Mainside leva conceito Zero Hotels a Coimbra, Lisboa e Barreiro
A empresa dona de projetos como o LX Factory ou a Pensão Amor deu o passo para a hotelaria em novembro, com a estreia na Invicta.
Nos próximos três anos há mais quatro projetos que vão ver a luz do dia.

Rute Simão
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Not your regular stay in a hotel” é o aviso que figura no website do The Zero Hotels. Este é o conceito hoteleiro que nasceu no seio da Mainside e que levou a empresa responsável por projetos como o LX Factory ou a Pensão Amor, em Lisboa, a mergulhar de cabeça na hotelaria. A estreia aconteceu em novembro, no Porto, com a abertura do The Zero Box Lodge,e o grupo está já a preparar a abertura, no próximo ano de uma unidade em Lisboa e Coimbra e há ainda outras duas unidades em Lisboa e no Barreiro que estão em pipeline, sem data de abertura definida.
A recém-inaugurada unidade tem 78 quartos distribuídos por quatro pisos, dois restaurantes, bar, um terraço com um tanque e bar, sauna e uma biblioteca dedicada à obra de Gonçalo M. Tavares na qual figuram livros do autor português traduzidos em 26 línguas. À partida, a anterior descrição parece corresponder a uma tradicional unidade hoteleira. Não fossem os quartos serem caixas de madeira, o tanque que serve de piscina no terraço reproduzir música clássica e metal debaixo de água, ou haver uma caixa/quarto com paredes de vidro no meio da sala onde qualquer hóspede pode dormir de forma gratuita se oferecer uma contrapartida artística ou cultural ao espaço.
O edifício, que outrora deu lugar a um banco, foi cobiçado por vários investidores que o queriam transformar em hotel. Mas o facto de só haver janelas na fachada acabou por afastar potenciais interessados. O problema de uns é a oportunidade de outros e foi aqui que surgiu todo o conceito que impera na unidade.
Os quartos são caixas de madeira minimalistas que oferecem o conforto indispensável e suficiente para uma noite bem dormida. O objetivo é que o cliente permaneça no quarto apenas para dormir e aproveite a restante experiência oferecida na unidade que, devido às características peculiares, obteve licenciamento como hostel. “Este conceito é destinado ao turista que dá valor ao seu dinheiro e que não quer gastar muito num quarto, se não vai passar lá muito tempo. O preço situa-se entre os 50 euros e os 80 euros por noite, sem pequeno-almoço.
Conseguimos proprocionar uma dormida de qualidade e simples e oferecer uma experiência mais requintada a nível de coquetelaria e restauração. Temos muitos clientes que pagam pela refeição o mesmo valor ou superior àquele que pagam pelo quarto”, garante Frederico Morgado, diretor-geral do The Zero Box Lodge. Hugo Dias de Castro é o chef que comanda o Carniceiro, o restaurante que cujo nome foi, propositadamente uma “provocação à nova tendência vegan e glúten free”, admite Frederico.
“Queríamos chocar um pouco, mas obviamente que não deixamos de servir essas pessoas, temos opções vegetarianas e adequadas a estes regimes alimentares”, esclarece.
Os espanhóis e os italianos são os principais mercados da unidade e, apesar do conceito disruptivo, há 20% de hóspedes com uma faixa etária igual ou superior a 50 anos.
Novas unidades e o conceito de luxo numa caixa
Em fase de construção estão já os próximos projetos da marca The Zero Hotels. A expansão é o passo seguinte e, até 2021, vão ser erguidas mais quatro unidades. O primeiro a ser inaugurado deverá ser em Coimbra, no início do próximo ano. Posteriormente, juntar-se-ão os dois projetos na capital e um outro no Barreiro. “Cada espaço vai ser temático. Teremos sempre o conceito de box e vamos misturá-los com conceitos da hotelaria mais tradicionais”, revela Frederico Morgado. A aposta no segmento de luxo está nos planos e o responsável garante que irá nascer um conceito de “box cinco estrelas, que junte os dois conceitos no mesmo espaço”, conclui.