo e/ou Branded Residences são disputadas, e com projeções operacionais a superar os 600 euros de ADR net na estabilização (luxo), chegando em alguns casos aos 1.000 euros (ultra luxo).

Outro elemento que acreditamos que irá alterar no padrão de oferta hoteleira a nível nacional no curto/médio prazo é uma diversificação de geografias; ainda que muito centrada nesta fase mais nos players nacionais, temos já internacionais a demonstrar interesse em cidades do Norte do país com uma crescente dinâmica, bem como em zonas mais interiores do Alentejo.

Os últimos 10 anos foram de uma transformação considerável no contexto da oferta nacional, e acreditamos que os próximos 10 serão pautados por qualificação da oferta e dispersão geográfica, a avaliar pelo sentimento dos investidores, os quais cada vez mais acreditam no nosso país, especificamente para o desenvolvimento desta tipologia de produtos.

*Artigo de opinião publicado originalmente na edição 223 da revista Publituris Hotelaria

Sobre o autorKarina Simões

Karina Simões

Karina Simões, Head of Hotel Advisory na JLL Portugal
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