A Marca Braga
Em tempo de acelerar a mudança de modelo sócio-económico do país, no quadro duma globalização competitiva exigente, Braga tem sabido fazer o seu trabalho de casa e protagonizar uma agenda para o futuro.

Há cidades que nasceram para ganhar a batalha do futuro – Braga é o exemplo de uma cidade que aposta na inovação de forma aberta e participada. São muitos os exemplos de sucesso desta agenda – o caso da QUAD, empresa ligada à produção, à dinâmica área do padel, que acaba de apresentar na Gulbenkian uma belíssima raquete desenhada por Siza Vieira, associada à celebração dos 90 anos deste grande arquiteto português. Um belíssimo exemplo que demonstra bem, como destacou na sessão Carla Costa, que a aposta na qualidade e inovação é a base do crescimento no futuro e de reforço de uma cultura de procura permanente da excelência. A inovação (de facto) também mora em Braga e tem grandes desafios de futuro.
Em tempo de acelerar a mudança de modelo sócio-económico do país, no quadro duma globalização competitiva exigente, Braga tem sabido fazer o seu trabalho de casa e protagonizar uma agenda para o futuro. Empreendedorismo e inovação são palavras-chave numa ação para a mudança assente em alguns operadores de modernidade que têm reforçado verdadeiras redes de cooperação inteligente a partir das competências locais. O papel ativo da Universidade do Minho, que com a sua dinâmica tem sabido atrair cada vez mais estudantes estrangeiros para a cidade, a promoção do espírito inovador protagonizada pela Start Braga, o papel acelerador de empresas âncora como a Bosch têm sido essenciais para a consolidação de uma marca onde o digital e a sustentabilidade asseguram um compromisso inteligente entre a tradição e a inovação.
É sempre com um gosto particular que volto a esta fantástica cidade onde conclui em tempos o meu liceu – o poder testemunhar a dinâmica cultural e artística evidentes no Theatro Circo e em muitas obras arquitetónicas de referência como as premiadas capelas Imaculada e Cheia de Graça, bem como apreciar a arte gastronómica proporcionada em templos de bem estar e comer como, entre muitos outros, o recente Livraria – que tem em Justa Nobre a sua Chef – que sabem fazer de cada visita uma experiência que vale a pena desfrutar. Braga é de facto uma cidade que acredita nas suas marcas e que quer fazer da sua marca uma referência estratégica para o futuro.
Braga é uma cidade aberta pois sabe integrar de forma positiva os seus cidadãos – o exemplo de sucesso da vasta comunidade brasileira é um excelente exemplo. Um espaço público onde se vive em cada momento presente a ambição dum futuro que se constrói com a participação de todos e onde se inventam novos conceitos de cooperação nas diferentes áreas da intervenção cívica. Com a aposta permanente na inteligência competitiva e numa agenda de verdadeiro valor partilhado é claro esse sentido de awareness e engagement que a tecnologia e a inovação permitem na renovação de uma comunidade e de todos aqueles que fazem parte dela. Braga, um exemplo que nunca é demais revisitar.
*Artigo de opinião publicado originalmente na edição 222 da revista Publituris Hotelaria
