INE: Proveitos crescem, mas restantes indicadores não
Indicadores da hotelaria nacional revelam uma estagnação nas dormidas, estada média e no número de residentes estrangeiros a pernoitar em Portugal.
Raquel Relvas Neto
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Os dados da actividade turística em 2018 são claros e revelam que o crescimento acentuado verificado em anos transactos não aconteceu neste último ano.
Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma estagnação no número de dormidas registado no acumulado dos 12 meses de 2018. Em pormenor, as dormidas dos residentes no estrangeiro registaram uma diminuição de 2%, ao contrário dos residentes em Portugal que aumentaram em 5% o número de dormidas em 2018 comparativamente com 2017.
Contudo, considerando a evolução das dormidas na hotelaria nos últimos anos, constata-se que entre 2008 e 2018 as dormidas de residentes cresceram 28,2% e as de não residentes aumentaram 56,1%. Deste modo, a representatividade dos não residentes nas dormidas totais progrediu de 66,8% em 2008 para 71,0% em 2018.
No número de hóspedes, os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram um ligeiro aumento de 1,7%, para um total de 21 milhões de hóspedes, dos quais 8,2 milhões são residentes em Portugal e 12,7 milhões no estrangeiro, números que apontam para crescimentos de apenas 3,9% e 0,4%, respectivamente.
Também a estada média esteve em decréscimo em 2018, concretamente menos 1,7% para as 2,74 noites. Neste indicador, destaque para os residentes no estrangeiro, que registaram uma diminuição de 2,4% neste indicador, para as 3,21 noites. A par da estada média, também a taxa de ocupação diminuiu 1 p.p, para os 51,2%.
Apenas os proveitos trazem boas notícias para o sector hoteleiro. Em 2018, os proveitos totais aumentaram 6% para os 3,6 mil milhões de euros e os proveitos de aposento para os 2,6 mil milhões de euros, uma subida de 6,5%. O RevPAR também subiu para os 52,5 euros, um aumento de 4,5%.
Mercados
Na análise por mercado emissor, o INE revela que o principal mercado emissor, o britânico, decresceu 7,5% em 2018, assim como o alemão que diminuiu 4,3% e o francês (-2,7%).
Com performance positiva, destaca-se o mercado espanhol que aumentou 1,9%, bem como o brasileiro que subiu 9,4%, o norte-americano (+19,9%) e o canadiano (+16,7%).